A
grave questão sobre o despertar dos espíritos recém-desencarnados e a sua
consequente recordação da experiência concluída merecem valiosas considerações.
Pensam,
muitas pessoas desinformadas e também alguns adeptos das fileiras espíritas,
que o fenômeno morte, que despe o ser do seu invólucro material, igualmente concede-lhe
de imediato lucidez e, consequentemente, conhecimento da sua situação na
erraticidade.
De
início, seja dito que não existem duas desencarnações iguais; por efeito,
também não existem dois despertamentos idênticos no mundo espiritual. Cada
espírito é a soma das experiências vivenciadas, com as tribulações e conquistas
que facultam ou não o discernimento próprio da ocorrência após a morte.
Conforme o tipo de desencarnação - violenta, por acidente, homicídio, inundação, incêndio, por distúrbio orgânico, lentamente, em razão de enfermidades dilaceradoras e virulentas, suicídios de várias expressões, largas enfermidades e a correspondente conduta durante as mesmas, estado psicológico que anteceda as cirurgias - assim caracterizará a conscientização no após túmulo.
Aqueles que se compraziam no sensualismo, na avareza, no despotismo, na crueldade, vinculados aos despojos tentam reanimá-los, e pelo não conseguir, enlouquecem ou hebetam-se por largo período de sofrimento.
Outros tantos, que superaram os limites, vivendo testemunhos honrosos e provações lenificadoras, afeiçoados ao dever, ao bem e à caridade, abandonam o casulo com alegria, e, em saudades, singram os espaços atraídos para as regiões felizes a que fazem jus.
Conforme o tipo de desencarnação - violenta, por acidente, homicídio, inundação, incêndio, por distúrbio orgânico, lentamente, em razão de enfermidades dilaceradoras e virulentas, suicídios de várias expressões, largas enfermidades e a correspondente conduta durante as mesmas, estado psicológico que anteceda as cirurgias - assim caracterizará a conscientização no após túmulo.
Aqueles que se compraziam no sensualismo, na avareza, no despotismo, na crueldade, vinculados aos despojos tentam reanimá-los, e pelo não conseguir, enlouquecem ou hebetam-se por largo período de sofrimento.
Outros tantos, que superaram os limites, vivendo testemunhos honrosos e provações lenificadoras, afeiçoados ao dever, ao bem e à caridade, abandonam o casulo com alegria, e, em saudades, singram os espaços atraídos para as regiões felizes a que fazem jus.
Inumeráveis,
que viveram no fragor das lutas, confiantes e trabalhadores, são recolhidos
carinhosamente pelos afetos que os precederam e os conduzem a pousos de
refazimento e orientação, despertando-os suavemente sem choques traumatizantes...
Cada
grupo, conforme os hábitos cultivados, permanece vinculado às paixões terrenas
ou atraído pela nova situação, de forma a se adaptar com equilíbrio ao novo
estágio da vida - o verdadeiro.
Da mesma forma, quantos se transformaram em campo mental infestado por obsessões, logo se lhes ocorre a desencarnação, sofrem o assalto dos cômpares vibratórios, seus algozes, que os arrastam para os sítios de sevícias e aflições, que se prolongam até recomposição estrutural ou quando neles luzir a misericórdia do amor...
Da mesma forma, quantos se transformaram em campo mental infestado por obsessões, logo se lhes ocorre a desencarnação, sofrem o assalto dos cômpares vibratórios, seus algozes, que os arrastam para os sítios de sevícias e aflições, que se prolongam até recomposição estrutural ou quando neles luzir a misericórdia do amor...
Compreensivelmente,
o despertar da consciência depende das próprias condições de harmonia ou de
desequilíbrio pessoal.
Nos
espíritos saudáveis, a perturbação é rápida, embora permaneça breve amnésia
sobre a recente existência concluída, que se vai diluindo até que as lembranças
em caleidoscópio de recordações equipem-se de claridade mental e de
conhecimento.
Unanimemente,
a respeito das lembranças de outras existências transatas, permanece o olvido,
que somente abre espaço para ocorrências que podem ser úteis e com fim
providencial.
A medida que assume a realidade espiritual, painéis ricos de lembranças felizes tomam corpo, facultando melhor compreender os fatos próximos passados, tornando-se lógicos. Igualmente, surgem as recordações sombrias carregadas de culpa, caso não hajam sido reparados aqueles delitos, provocando tristeza e desejo de recomeço para superá-los. Traçam-se, nesses momentos, planos para futuros mergulhos no corpo, em tarefas de ressarcimento e socorro àqueles que lhes padeceram a conduta inconsequente.
A medida que assume a realidade espiritual, painéis ricos de lembranças felizes tomam corpo, facultando melhor compreender os fatos próximos passados, tornando-se lógicos. Igualmente, surgem as recordações sombrias carregadas de culpa, caso não hajam sido reparados aqueles delitos, provocando tristeza e desejo de recomeço para superá-los. Traçam-se, nesses momentos, planos para futuros mergulhos no corpo, em tarefas de ressarcimento e socorro àqueles que lhes padeceram a conduta inconsequente.
Ao
mesmo tempo, alegria imensa os invade, ao compreenderem a justeza das soberanas
leis, que sempre conduzem para o Bem, embora a diversidade de caminhos.
Questões
e situações que pareciam de suma importância durante a vilegiatura carnal,
agora, quando despidos dos limites orgânicos, compreendem-nas melhor, e até
sorriem da atitude ingênua com que se conduziram. Fazem recordar-se da postura
de, quando adultos, consideravam os comportamentos infantis que se apresentavam
naquele período de sumo valor...
Não
são poucos os espíritos que desencarnam e reencarnaram sem dar-se conta de um e
do outro fenômeno, vitimados por doentia amnésia sobre os acontecimentos.
Multidões
deambulam nas esferas espirituais inferiores sem conhecimento de si mesmas, sem
recordações dos afetos ou dos adversários, desmemoriadas, sofrendo superlativas
aflições.
Incontáveis, por outro lado, embora se apercebam da fase nova, não conseguem recordar-se de nomes, datas e antecedentes pessoais, exceto aqueles que foram mais expressivos e se imprimiram com vigor nas tecelagens do perispírito.
Incontáveis, por outro lado, embora se apercebam da fase nova, não conseguem recordar-se de nomes, datas e antecedentes pessoais, exceto aqueles que foram mais expressivos e se imprimiram com vigor nas tecelagens do perispírito.
A
amnésia espiritual é capítulo da imortalidade que permanece desafiador,
oferecendo advertências aos homens e mulheres, para que se desimpregnem das
grosseiras fixações que são cultivadas nos campos das sensações perturbadoras,
que sempre prosseguem além do corpo, em tormentosas necessidades que anulam
outros tipos de vivências, mergulhando-as em esquecimentos afligentes.
Cabe ao ser lúcido, que empreende a tarefa da auto iluminação, reflexionar de quando em quando a respeito dos próprios clichês mentais, selecionando-os, a fim de que, no momento de desvestir-se do corpo físico, nele fiquem as impregnações que lhe dizem respeito, não conduzindo aquelas que são perturbadoras nos arquivos da mente.
Cabe ao ser lúcido, que empreende a tarefa da auto iluminação, reflexionar de quando em quando a respeito dos próprios clichês mentais, selecionando-os, a fim de que, no momento de desvestir-se do corpo físico, nele fiquem as impregnações que lhe dizem respeito, não conduzindo aquelas que são perturbadoras nos arquivos da mente.
A
morte é somente transição, veículo que conduz o viajante de uma para outra
faixa vibratória, vestido ou liberado das opções a que se afervorou durante a
experiência orgânica.
O
cultivo das ideias superiores, o conhecimento a respeito da vida após túmulo,
as ações de fraternidade e de caridade cristã, os hábitos morigerados
contribuem para a liberação da amnésia após o decesso celular, facultando a
identificação da realidade espiritual, bem como dos amigos que o aguardam além
da fronteira física, para o conduzirem em júbilo de volta ao Grande Lar.
Manoel Philomeno de Miranda (Espírito) através de
Divaldo Pereira Franco, no livro: Mediunidade: desafios e bênçãos.
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