É vulgar a preocupação do homem comum, relativamente às tradições familiares e aos instintos terrestres a que se prende, nominalmente, exaltando-se nos títulos convencionais que lhe identificam a personalidade.
Entretanto, na vida verdadeira, criatura alguma é conhecida por semelhantes processos. Cada Espírito traz consigo a história viva dos próprios feitos e somente as obras efetuadas dão a conhecer o valor ou o demérito de cada um.
Com o enunciado, não desejamos significar que a palavra esteja desprovida de suas vantagens indiscutíveis; todavia, é necessário compreender-se que o verbo é também profundo potencial recebido da Infinita Bondade, como o recurso divino, tornando-se indispensável saber o que estamos realizando com esse dom do Senhor eterno.
A afirmativa de Jesus, nesse particular, reveste-se de imperecível beleza.
Que diríamos de um Salvador que estatuísse regras para a Humanidade, sem partilhar-lhe as dificuldades e impedimentos?
O Cristo iniciou a missão divina entre os homens do campo, viveu entre os doutores irritados e pecadores rebeldes, uniu-se a doentes e aflitos, comeu o duro pão dos pescadores humildes e terminou a tarefa santa entre dois ladrões.
Que mais desejas? Se aguardas vida fácil e situações de evidência no mundo, lembra-te do Mestre e pensa um pouco.
(Lição 2, do livro: Pão Nosso, de Emmanuel (espírito) através de Francisco Cândido Xavier.)
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