Para uns aparece logo na infância, é amortizada na adolescência e quando atinge-se a idade adulta floresce com força e impacto sobre a existência, cobrando espaço pré-determinado.
Para outros é um incômodo que persiste ao longo da vida, é entendida até como uma doença ou transtorno, mas depois se firma como sentido natural e normal.
Há ainda casos onde seu entendimento é pontual, sua utilidade devidamente assentada, mas por força de outras prioridades é deixada de lado e reclama em um futuro sua utilização sob pena de transtornos pessoais que inclusive alteram a caminhada.
Há casos ainda onde seu entendimento e utilização passam por definições dogmáticas causando dificuldades no manuseio da mesma, isso quando suas ações não são confundidas com "o outro lado da força".
Não há regras nas questões relativas à mediunidade no que concerne sua percepção por cada um de nós. Assim como somos individuais e temos percepções próprias sobre assuntos comuns, estabelece-se o mesmo com essa faculdade tão importante para nosso intercâmbio com o plano espiritual.
Ao longo de nossa trajetória evolutiva deixamos muitas vezes de tratar o assunto com a tranquilidade que o mesmo merece, e fizemos crer que havia algo de especial no processo ostensivo ou não que alguns promoviam.
Mediunidade é simplesmente um sentido que se devidamente desenvolvido e utilizado no sentido do bem comum e acima de tudo com bom senso trará benefícios para os que a possuem e os que o rodeiam.
A Doutrina Espírita, através da codificação de Allan Kardec, no Livro dos Médiuns nos apresenta uma perspectiva concernente ao assunto, abrangendo de maneira didática e de fácil assimilação os ensinamentos necessários para o entendimento da matéria.
Acima de tudo aqueles que tem "sofrido" com isso, precisam refletir que Deus, Pai de Eterna Bondade e Misericórdia, Amor Absoluto, não nos legaria algo de ruim e que nos comprometeria a caminhada. A mediunidade é uma ferramenta natural, tal qual tantas outras a nós disponibilizadas com o intuito de nos auxiliar durante o exercício de nossa estada na Terra.
De Emerson Santos enquanto refletia sobre as atividades desenvolvidas na noite anterior durante o atendimento fraterno após as sessões de desobsessão do Centro Espírita Casimiro Cunha.