"Se suportais a correção, Deus vos trata como a filhos; pois que filho há a quem o pai não corrija? - Paulo (Hebreus, 12:7) |
Bem-aventurado o espírito que compreende a correção do Senhor e aceita-a sem relutar.
Raras, todavia, são as criaturas que conseguem entendê-la e suportá-la.
Por vezes, a repreensão generosa do Alto - símbolo de desvelado amor - atinge o campo do homem, traduzindo advertência sagrada e silenciosa, mas, na maioria das ocasiões, a mente encarnada repele o aguilhão salvador, mergulha na noite da rebeldia, elimina possibilidades preciosas e qualifica de infortúnio insuportável a influência renovadora, destinada a clarear-lhe o escuro e triste caminho.
Muita gente, em face do fenômeno regenerativo, apela para a fuga espetacular da situação difícil e entrega-se, inerme, ao suicídio lento, abandonando-se à indiferença integral pelo próprio destino.
Quem assim procede não pode ser tratado por filho, porquanto isolou a si mesmo, afastou-se da Providência divina e ergueu compactas paredes de sombra entre o próprio coração e as bênçãos paternas.
Aqueles que compreendem as correções do Todo-Misericordioso reajustam-se em círculo de vida nova e promissora.
Vencida a tempestade íntima, revalorizam as oportunidades de aprender, servir e construir, e, fundamentados nas amargas experiências de ontem, aplicam graças da vida superior, com vistas ao amanhã.
Não te esqueças de que o mal não pode oferecer retificações a ninguém. Quando a correção do Senhor alcançar-te o caminho, aceita-a humildemente, convicto de que constitui verdadeira mensagem do Céu.
(Emmanuel - Espírito - através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, no livro Pão Nosso, capítulo 88, páginas 189 e 190).
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ResponderExcluirBela mensagem amigo! Tomo como medida do amadurecimento espiritual a capacidade de ouvir críticas com senso de reflexão e serenidade. Criaturas imaturas sempre se encolerizam ante às críticas crendo-as sempre injustas e grosseiras. Acontece que quando recebemos as indicações alheias sobre nosso trabalho, esforço ou, até mesmo, sobre nosso caráter, é comum nos confundirmos e deixar nosso "ego" falar e agir diante daquilo que passamos a perceber como ofensa. A criatura amadurecida tem como habito a reflexão. Assim caso as observações alheias sejam verdadeiras ou, ao menos, sinceras, utiliza-as como escadas de aperfeiçoamento, caso não sejam aproveita para exercitar a compreensão ou perdão das ofensas.
ResponderExcluirGrande abraço!