Quando Deus lhe confia a alma que vem do Invisível, dando-lhe a
honra da maternidade e da paternidade, é porque sabe que no meio em que você vive e com os recursos
variados ou parcos de que dispõe, terá as responsabilidades de bem orientá-la
para a vida.
Não podemos
desconsiderar o cômputo de preocupações e esforços que vivem tantos pais
ensejarem a seus descendentes o que há de melhor nas sociedades terrenas, de
modo que os fizesse desenvolver-se.
Não devemos ignorar
quantos sacrifícios fazem muitos pais para darem a seus filhos excelentes
possibilidades de conforto, do mundo social.
A tudo respeitamos, em
verdade, sensibilizando-nos com tamanha boa vontade. Entretanto, precisamos
encarecer a importância dos cuidados paternais, sob a luz da realidade espiritual,
tão desleixada, esquecida pelos progenitores.
Se é válido vacinar os
pequeninos contra certas doenças devastadoras, que amedrontam, não deveremos
olvidar a grandeza de que se constitui a Doutrina de Jesus, como abençoada
medicação profilática, a fim de que os filhos tenham estrutura para conseguirem
viver no mundo com os valores morais-espirituais, assimilados no lar bem
orientado.
Pensando que nossos
filhos carecem da assistência dos pais, o maior tempo possível, particularmente
na fase infantil, evitemos entregá-los a escolas, a institutos, creches,
jardins e pré-jardins, quando sejam muito novinhos, preservando-os de tantos
problemas de carências, ansiedades e inseguranças, de acordo com a sua
estrutura psicológica e emocional.
Durante a primeira e segunda
infâncias, mais do que nunca, será ultra-importante recolha a criança a ternura
da convivência do lar, com sua mãe, quando não seja possível esteja com os
pais.
Não exponhamos a nossa
criança aos tormentos do mundo. Se os adultos se sentem agredidos, violentados,
perante múltiplas situações, que dizer dos pequenos?
Sim, as crianças
precisam de sociabilização, entretanto, que as iniciemos nas disciplinas
domésticas, no convívio dos seus genitores, alimentando a alma nas fontes do
Evangelho, decantado no ambiente familiar.
* * *
Abençoe seu filho, a
cada manhã, a cada anoitecer, sem que ele seja um peso, um estorvo para você.
Mantenha-o, um pouco mais, ao lado dos seus cuidados, junto à sua vigilância
tranquila e atenta, sob a aura dos seus primeiros ensinos. Muitos tormentos e
desestruturações do adolescente, e mesmo da criança, têm começo no desamparo a
que os pequenos tão submetidos, ou no clima de insegurança a que são expostos.
Somente com Jesus a
orientar-nos a marcha humana, vendo a grandeza da psicologia delicada da
infância, sob a óptica da Doutrina Espírita, conseguiremos orientar os
pequeninos para que cumpram seus nobres destinos na Terra, pelo entendimento da
anterioridade da alma, da reencarnação, o que nos confere, na condição de pais
ou tutores, inabordável responsabilidade perante a confiança com que o Criador
honra a Humanidade.
Abençoe seu filho,
preparando-o para ser feliz.
(Pelo Espírito Thereza
de Brito - Psicografia de José Raul Teixeira - Livro: Vereda Familiar - Ed. Frater)
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