Autor: Emmanuel. Psicografia: Chico Xavier.
Livro: Seara dos Médiuns
Reunião pública de 6/6/60. Questão nº 200 de
O Livro dos Médiuns.
Anotando a formação mediúnica, comparemo-la aos serviços do solo. A terra desdobra recursos para sustentação do corpo. A mediunidade cria valores para alimento do espírito.
A terra, mesmo quando possuída pela floresta brava, produz, de maneira mecânica, se lhe atiramos algumas sementes; contudo, a lavoura, nesse regime, surgirá em condições anômalas. A mata dominante abafará, decerto, as plantas nascituras. Animais comparecem na posição de primitivos donos da gleba, injuriando-lhes as folhas. Vermes destruidores ameaçam-nas, a cada instante. Enxurrada e sombra constantes constituem-lhes empeço à vida. Mas se o trato de selva for cultivado contra a invasão de todo elemento estranho e mantido em trabalho, conseguiremos, em breve, o celeiro de pão, seguro e rico. Também a mediunidade, mesmo quando encravada no psiquismo de alguém que paixões subalternas dominam, produz, de maneira mecânica, quando se lhe entrega determinado gênero de ação; contudo, a tarefa, nesse regime, surgirá em condições anômalas. Tendências Infelizes abafarão decerto a obra recém-nata. Sentimentos inferiores comparecem na posição de primitivos senhores da alma, inutilizando-lhe as promessas. Agentes da discórdia ameaçam-na, a cada instante. Lodo moral e perseguição gratuita constituem-lhe empeço à vida. Mas se a personalidade mediúnica for educada contra a invasão de toda sombra de ignorância e mantida em serviço, conseguiremos, em breve, o celeiro de luz, seguro e rico.
Não há desenvolvimento mediúnico, para realizações sólidas, sem o aprimoramento da individualidade mediúnica. No caso da terra, o lavrador será mordomo vigilante. No caso da mediunidade, o médium será o zelador incansável de si mesmo. E médium algum se esqueça de que é na terra boa abandonada que a praga e a serpente, o espinheiro e a tiririca proliferam mais e melhor.
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