Dentre as obras basilares da
Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, encontra-se o Evangelho Segundo
o Espiritismo. Ainda no frontispício da obra acha-se grafado um aforismo que
encerra a maneira como a fé deve ser vivenciada pelos adeptos do Espiritismo: “Não
há fé inabalável senão aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as
épocas da Humanidade”. Dentro desse raciocínio cumpre-nos entender que os
assuntos relacionados à fé devem acontecer não no campo da crença por
aceitação, mas da crença por entendimento, valendo-se dos diversos campos do
conhecimento disponíveis em nosso momento atual da existência.
Segundo entendimento de Kardec,
os Evangelhos de Jesus (escritos por Mateus, Marcos, Lucas e João) podem se
dividir em 05 partes:
1 – Os
atos comuns da vida do Cristo;
2 – Os milagres;
3 – As profecias;
4 – As palavras
que serviram para o estabelecimento dos dogmas da Igreja;
5 – O ensinamento
moral.
Prosseguindo na introdução ao
livro, Kardec destaca que “Para os homens em particular, é uma regra de
conduta, abrangendo todas as circunstâncias da vida, privada ou pública, o
princípio de todas as relações sociais fundadas sobre a mais rigorosa justiça;
é, enfim, e acima de tudo, o caminho infalível da felicidade esperada, um canto
do véu levantado sobre a vida futura”. Apesar das modificações, interpretações,
e demais incertezas que cercam os evangelhos e demais escritos ditos sagrados,
não é a palavra em si que nos interessa, apesar de a mesma ser importantíssima,
mas o sentido por trás dela, o que lhe dá vida é que nos garante o entendimento.
Em sendo assim, Kardec organizou
o Evangelho Segundo o Espiritismo em temas e buscou associar a esses temas,
sempre morais, as passagens evangélicas que serviram de fundo para estudos e
comentários tanto de Kardec quanto de Espíritos diversos espalhados por todo o
canto e se manifestando dentro das mesmas sintonias, conferindo a obra um viés
universalista que incluem a todos, independente de como estejam física e
moralmente.
Nessas divisões coube ao capítulo
XI abrigar uma reflexão e ensinamento intitulado, AMAR O PRÓXIMO COMO A SI
MESMO, subdivididos em seções conforme se segue:
·
O maior mandamento;
·
Fazer aos outros o que
quereríamos que os outros nos fizessem;
·
Parábola dos credores e
dos devedores;
·
Daí a César o que é de
César;
·
Instruções dos Espíritos:
A lei de amor – O Egoísmo – A fé e a caridade – Caridade para com os criminosos
– Deve-se expor a própria vida por um malfeitor?
Vamos a partir de agora destacar
o que nos chama mais atenção nesse momento de nossa evolução espiritual.
O maior mandamento - Fazer aos outros o que quereríamos que os
outros nos fizessem – Parábola dos credores e dos devedores
Alicerçado sobre as passagens
contidas em Mateus (22, 34-40), Mateus (7,12), Lucas (6, 31) e Mateus (18, 23 a
35) Kardec nos apresenta os momentos em que questionado pelos doutores da lei,
Jesus reforça que o mandamento maior a que os Judeus estavam subordinados (de
um total de 613 conforme o Levítico) o amar a Deus sobre todas as coisas e ao
próximo como a si mesmo sintetizaria toda a Lei e os ensinamentos dos profetas.
Aqui Jesus deixa-nos claro que mais do que saber das coisas, devemos procurar o
sabor que elas têm. Se entendermos o sabor das coisas, das palavras, das ações
e suas conseqüências, podemos evitar que nos sejam necessários outros
ensinamentos, nos libertando de amarras e de compromissos com a Lei de Causa e
Efeito. Destaca Kardec: “Amar o próximo como a si mesmo: fazer para os outros o
que quereríamos que os outros fizessem por nós é a mais completa expressão da
caridade, porque resume todos os deveres para com o próximo. Não se pode ter
guia mais seguro, a esse respeito, que tomando por medida, do que se deve fazer
para os outros, o que se deseja para si”. Essa é a regra áurea presente em
todas as manifestações espiritualistas da humanidade seja em religiões
constituídas sejam em filosofias. A diferença para o Cristão em relação a este
entendimento é que a regra áurea antes de ser um fim em si mesma, é uma
condição da ascensão evolucional, exemplifica pelo Mestre Jesus. Ele não apenas
nos apontou um caminho, como trilhou por ele. Ao apresentar a parábola dos
credores e dos devedores Jesus nos ensina que muitas vezes nos apegamos à Misericórdia
e Indulgência de Deus e dos Homens em
relação aos nossas dificuldades e problemas, mas nos valemos da Justiça a
qualquer preço quando nos são solicitados a mesma Misericórdia e a mesma
Indulgência. Se esperamos amor, que passemos a amar, se esperamos perdão, que
passemos a amar, até porque só entendemos o que nos é dado quando passamos a
dar o mesmo também.
Daí a César o que é de César
Valendo-se de passagens contidas
nos Evangelhos de Mateus (22, 15-22) e Marcos (12, 13-17) Kardec nos traz para
reflexão o momento em que questionado sobre o pagamento de impostos, que os
Judeus deviam fazer aos Romanos, Jesus responde com uma frase que ficou de
todos muito conhecida: “Daí a César o que é de César”. Durante muito tempo e
até hoje muitos se valem dessa assertiva para justificarem possíveis ações materiais
em detrimento à ações espirituais e muitas ações espirituais em detrimento de
ações materiais, dualizando a existência, com se fôssemos um ser de duas faces
e a ação de uma face justifica a ação ou a não-ação da outra. Vejamos o que
destaca Kardec: “Esta máxima – Daí a César o que é de César – não deve ser
entendida de uma forma restritiva e absoluta. Como todos os ensinamentos de
Jesus, é um princípio geral resumido sob uma forma prática e usual, e deduzida
de uma circunstância particular”. Podemos entender a partir de Kardec que se
faz necessário ampliar os horizontes para entendimento melhor desse assunto,
nos valendo de outros princípios que nos permitem auxiliar aos que necessitam
sem para isso nos valermos de citações de que tem o que merecem. Merecimento é
entendimento superior e só Deus e Espíritos que comungam com ele em plenitude,
Jesus por exemplo, são capazes de perceber intimamente. Ainda podemos trazer a
reflexão que separarmos nossas ações no plano material daquilo que fazemos no
plano espiritual é uma condição de imaturidade evolutiva. Somos um, sempre,
onde quer que estejamos devemos nos valer de nossa condição de Espíritos, e a prática
da caridade é uma boa sugestão para afirmação íntima dessa condição.
A lei de Amor
Kardec seleciona três textos para
tratar desse assunto e que retratam o pensamento de espíritos que se apresentam
como Lázaro, Fénelon e Sansão. Para Lázaro “o amor resume inteiramente a
doutrina de Jesus, porque é o sentimento por excelência, e os sentimentos são
os instintos elevados à altura do progresso realizado. No seu início, o homem
não tem senão instintos; mais avançado e corrompido, só tem sensações; mais
instruído e purificado, tem sentimentos, e o ponto delicado do sentimento é o
amor, que condensa e reúne em seu foco ardente todas as aspirações e todas as
revelações sobre-humanas”, e acrescenta ao final do texto “(...) compreendendo
a lei de amor que une todos os seres, nela encontrareis as suaves alegrias da
alma, que são o prelúdio das alegrias celestes”. O texto de Fénelon traz que “o
amor é de essência divina, e, desde o primeiro até o último, possuis no fundo
do coração a chama desse fogo sagrado”, acrescenta que ele “se desenvolve e
engrandece com a moralidade e a inteligência, e, ainda que comprimido pelo
egoísmo, é a fonte de santas e doces virtudes que fazem as afeições sinceras e
duráveis e vos ajudam a transpor a rota escarpada e árida da existência humana”,
reforça que “para praticar a lei de amor, tal como Deus a entende, é preciso
que chegueis, progressivamente, a amar a todos os vossos irmãos,
indistintamente”, e conclui mostrando que “a terra, morada de prova e de
exílio, será então purificada por esse fogo sagrado, e verá praticar a
caridade, a humildade, a paciência, o devotamento, a abnegação, a resignação, o
sacrifício, virtudes todas filhas do amor”. Já Sansão nos brinda em seu texto
com o ensinamento de que “amar, no sentido profundo da palavra, é ser leal,
probo, consciencioso, para fazer aos outros o que se quereria para si mesmo; é
procurar ao redor de si o sentido íntimo de todas as dores que oprimem vossos
irmãos para abrandá-las”, e acrescenta ao final : “grande pensamento de
renovação pelo Espiritismo, tão bem descrito em O Livro dos Espíritos tu
produzirás o grande milagre do século futuro, o da reunião de todos os
interesses materiais e espirituais dos homens, pela aplicação desta máxima bem
compreendida – Amai bastante, a fim de serdes amados”. Podemos verificar de maneira clara e inequívoca
que a pratica do Amor é a maneira que o Pai encontrou para nos mantermos
ligados a ele. Deus é amor, e se somos filhos do amor, somos também amor, mas
em estado latente. Desvirtuamos muitas vezes esse sentimento, por causa de
nosso processo evolutivo. Não herdamos o amor, nós o conquistamos. E para essa conquista
nos é necessário os estágios mais diversos de modo que no final, onde quer que
estejamos, fazendo o que quer que estejamos fazendo, o amor seja de tal forma
em nosso Espírito, que não nos será mais possível dele nos apartar. Como nos
lembra Paulo em sua carta aos Coríntios, entre a fé, a esperança e o amor, o
maior deles é o amor, pois quando estivermos face a face com o Pai, ou seja
quando estivermos agindo 100% conforme sua vontade, a fé não nos será mais
necessária, a esperança nos será desnecessária, mas o Amor, esse será sempre o
elo que unirá a todos no desejo comum de bem estar, de bem viver, de plenitude
com o Criador. Joanna de Ângelis, através da psicografia de Divaldo Pereira
Franco, no livro: Jesus e o Evangelho – À luz da psicologia profunda,
comentando sobre esse item, no capítulo intitulado, Libertação Pelo Amor, nos
assevera que “na perspectiva da psicologia profunda o ser vive para amar e ser
amado, iluminar a sombra e fazer prevalecer o Self”, ou seja a vida se realiza
na proporção que nos libertamos das transitoriedades das sombras (eu egóico) e
nos concentramos nas permanências do Self (eu profundo ou divino). Continua a
mentora a nos instruir que o amor é “terapia eficiente para superação da
sombra, medicamento salutar par o ego enfermo, estímulo eficiente para o Self
que desabrocha soberano quando irrigado pelo fluxo desse sentimento superior da
vida”. Trás ela também sua conceituação de amor, nos revelando que “amar é
abrir o coração sem reservas, encontrar-se desarmado de sentimentos de
oposição, sempre favorável ao bem e ao progresso mesmo quando discordando das
colocações que são apresentadas”. Traçando comentários sobre a trajetória terrena
de Jesus e sua atuação perante aos próximos necessitados de atenção, afeto,
entendimento, acolhimento e amor, ela nos mostra que “invariavelmente as
pessoas que ainda não aprenderam com o Homem-Jesus a excelência do amor, pensam
que são amadas porque se fazem especiais, esquecendo-se que por amarem
tornam-se especiais.” Sem desmerecer a existência terrena, importante para
nosso progresso ascensional, Joanna reforça que “a existência terrena, embora
merecendo respeito e credora de preservação, quando luz o amor ao próximo, cede
lugar pessoal em favor daquele transferindo-se por abnegação de uma condição
existencial efêmera para outra espiritual e eterna”. É o amor o responsável por
espiritualizarmos o que nos é material demais. É o amor o sentimento que nos
permite sofrer dor sem sofrimento, dar sem ter e receber apesar de não achar-se
merecido. É o amor, o que inverte os sentidos, re-significa valores, aponta
soluções que nos garantam a paz interior.
O egoísmo
Para tratar desse assunto Kardec
seleciona dois textos. Um de Emmanuel e outro de Pascal. Emmanuel, trás texto
vigoroso e positivo, como se norteia toda sua criação literária, afirmando que “o
egoísmo, esta chaga da humanidade, deve desaparecer da Terra, cujo progresso
moral retarda; ao Espiritismo está reservada a tarefa de fazê-la subir na
hierarquia dos mundos”, nos mostrando que a missão dos viventes é acabar com o
egoísmo, condição necessária para evolução planetária. Para isso segundo ele é
necessário “coragem porque é preciso mais coragem para vencer a si mesmo do que
para vencer os outros”, uma vez que o egoísmo “filho do orgulho, é a fonte de
todas as misérias deste mundo. É a negação da caridade e, por conseguinte, o
maior obstáculo a felicidade dos homens”. Conclui Emmanuel que “é a esse
antagonismo da caridade e do egoísmo, à invasão desse lepra do coração humano,
que o Cristianismo deve não ter cumprido ainda toda a sua missão. E a vós,
apóstolos novos da fé é que os Espíritos Superiores esclarecem, a quem incumbe
a tarefa e o dever de extirpar esse mal, para dar ao Cristianismo toda a sua
força e limpar o caminho das sarças que lhe entravam a marcha”. Pascal nos
lembra em seu artigo que “(...) o Cristo não se recusava; aquele que se
dirigisse a ele, quem quer que fosse, não era repelido...”, e sugere “começai a
dar o exemplo vós mesmos; sede caridosos par com todos indistintamente;
esforçai-vos por não mais notar aqueles que vos olham com desdém, e deixai a
Deus o cuidado de toda a justiça, porque cada dia, em seu reino, ele separa o
joio do trigo”. Trazendo a luz uma contribuição atemporal, ele conclui “o
egoísmo é a negação da caridade; ora, sem a caridade não haverá tranqüilidade na
sociedade; digo mais, nem segurança...”. Para os moldes atuais de nossa
sociedade podemos perceber o quanto esses dois espíritos estavam adiantados em
seus raciocínios. Vivemos uma sociedade egoísta, individualista, calcada no ter
para ser e que tem mostrado que a segregação oriunda dessa forma de viver nos é
prejudicial a todos. Buscamos a segurança em nossas vidas imaginando que a
teremos eliminando os que nos afligem, sendo que muitos só nos afligem hoje
porque já os eliminamos ontem de terem sonhos factíveis e não delírios
materialistas. A caridade, como excelência do amor deve ser nossa bandeira de
vida. Em todos os lugares e a todo tempo. Segundo Joanna de Ângelis, através de
Divaldo Pereira Franco, na obra: Jesus e o Evangelho – À luz da psicologia
profunda, “o egoísmo é úlcera moral que degenera o organismo espiritual da
criatura humana” e acrescenta que “a terapia eficiente para tão terrível
flagelo é o altruísmo, por desenvolver os sentimentos superiores que defluem da
razão e do discernimento ampliando as possibilidades de crescimento interior de
cada um no rumo do Infinito”. Apresentado as ações de Jesus como referência à
postura que enfrenta os egoísmos pessoais e de massa, ela nos mostra que “a sua
conduta foi irrepreensível e a Sua alegria de servir ao Pai através dos Irmãos,
demonstrou o verdadeiro sentido do altruísmo que deve frondejar nos sentimentos
gerais”. E para finalizar nos concita a reflexão: “enquanto o egoísmo conspira
contra a caridade, esta é-lhe a terapia eficiente, única de que dispõe a vida
para desenvolver os sentimentos de fraternidade e de justiça entre os homens”.
A fé e a caridade
Para tratar deste tema Kardec nos
apresenta um texto de um Espírito que se nomeia: Um Espírito Protetor. Nos
lembra o mesmo “que a caridade sem a fé não bastava para manter, entre os
homens, uma ordem social capaz de torná-los felizes” e que “Deus nos criou para
sermos felizes na eternidade; entretanto, a vida terrestre deve servir
unicamente ao nosso aperfeiçoamento moral, que se adquire mais facilmente com a
ajuda dos órgãos e do mundo material”. Conclui ele: “a história da cristandade
fala de mártires que foram ao suplício com alegria; hoje, e em vossa sociedade,
não é preciso, para serdes cristão, nem o holocausto do mártir, nem o
sacrifício da vida, mas única e simplesmente o sacrifício do vosso egoísmo, do
vosso orgulho e da vossa vaidade”. Podemos
observar aqui que a prática da caridade é o caminho para nosso aperfeiçoamento
moral, nossa ascensão espiritual e a maneira pelo qual o mundo terá igualdade
social. A fé transformada em obras é a receita para que possamos evoluir com
menos sofrimento.
Caridade para com os criminosos
Para tratar desse assunto, Kardec
nos trás a comunicação do Espírito que se apresenta como sendo o de Elisabeth
de França, que segundo biografias disponíveis morreu na guilhotina. Começa por
ratificar que “deveis amar os infelizes, os criminosos, como criaturas de Deus,
às quais o perdão e a misericórdia serão concedidos, se se arrependerem, como a
vós mesmos, pelas faltas que cometeis contra a sua lei”, nos provocando
reflexões acerca de julgamentos que fazemos “não sabeis que há muitas ações que
são crimes aos olhes do Deus de pureza e que o mundo não considera sequer como
faltas leves?”. Reforça ela, ainda, que “ a caridade sublime, ensinada por
Jesus, consiste também na benevolência concedida sempre, e em todas as coisas,
ao vosso próximo” e por isso “deveis àqueles de quem falo o socorro de vossas
preces: é a verdadeira caridade. Não é preciso dizer de um criminoso – é um
miserável; é preciso expurgá-lo da Terra; a morte que se lhe inflige é muito
suave para um ser dessa espécie – não, não é assim que deveis falar.” Para
essas tratativas se não temos como auxiliar diretamente, que o façamos pelas
preces, pelo entendimento (que não é aceitação) do ocorrido sobre todas as
dimensões necessárias não nos esquecendo da lei de causa e efeito, da
sobrevivência dos espíritos depois da morte, e acima de tudo do atributo do Pai
que é soberanamente justo e bom e saberá cuidar de todos os envolvidos, não nos
sendo necessário pensamentos malévolos motivados por nosso senso de justiça
mesquinho e pessoal.
Deve se expor a vida por um malfeitor?
Para tratar desse assunto Kardec
se vale de uma pergunta que é respondida pelo Espírito Lamennais. Questiona
Kardec se devemos nos expor para salvar a vida de alguém que por até ali ser
uma pessoa infeliz poderá continuar a sê-lo após o desenrolar da urgência.
Lamennais em suas considerações assevera que: “a morte, talvez, chegue muito
cedo para ele; a reencarnação poderá ser terrível; lançai-vos, pois homens! Vós
a quem a ciência espírita esclareceu: lançai-vos, arrancai-o à sua condenação,
e então talvez, esse homem que morreria vos insultando, se atirará em vossos
braços”. Se considerarmos os esclarecimentos acerca dos princípios espíritas,
da presença justa e boa de Deus, dos exemplos de Jesus, de nossa condição de
Espírito, de que evoluímos a cada dia, da lei de causa e efeito, da
reencarnação, da influência dos espíritos em nossas vidas, não podemos titubear
e auxiliar, confiantes de que o desenrolar do embaraço estará amparado pelas
leis morais do Pai.
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