Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

ESTIVE PENSANDO: O NOVO MANDAMENTO

Ao comentar o versículo 34 do capítulo 13 do Evangelho de João, que reza, "um novo mandamento vos dou: que vos amei uns aos outros, como eu vos amei", Emmanuel (espírito) no livro Caminho Verdade e Vida, psicografado por Francisco Cândido Xavier, na lição 179 intitulada "O novo mandamento" (que pode ser lida clicando aqui) nos convida a refletirmos sobre a diferença entre a regra áurea (amar o próximo como a si mesmo) e a assertiva do Mestre Jesus. Em relação a primeira ele assevera que podemos atuar convictos da mesma, independente da aceitação ou entendimento do outro, uma vez que a decisão passa sempre por nós mesmos. Porém no caso do novo mandamento instituído por Jesus, o ato de amar deve ser compartilhado por todos, sob pena de não fazer o efeito necessário. 
Jesus nos legou esse mandamento no derradeiro encontro com os discípulos, depois de lavar os pés dos mesmos e de haver pedido a Judas que fosse fazer o que lhe era determinado. Muitos não entenderam o ensinamento apresentado no momento e mesmo nos dias atuais não o entendem. 
Amar aos outros como ele nos amou é amar com compaixão, com entendimento, com respeito, com objetivo de fazer o outro melhor. 
Amar com compaixão é aceitar as falhas do outro e na medida do possível, procurar auxiliar quando nos for solicitado e/ou permitido...
Amar com entendimento é ser capaz de compreender o outro, entender suas motivações ainda que não concordemos com elas e auxiliar quando isso for realmente alterar positivamente na vida dele...
Amar com respeito é ser capaz de aceitar o outro como ele é, como ele pensa, como ele age, mas sem ser conivente, posicionando-se, mas jamais julgando e/ou impondo condições para o amor...
Amar com o objetivo de fazer o outro melhor mas não conforme nossas ideias e ou maneiras de vermos o mundo, mas acima de tudo apoiando atitudes positivas mesmo que não nos pareçam a primeira vista adequadas. 
No caso dos espíritas amar como Jesus amou se tornará menos difícil se nos apoiarmos uns aos outros no entendimento e vivência do evangelho a partir dos princípios da Doutrina que abraçamos com destaque para a imortalidade da alma, à sobrevivência dos espíritos após a morte, à evolução, às vidas sucessivas e à pratica incessante da caridade. 
Devemos fazer de nossas condutas pessoais e de nossos convívios sociais uma referência de discípulos do Mestre, através de exemplos enobrecedores. 

Comentário a respeito de estudo realizado no Centro Espírita Casimiro Cunha, em 14/01/2014, baseado na Lição 179, do livro: Caminho Verdade e Vida, de Francisco Cândido Xavier, ditado por Emmanuel (espírito)

O NOVO MANDAMENTO

"Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos
outros, como eu vos amei." - Jesus
(Jo, 13:34.)
A leitura despercebida do texto induziria o leitor a sentir nessas palavras do Mestre absoluta identidade com o seu ensinamento relativo à regra áurea.
Entretanto, é preciso salientar a diferença.
O "ama a teu próximo como a ti mesmo" é diverso do "que vos ameis uns aos outros como eu vos amei".
O primeiro institui um dever, em cuja execução não é razoável que o homem cogite da compreensão alheia. O aprendiz amará o próximo como a si mesmo.
Jesus, porém, engrandeceu a fórmula, criando o novo mandamento na comunidade cristã. O Mestre refere-se a isso na derradeira reunião com os amigos queridos, na intimidade dos corações. 
A recomendação "que vos ameis uns aos outros como eu vos amei" assegura o regime da verdadeira solidariedade entre os discípulos, garante a confiança fraternal e a certeza do entendimento recíproco. 
Em todas as relações comuns, o cristão amará o próximo como a si mesmo, reconhecendo, contudo, que no lar de sua fé conta com irmãos que se amparam efetivamente uns aos outros.
Esse é o novo mandamento que estabeleceu a intimidade legítima entre os que se entregaram ao Cristo, significando que, em seus ambientes de trabalho, há quem se sacrifique e quem compreenda o sacrifício, quem ame e se sinta amado, quem faz o bem e quem saiba agradecer.
Em qualquer círculo do Evangelho, onde essa característica não assinala manifestações dos companheiros entre si, os argumentos da Boa Nova podem haver atingido os cérebros indagadores, mas ainda não penetraram o santuário dos corações. 

Emmanuel (espírito) através de Francisco Cândido Xavier, no livro: Caminho Verdade e Vida, lição 179.