Nosso querido Mestre Jesus sabia muito bem o que queria alcançar quando asseverou aos discípulos que brilhassem a luz deles. Que eles a resplandecessem a toda parte. Sabia Jesus que o evangelho não poderia ser somente anunciado com palavras, mas acima de tudo com atitudes e que portanto, realçar tão somente os feitos do Mestre não teria o mesmo alcance caso cada discípulo se convertesse em uma vela a iluminar a si mesmo, através da vivência dos ensinamentos recebidos e por conseguinte fosse referência aos irmãos enquanto esses nas trevas estivessem.
E assim foi feito por eles, e graças ao entendimento que tiveram, principalmente após o advento do cenáculo, Pedro, João, Thiago, Felipe, dentre outros, multiplicaram luzes que alcançaram dentre outros, Estevão, Paulo, Lucas, Marcos, fazendo com que a Boa Nova a nós chegasse.
Sabemos que a caminhada do cristianismo até os dias atuais foi em muitos momentos isentas de luz e por isso reinaram as sombras, mas luminares não faltaram ao longo do percurso para poderem iluminar novos caminhos, mostrar equívocos e apontar, sempre com exemplos, aos que quisessem ver que a caminhada estava lenta e dolorida demais, afinal de contas ainda que escuro um caminho é um caminho.
Nos dias atuais estamos cercados de sombras e muitas vezes nos valemos de luzes de outras pessoas a fim de enxergarmos melhor o que temos que percorrer. O problema é que muitas vezes as luzes que seguimos são provenientes de pessoas que nem sabem o caminho que estão seguindo, ou escolheram o caminho mais turbulento, mais esburacado, mais aflitivo. Todos os caminhos levarão a Deus, pois essa é a Lei, porém podemos percorrer essa estrada com mais entendimento dos perigos, transformando-os em riscos. E riscos são bem diferentes de perigos.
Riscos correm os que sabem o que querem, que sabem de onde saíram e qual o destino final, já os perigos correm os que nada prepararam, os que contam com a sorte, como se sorte fosse algo concreto com o qual podemos contar, é a turma do "deixa a vida me levar, vida leva eu".
Ao nos afiançar a importância de termos luz própria o Mestre nos garantiu que cada um poderia seguir o caminho, independente do veículo que tivesse disponível, independente do sexo, independente da religião, independente da cor da pele, da condição social. Ter luz própria é saber-se criatura amada por Deus, entendendo a dimensão cósmica de nossa existência.
Kardec reforçou isso ao nos indicar um outro mandamento, além do "Amai-vos": o instruir-se. A instrução é o oxigênio que mantém acesa a chama da vela que é nossa existência. A instrução nos permitirá nos conhecermos e ao nos conhecermos poderemos divergir daqueles que nos propõem caminhos que até podem ser interessantes para eles, mas para nós não.
Façamos nossa luz! Em todo lugar e a todo tempo. Em casa, no trabalho, no futebol com os amigos, no salão de beleza com as amigas, nas fraternidades espíritas, etc. E que saibamos mostrar aos que se valem da nossa luz que o momento deles se iluminarem também é chegado.
Luz partilhada não é luz perdida!
(Reflexão sobre tema a ser desenvolvido no Centro Espírita Casimiro Cunha, rua Nova Ponte 464, Salgado Filho, Belo Horizonte, às 19:00 horas, em 21/01/2014, baseado na Coleção Fonte viva de Chico Xavier e Emmanuel)
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Brilhe a Vossa Luz!!!