Introdução
Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!
sábado, 13 de setembro de 2014
A CURA REAL
A grande maioria das pessoas dirige-se à Casa Espírita em busca de curas ou de algo que lhe seja concedido sem qualquer esforço. Poucas ai comparecem com o propósito sincero de renovar valores íntimos ou de aprimorar conhecimentos; ao contrário, procuram, sequiosas, realizar seus caprichos e desejos imaturos.
A excelência da lição espírita é ensinar o homem a restituir a si mesmo a harmonia espiritual perdida. Mostra-lhe que o sintoma é sempre um efeito exterior, e que deve ir em busca do seu interior para dissolver a causa espiritual dos desajustes.
Sabemos que o ser humano é uma unidade anímico-biológica inseparável (matéria-espírito) e que as enfermidades são manifestações mórbidas cuja causa primeira repousa no mundo mental. Qualquer desarmonia interior transmitirá estados vibratórios deletérios que atacarão naturalmente o cosmo fisiológico.
Portanto, os dirigentes devem manter o grupo que comandam com um alto teor de entendimento quanto ao objetivo precípuo do Espiritismo, no campo das curas espirituais.
A Doutrina codificada por Allan Kardec é a precursora de uma Era Nova, não uma seita mística fundamentada nas práticas de curandeirismo.
Jesus Cristo, o Médico das Almas, curou muitos enfermos, porém tinha a intenção de não apenas regenerar o veículo físico, mas, acima de tudo, queria que os doentes dessem manutenção à cura recebida, transformando suas atitudes e ampliando a luz do conhecimento a fim de consolidar o próprio caminho.
O freqüentador do Centro não pode permanecer na ignorância da Vida Maior tanto quanto estava quando ali adentrou no primeiro dia. Curar por curar, sem que o doente nada aprenda ou nada evolua, não se ajusta aos propósitos do Cristianismo Redivivo.
O ato de insistir e teimar, tentando subornar as leis divinas, é realização impossível ou projeto fantasioso. Quem quer saúde não pode envenenar a mente; quem quer paz precisa sanear as estruturas do coração. Querer que o mundo melhore em seu redor, sem nada alterar em seu mundo mental, é devaneio.
Quem quer conquistar alguma coisa precisa dedicar-se a essa aquisição com denodo e determinação.
São muitos os que buscam a alegria, caminhando na direção contrária; cabe, portanto, aos orientadores cristãos instruir e educar os aprendizes, não sustentar-lhes a amarga ilusão da cura sem renovação.
Criaturas buscam com freqüência médiuns e conselheiros para se esquivar da responsabilidade de agir por si mesmas, quando deviam trabalhar no sentido de suprimir os padrões negativos que cultivam na intimidade durante anos a fio.
Muitos enfermos choram aflitos, percorrendo inúmeros grupos de oração, em busca de uma solução milagrosa, mas não cogitam, em momento algum, de qualquer modificação em suas concepções acerca dos fundamentais valores da vida. Solicitam reequilíbrio das energias vitais, entretanto se mantêm à disposição das próprias insânias.
O Educador Celeste convoca todos os instrutores a se integrar nesse ministério de luz e esclarecimento, para que se edifique, primeiro neles e depois nos outros, o conceito da cura real e definitiva.
LIVRO: CONVIVER E MELHORAR
Médium: Francisco do E S Neto
Espírito: Batuíra
A ARTE DE OUVIR
Algumas pessoas
poderão arrolar-te como antipático e até
buscarão hostilizar-te.
Outras se
interessarão por saber quem és e o que fazes.
Inúmeras, no
entanto, te falarão, intentando um relacionamento fraterno.
Cada qual
sintonizará contigo dentro do campo emocional em que estagia.
Como há carência de
amigos e abundância de problemas, as criaturas andam à cata de quem as ouça,
ansiando por encontrar compreensão.
Em razão disso,
todos falam, às vezes, simultaneamente.
Concede, a quem
chega, a honra de o ouvir.
Não te apresses em
cumulá-lo de informações, talvez desinteressantes para ele. Silencia e ouve.
Não aparente saber
tudo e estar por dentro de todos os acontecimentos.
Nada mais
desagradável e descortês do que a pessoa que toma a palavra de outrem e conclui-lhe a narração, nem sempre
corretamente.
Sê
gentil, facultando que o ansioso sintonize com a tua cordialidade e descarregue
a tensão, o sofrimento…
No momento próprio,
fala, com naturalidade, sem a falsa postura de intocável ou sem problema.
A arte de ouvir é,
também, a ciência de ajudar.
Joanna de Angelis [espírito] através de Divaldo Pereira Franco
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
SE A RELIGIÃO NOS LEVA À DESARMONIA, É MELHOR FICARMOS SEM ELA
É de Santo Agostinho a definição de
religião. Segundo ele, essa palavra deriva-se do verbo latino “religare” (religar).
Então, religião é o que nos liga de novo a Deus, do qual nos afastamos, usando
mal o nosso livre-arbítrio. Não é, pois, por causa da doutrina do chamado
pecado original, que respeito, mas porque nós mesmos pecamos desde que nós,
pela evolução, nos tornamos espíritos humanos, ou seja, o “homo sapiens”, homem
inteligente, dotado de livre arbítrio e responsável, pois, pelo que faz ou
deixa de fazer.
De um modo geral,
direta ou indiretamente, as religiões, principalmente o cristianismo, pregam o
amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. “Amarás o
Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu
entendimento. Este é o grande e o primeiro mandamento. O segundo, semelhante a
este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem
toda a lei e os profetas.” (Mateus 22: 37 a 40).
Amar a Deus parece ser muito fácil, pois quem
diria não O amar? Mas não é, pois o amor a Deus depende do nosso amor ao nosso
semelhante, que tem que ser igual ao a nós mesmos. “Um novo mandamento vos dou:
que vos ameis uns aos outros; assim como
eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecereis todos que
sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.” (João 13: 34 e 35). É
isso, realmente, que caracteriza o verdadeiro cristão. Não são, pois, as
crenças e os rituais que fazem do indivíduo um cristão.
E vejamos mais outro
exemplo esclarecedor do ensino do excelso Mestre: “Se, pois, ao trazeres ao
altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra
ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu
irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta. Entra em acordo sem demora com o
teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te
entregue ao juiz, o juiz ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. Em
verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo.”
(Mateus 5: 23 a 26). Nesse texto evangélico do Sermão da Montanha ou das
Bem-aventuranças, está a essência da Bíblia, do cristianismo, enfim, da
mensagem que o Mestre dos mestres veio trazer de Deus para nós. E ela não é
para o bem de Deus, para Ele ficar mais feliz e em melhor situação, mas para o
bem e felicidade de nós próprios.
Ela nos ensina,
ainda, que estarmos bem com o nosso próximo é melhor do que estarmos fazendo
ofertas a Deus, que não precisa delas e de nada de nós. Ensina-nos também a grande
verdade da lei de causa e efeito, ou seja, da semeadura livre e da colheita
obrigatória do que foi semeado. E ainda podemos concluir dela mais a grande
verdade não ensinada pelos líderes religiosos: a de que só pagamos o que
devemos e nada mais. Pago o último centavo de nossa dívida, estaremos, pois,
quites. E isso derruba por completo e de modo claro e inquestionável as
chamadas “penas eternas” oriundas das interpretações bíblicas erradas dos
teólogos e exegetas do passado.
E o pior é que eles, teimosamente, continuam
nos seus erros. Daí as grandes desarmonias entre cristãos, muitos dos quais,
com razão, até estão se tornando pessoas sem religião!
José Reis Chaves, colunista do jornal O Tempo de Belo Horizonte (MG). Acesse também www.josereischaves.com.br.
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
YVONNE PEREIRA: EXEMPLO DE QUE "MÉDIUM TAMBÉM É GENTE"
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SATANÁS E DIABOS NÃO SÃO ESPÍRITOS E DEMÔNIOS SOMOS TODOS NÓS
Um dos mais graves problemas do cristianismo é a confusão que
os teólogos primitivos fizeram com os espíritos, anjos, diabos, demônios, satã,
satanás, Espírito Santo, lúcifer etc., cuja existência nós não negamos, mas apenas
discordamos das interpretações erradas que lhes foram atribuídas, pois os
teólogos fizeram uma confusão dos diabos com eles, misturando-os com questões
mitológicas, das quais, inclusive, os autores sagrados receberam influência,
colocando-as na própria Bíblia. Veja-se, por exemplo, o capítulo 12 do
Apocalipse.
Essa salada
teológica enfraquece a crença nas verdades cristãs, e é um prato cheio para os
materialistas fazerem suas chacotas contra o espiritualismo, com o objetivo de
desacreditá-lo e reforçar suas ideias ateias. Por isso, a exemplo da doutrina
espírita, os demais seguidores do Mestre dos mestres deveriam estudar e esclarecer esses assuntos em defesa
do cristianismo. Os padres e pastores formados em curso superior de teologia e
Bíblia conhecem o significado verdadeiro dos termos que estamos abordando, mas
agem como se não soubessem nada de novo sobre essas questões, e ficam pregando
de acordo com a mesmice de sempre, deixando na ignorância total os seus fiéis.
Lúcifer (eosforo em
grego) passou para o latim como o substantivo “luce” (luz) e o verbo “ferre”
(transportar), que, literalmente, querem dizer porta-luz, aurora. Não se trata
de um espírito, mas de uma metáfora da inteligência. Também Paris é chamada de
Cidade Luz, ou seja, cidade da inteligência, da cultura. Assim, lúcifer é
símbolo da inteligência de anjos (espíritos) que comandou a rebelião contra
Deus. Lúcifer simboliza também a nossa inteligência voltada para o mal, contra
o amor, contra Deus, isto é, a favor do chamado pecado, embora possa ser também
a inteligência brilhante de um anjo (espírito). E disso podemos concluir que no
céu nem tudo é um mar de rosas, nem tudo é paz. E, na verdade, essa palavra céu
na Bíblia é no plural: céus, que quer dizer Universo, cosmos. E Jesus disse que
o reino dos céus está dentro de nós mesmos, isto é, onde estiver o espírito,
encarnado ou desencarnado, e em qualquer parte do Universo, daí céus. Assim é
que o Pai Nosso em latim diz “Pater noster qui es in coelis” (céus).
E diabo (opositor) e
satã ou satanás (adversário), na prática, substituíram o nome a palavra
lúcifer. São opositores ou adversários de Deus, do bem, do Eu Superior
(espírito) que nós somos, opositor e adversário que são o nosso ego ou nosso eu
menor, corporal, que se opõe ao espírito.
José Reis Chaves, colunista do Jornal O TEMPO de Belo Horizonte.
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
INDIVIDUALISMO - POR DIVALDO PEREIRA FRANCO
As propostas mirabolantes de Karl Marx a respeito do comunismo, após um largo período de aplicadas, culminaram na eleição de uma classe privilegiada, que manteve o proletariado a braços com os desafios existenciais e a miséria socieconômica. A Rússia tornou-se uma nação poderosa em armamentos bélicos inteligentes de largo alcance, na qual milionários excêntricos dominam as classes menos favorecidas, cooperando com os dissidentes da Ucrânia, que anelam pela liberdade.
Por outro lado, o capitalismo, perverso e ateu, dividiu a sociedade em grupos, nos quais, os poderosos permanecem no comando das massas, que se encontram nas vascas da agonia, padecendo as injunções da pobreza. Armas de alto poder destrutivo, para manter o equilíbrio com a Rússia e outros possíveis adversários, são usadas em nome da justiça e da solidariedade humana nos infelizes países do oriente nas suas guerras intermináveis.
E o ser humano estorcega na dor e no abandono, enquanto os individualistas, consumistas e vencidos pelo erotismo exibem as suas façanhas e desfrutam do prazer que lentamente também os consome. Numa visão mais ampla, atenderam ao apelo de Marx com a “democracia dos trabalhadores”, e o vício da corrupção devora as carnes da sua alma, mantendo a degradação e o suborno, enquanto distribuem migalhas com os necessitados que os mantêm no poder.
Todos, porém, podemos contribuir em favor de uma sociedade mais justa e equânime, porque dispomos do voto, que é o instrumento para selecionar os oportunistas, não lhes concedendo o apoio que necessitam. Nestes dias que precedem as eleições, apresentam fórmulas mágicas para solucionar todos e quaisquer problemas com programas surrealistas e imaginários, para logo, após alcançarem as suas metas, esquecerem-se do povo, até a nova oportunidade eleitoral.
Que saibamos utilizar desse direito e selecionemos as mulheres e os homens de bem, com dignidade e sem interesses imediatos.
Publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião - 14/08/2014
terça-feira, 9 de setembro de 2014
TRABALHEMOS TAMBÉM
E dizendo: Varões, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos à mesmas paixões. - (Atos, 14:15) |
A família cristã muita vez há desejado perpetuar a ilusão dos habitantes de Listra.
Os missionários da Revelação não possuem privilégios ante o espírito de testemunho pessoal no serviço. As realizações que poderíamos apontar por graça ou prerrogativa especial nada mais exprimem senão o profundo esforço deles mesmos, no sentido de aprender e aplicar com Jesus.
O Cristo não fundou com a sua doutrina um sistema de deuses e devotos, separados entre si; criou o vigoroso organismo de transformação espiritual para o bem supremo, destinado a todos os corações sedentos de luz, amor e verdade.
No Evangelho, vemos Madalena arrastando dolorosos enganos, Paulo perseguindo ideais salvadores, Pedro negando o divino Amigo. Marcos em luta com as próprias hesitações; entretanto, ainda aí, contemplamos a filha de Magdala renovada no caminho redentor, o grande perseguidor convertido em arauto da Boa Nova, o discípulo frágil conduzido à glória espiritual e o companheiro vacilante transformado em evangelista da Humanidade inteira.
O Cristianismo é fonte bendita de restauração da alma para Deus.
O mal de muitos aprendizes procede da idolatria a que se entregam, em derredor dos valorosos expoentes da fé viva, que aceitam no sacrifício a verdadeira fórmula de elevação; imaginam-nos em tronos de fantasia e rojam-se-lhes aos pés, sentindo-se confundidos, inaptos e miseráveis, esquecendo que o Pai concede a todos os filhos as energias necessárias à vitória.
Naturalmente, todos devemos amor e respeito aos grandes vultos do caminho cristão; todavia, por isso mesmo, não podemos olvidar que Paulo e Pedro, como tantos outros, saíram das fraquezas humanas para os dons celestiais e que o planeta terreno é uma escola de iluminação, poder e triunfo, sempre que buscamos entender-lhe a grandiosa missão.
(Emmanuel [espírito] através de Francisco Cândido Xavier, no livro Pão Nosso, páginas 79 e 80)
LIÇÕES DE BICHOS E COISAS
Tenho
inveja das plantas e dos animais.
Parecem-me
tão tranquilos, possuidores de uma sabedoria que nós
não temos.
Como se
desfrutassem da felicidade do Paraíso. Sofrem,
pois não existe vida sem sofrimento. Mas sofrem
sempre como se deve, quando o sofrimento vem, na hora certa, e não por
antecipação.
Saber
sofrer é uma lição difícil de aprender. Se o
terrível nos golpeia e não sofremos, algo está errado.Pois como
não chorar, se o destino nos faz sangrar? Se não
choramos é porque o coração está doente, perdeu a
capacidade de sentir. Mas sofrer
fora de hora é doença também, permitir-se ser cortado
por golpes que ainda não aconteceram e que só existem
como fantasmas da imaginação. Os animais
sabem sofrer. Nós não. Somos
prisioneiros da ansiedade.
Pois ansiedade é
isto: sofrer
fora de hora, por um golpe que, por
enquanto, só existe no futuro que imaginamos. Talvez os
animais sejam sadios de alma e nós, doentes.
Jesus,
sofrendo com a nossa dor pelos
sofrimentos que a ansiedade
coloca no futuro, nos aconselhou
a aprender da sabedoria
das aves dos céus e dos lírios
dos campos, reconciliados
com a vida, vivendo as dores e
felicidades do presente,
e livres dos fantasmas da
imaginação ansiosa.
Sofremos
pelo futuro e, por isso, não podemos colher as
modestas mas reais alegrias que o presente nos oferece. Acho que
todo mundo sabe, intuitivamente, que existe uma loucura na
maneira de ser dos homens. E é por
isso que a nostalgia por um sítio ou por uma casa na praia aparece como um dos
nossos sonhos mais persistentes. Para longe
do falatório dos homens, quando
todos falam e ninguém escuta.
De volta
para a natureza, onde nada se diz e,
no silêncio, se ouve
uma sabedoria
esquecida. Dizem que
São Francisco pregava sermões
aos animais. Não
acredito. Pois só
pregam sermões aqueles que se
julgam portadores de uma sabedoria
que os outros não têm. Prega-se
para convencer os outros a
reconhecerem os seus erros. E para
que, pela palavra ouvida, eles se
tornem melhores.
Mas, de
que erro convenceremos as plantas
e os animais? Pois são
perfeitos em tudo que fazem. Todos eles
se movem harmônicos ao som da melodia
que toca dentro dos seus corpos. Acredito
que o santo conversava com os animais, escutava o
seu silêncio, e, se ele falava alguma
coisa, era como o aluno que repete em voz
alta aquilo que aprendeu dos seus mestres. Não era o
santo que pregava aos animais; eram os
animais que lhe ensinavam a sua sabedoria.
Me dirão
que plantas e animais não falam. Engano. É verdade
que estão mergulhados no silêncio. Mas é
neste silêncio que interrompe o vozerio
dos homens que uma voz é ouvida, vinda das
profundezas do nosso ser. Pois é aí
que mora a sabedoria que perdemos.Você tem
dificuldade em ouvir a voz das
plantas e dos animais? Pois que
leia os poetas, profetas do seu saber sem
palavras.
A
‘Sugestão’ de felicidade de Cecília Meireles. Ela diz
que deveríamos ser como a flor que se cumpre
sem pergunta, a cigarra, queimando-se
em música, ao camelo
que mastiga sua longa solidão, o pássaro
que procura o fim do mundo, o boi que
vai com inocência para a morte. E conclui:
“Sede assim qualquer coisa serena,isenta,
fiel. Não como os demais homens”.
Com o que
concorda Alberto Caeiro, discípulo
dos mesmos mestres:
"Sejamos
simples e calmos,
Como os
regatos e as árvores,
E Deus
amar-nos-á fazendo de nós
Belos como
as árvores e os regatos,
E
dar-nos-á verdor na sua primavera,
E um rio
aonde ir ter quando acabemos!..."
Autor:
Rubem Alves
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
A CIÊNCIA DO BEM VIVER
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ACEITAÇÃO - O INÍCIO DA TRANSFORMAÇÃO
A primeira impressão que
temos quando ouvimos ou pensamos em aceitar, seja uma pessoa, um
fato ou uma circunstância é de que estaremos nos submetendo ou nos subjugando,
desistindo de lutar, sendo fracos.
De verdade, se quisermos
modificar qualquer aspecto da nossa vida e de nós mesmos, devemos começar aceitando.
Nos aceitando.
A aceitação é detentora de um poder transformador que só quem já
experimentou pode avaliar.
É difícil aceitar uma perda
material ou afetiva; uma dificuldade financeira; uma doença; uma
humilhação; uma traição.
Mas a aceitação é um
ato de boa vontade, mente aberta, sabedoria e humildade, pois ao contrário de
que muitos pensam, a vida em si, não está sob o nosso controle.
As pessoas são como
são, dificilmente mudam. Não podemos contar com isso.
A única pessoa que podemos mudar, somos nós mesmos, portanto, se não houver aceitação,
o que estaremos fazendo é insensato, é insano.
Ser resistente, brigar,
revoltar-se, negar, deprimir, desesperar, indignar-se, culpar, culpar-se são
reações emocionais carregadas de raiva. Raiva do outro, raiva de si mesmo,
raiva da vida. E a raiva destrói, fere, desagrega.
A aceitação é uma
força que desconhecemos porque somos condicionados a lutar, a esbravejar, a
brigar e fazer barulhos. Aceitar é paz, entendimento, leveza.
Aceitar não é desistir, nem tão pouco resignar-se.
Aceitar é estar lúcido do momento presente
e se assim a vida se apresenta, assim deve ser. Aceitação é colocar-se
pronto para ver a dificuldade de outro ângulo de outro prisma. Sem o peso que
nós colocamos ou imaginamos ter.
No instante em que
aceitamos, desmaterializamos situações que foram criadas por nós, soluções
surgem naturalmente através da intuição ou fatos trazem as respostas e as
saídas para o problema. Simples assim!
Tudo é movimento. Nada é
permanente.
A nossa tendência
“natural” é resistir, não aceitar, combater tudo o que nos contraria e o que
nos gera sofrimento. Dessa forma prolongamos a situação. Resistir só nos mantém
presos dentro da situação desconfortável, muitas vezes perpetuando e tornando
tudo mais complicado e pesado.
Quando não aceitamos nos
tornamos amargos, revoltados, aprisionados, frustrados, insatisfeitos, cheios
de rancor e tristeza, e esses padrões mentais e emocionais criam mais
dificuldades, nunca trazem solução.
E muitas vezes achamos que
os outros ou as coisas são responsáveis pelos acontecimentos. E não são.
Aceitar é expandir a consciência e encontrar respostas,
soluções, alívio. Aceitar é o que nos leva à Fé.
Aceitação é um passo
concreto para deixar a vida mais leve, mais alegre e mais saudável. É fundamental entender que aceitar
não significa desistir é seguir adiante com otimismo.
Ter muitos propósitos a
serem atingidos é nossa atitude saudável diante da vida.
Estar grato colabora e muito
para aprender a aceitar.
Aceitar se refere ao momento presente, ao agora. No instante que você aceita,
você se entrega ao que a vida quer-lhe oferecer. Novas idéias surgem
para prosseguir na direção desejada, saindo do sofrimento.
Como dizem; “A dor existe,
mas sofrer é opcional, é uma escolha”.
Quer ser feliz? Aceite!
Não se esqueça: Você só pode
mudar você mesmo. Só você é responsável por
tudo que lhe ocorre e sente.
Muita paz no dia de hoje.
(autor desconhecido)
POR UM MUNDO MELHOR
A beleza de um jardim não
depende do tamanho das flores, mas da variedade do seu colorido; assim a
felicidade não depende de grandes alegrias, mas de muitos e pequenos momentos
felizes que colhemos ao
longo da vida.
Todo o indivíduo sente
que é livre de escolher entre o bem e o mal; que não é uma simples folha
atirada à água para ir ao sabor da corrente, mas que tem dentro de si força
bastante para lutar com a torrente e dirigir seu próprio curso.
Para sermos amados
devemos ser amáveis; para sermos amáveis devemos ser bons; para se ser
bom, é preciso conhecer a bondade; e
para conhecer a bondade é preciso amar o nosso semelhante.
Cultivemos o prazer da
leitura. Os livros têm a vantagem de nos permitir “conversas” com os maiores
espíritos da humanidade. Ler é alimentar o espírito com o fruto do
trabalho de grandes homens.
Não podemos deter a
força do vento, mas podemos defender-nos contra ele. Não podemos impedir que os
maus pensamentos nos ocorram, mas podemos impedir que se instalem dentro de
nós.
O mundo poderia ser
bem mais agradável se cada um contribuísse efetivamente para isso. Tornemos o mundo
melhor a começar por nós.
Quando desejamos
ardentemente alguma coisa tê-la-emos. Com muita paciência, determinação e muito
trabalho; mas tê-la-emos. Porque são estas as traves mestras de qualquer
empreendimento.
Quem nunca foi
incriminado pela sua consciência é porque está agindo corretamente e, ao mesmo
tempo, está criando os alicerces para uma vida cheia de harmonia.
Muitos querem ser
felizes sem o suor do trabalho. Desconhecem que a prosperidade é o fruto do
trabalho. Como se fosse possível haver frutos sem o esforço das raízes.
Quando o espírito
está perfeitamente equilibrado, não há enfermidade
que nos ataque. Evitemos pois todo o gênero de conflitos, até porque a maioria
deles têm origem nas coisas mais insignificantes.
Não há conquistas sem
esforço, não há túneis sem fim, não há trevas sem luz. Depois de um longo
inverno reaparece a primavera cheia de flores.
Conserve uma expressão
serena e sorridente, fale suavemente, seja prestável e gentil. Se assim
proceder, formará um círculo de pessoas, cada vez maior, que sentirão prazer em
estar a seu lado.
(autor desconhecido)
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