Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

ESTIVE PENSANDO: A PORTA DIVINA


Que a vida é feita de escolhas, todo o tempo, o tempo todo sabemos e concordamos com isso. 
Assim o é para que possamos optar pelas mais variadas sugestões que nossa vivência nos apresenta. 
Em se considerando os princípios espíritas da imortalidade do espírito, das vidas sucessivas, da evolução, da lei de causa e efeito dentre outras, nossas escolhas nos demonstram nossas tendências e por conseguinte o que almejamos. 
Jesus, de acordo com a informação passada a nós pelos Espíritos Superiores, quando da codificação da doutrina espírita por Allan Kardec, é o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem para lhe servir de guia e modelo (vide O Livro dos Espíritos - Questão 625), e em sendo assim o evangelho anunciado pelo mesmo e registrado por Mateus, Marcos, Lucas e João dentre outros é para nós sempre fonte de consulta e aprendizagem. 
Ensinando sua doutrina de amor, Jesus nos assegura que a porta para alcançarmos as benesses de Espíritos como ele é estreita. 
Estreitos são os caminhos da fé, da esperança, da caridade e do amor. 
Largos são os caminhos da materialidade, do pessimismo, das satisfações egóicas e do toma-lá-dá-cá. 
A porta tem a dimensão que lhe damos. 
As portas são pessoais, únicas e cada passagem é individual, requer de cada um os sacrifícios e renúncias que somente ele pode enfrentar. 
Por isso é imperativo que procuremos saber o que queremos, como queremos e quando queremos. É imperativo tomarmos as rédeas de nossa existência para podermos interagirmos com os que nos apresentam suas sugestões de caminhos a fim de que não sejamos enganados. 
Para podermos discernir com consciência própria precisamos nos melhorar a cada dia, encontrando dentro de nós nossos ideais de vida e de morte. 
Caso contrário estaremos sujeito ao que nos apresentam e mesmo que caminhemos enganados nossa responsabilidade sobre isso não será menor. 
Em se tratando de evolução, não existem perdas. Tudo é motivo para aprendizado, mas convenhamos que descobrir depois de mil léguas que o caminho não é aquele, esmorece qualquer um. 
Emmanuel na lição 178 do livro: Caminho Verdade e Vida, psicografado por Chico Xavier, nos convida a uma reflexão interessante sobre o assunto. (Clique aqui para ver o texto
Procuremos nossa porta estreita, na certeza que para atravessá-la teremos que atender a alguns requisitos que trazemos inscrito em nossa consciência e que estão latentes em nós aguardando tão somente que os acionemos. 

A PORTA DIVINA

"Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á." - Jesus
(João, 10:9.)
Nos caminhos da vida, cada companheiro portador de expressão intelectual um pouco mais alta converte-se naturalmente em voz imperiosa para os nossos ouvidos. E cada pessoa que segue à frente de nós abre portas ao nosso espírito. 
Os inconformados abrem estradas à rebelião e à indisciplina.
Os velhacos oferecem passagem para o cativeiro em que exerçam dominação.
Os escritores de futilidades fornecem passaporte para a província do tempo perdido.
Os maledicentes encaminham quem os ouve a fontes envenenadas. 
Os viciosos quebram as barreiras benéficas do respeito fraternal, desvendando despenhadeiros onde o perigo é incessante. 
Os preguiçosos conduzem à guerra contra o trabalho construtivo. 
Os perversos escancaram os princípios do crime. 
Os preguiçosos conduzem à guerra contra o trabalho construtivo.
Os perversos escancaram os precipícios do crime.
Ainda que não percebas, várias pessoas te abrem portas, cada dia, através da palavra falada ou escrita, da ação ou do exemplo. 
Examina onde entras com o sagrado depósito da confiança. Muita vez, perderás longo tempo para retomar o caminho que te é próprio. 
Não nos esqueçamos de que Jesus é a única porta de verdadeira libertação.
Através de muitas estações no campo da Humanidade, é provável recebamos proveitosas experiências, amealhando-as à custa de desenganos terríveis, mas só em Cristo, no clima sagrado de aplicação dos seus princípios, é possível encontrar a passagem abençoada de definitiva salvação. 

Do livro: Caminho Verdade e Vida de Francisco Cândido Xavier, através de Emmanuel (Espírito), capítulo 178.

NOSSO MUNDO ÍNTIMO

Não há quem de nós não traga na alma tormentos

e dificuldades a serem vencidas.


No processo natural de aprendizado e de crescimento, a cada vida que iniciamos aqui na Terra, a cada vez que renascemos, trazemos os recursos que a alma adquiriu em outras experiências vividas. 


É natural que, nessa herança que a alma possui, tenhamos valores positivos e negativos, virtudes e paixões, na complexa estrutura de nossa intimidade emocional. 

Nenhum de nós pode se considerar eleito do Senhor, ou proprietário de dons divinos concedidos gratuitamente, por cujas conquistas nada fizemos. 

Somos apenas o resultado das nossas opções, felizes ou nem tanto, feitas ao longo das jornadas já vividas. 

A realidade moral e emocional que pulula em nosso mundo íntimo é a somatória de tudo o que já adquirimos. 

Analisando sob esse aspecto, compreendemos que é a nós mesmos, ao nosso mundo íntimo, que devemos imputar a responsabilidade das dificuldades e dos problemas, das dores e dos desafios que enfrentamos. 

O que nos difere uns dos outros é apenas a maneira como lidamos com a situação, com as emoções e as tendências que trouxemos para esta existência. 

Uma possibilidade é nos acreditarmos vítimas, cultivando a ideia de que nascemos de determinada forma e que assim iremos passar toda esta existência. 

Com tais pensamentos, engrossaremos as fileiras daqueles que pensam que o que trazemos em nossa intimidade é um fatalismo e, portanto, não há como mudar. 

Assumimos que apenas resta aprender a conviver conosco mesmos. Ante as dificuldades com nosso jeito de ser, não nos esforçamos para nos modificarmos. 

Nessa postura, não há como aproveitarmos os embates e oportunidades que a vida oferece como matéria de reflexão e aprendizado. 

Perdemos a chance de crescer com os reveses da vida. Não utilizamos a oportunidade para repensar valores, reorientar diretrizes, nos refazermos. 

Porém, há uma outra maneira de entendermos nosso mundo íntimo. 

Ao descobrirmos em nós valores e tendências que não nos agradam, ou que nos geram dificuldades, passarmos a lutar para modificá-los. 

Entendendo que a alma está em constante aprendizado, vermos as dores, desafios e problemas que nos chegam como convites e oportunidades de crescimento. 

A partir desse momento, passamos a investir na reflexão, na meditação e na análise de nossa intimidade. 

Começamos a tentar entender nossas ações e reações, analisando como fazer para nos tornarmos melhores. 

Tendo a Jesus como referência, partindo da sua proposta de amar a si mesmo e ao próximo como a lei maior da vida, vamos renovando nosso mundo íntimo. 

Aos poucos, substituímos as tendências perniciosas que ainda guardávamos, por valores nobres e de plenitude. 

Iremos, dessa forma, construindo o ser integral, pleno e em consonância com a proposta de felicidade que é o plano de Deus para nós. 

Investirmos em nós mesmos a fim de, no decurso da caminhada, irmos nos dando conta do quanto crescemos em qualidade, do quanto nos tornamos melhores. 

E, por isso, nos felicitarmos. Termos a alegria de verificar a superação de hábitos infelizes, de atos desagradáveis. 

Termos a certeza, enfim, de que estamos aproveitando muito bem a presente jornada reencarnatória. 


Recebido por e-mail em 07/01/2014 do amigo e irmão Karlinhos.