Introdução
sábado, 16 de abril de 2022
SOBRE A CORAGEM
CAOS E ORDEM
HANNAH ARENDT - (1906 - 1975)
"Por não estar em mero isolamento, mas por compartilhar com outros homens o mundo em que habita, o homem o faz em plural.
"Os homens são livres - diferentemente de possuírem o dom da liberdade - enquanto agem, nem antes nem depois, pois ser livre e agir são uma só coisa.
"O poder corresponde à capacidade humana não somente de agir, mas de agir em comum acordo. O poder nunca é propriedade de um indivíduo; pertence a um grupo e existe somente enquanto o grupo se conserva unido.
"Devido à desintegração do poder que não age politicamente em plural, que vemos fomentar o aparecimento da ordem violenta, justificando-a como instrumento de ação política.
"O poder é de fato a essência de todo o Governo, mas não não a violência. A violência é por Natureza instrumental; como todos os meios, ela sempre depende da orientação e da justificação pelos fins que almeja."
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022
CONVICÇÃO DO ESPÍRITO

Recebido por Francisco Cândido Xavier, recolhido e relatado por Eduardo Carvalho Monteiro, publicado no livro "Chico Xavier - Inédito", capítulo 19.
A AURORA DOS NOVOS DIAS
"Eis-me aqui, eu que não evocais, mas que estou ansiosa para ser útil à Sociedade, cujo objetivo é tão sério quanto o é o vosso. Falarei de política. Não vos assusteis: sei em que limites devo restringir-me.
Mensagem recebida na Sociedade de Estudos Espíritas coordenada por Allan Kardec, pela médium Sra. Costel e atribuída a importante escritora francesa desencarnada conhecida como Madame Stael, publicada na Revista Espírita de agosto de 1861.
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO
Deixada a esmo, por não possuir o discernimento hábil em torno dos próprios conteúdos nem das possibilidades que se lhe encontram factíveis, segue a trilha dos hábitos perniciosos que lhe predominam em a natureza, tornando-se agressiva, aturdida, desconfiada e irresponsável. Os instintos, dos quais procedem as suas conquistas, ainda lhe sobrepujam na individualidade, prevalecendo as reações biológicas em vez das ações que resultam da razão e do equilíbrio.
O educando, na infância, passou a merecer compreensão psicológica, sendo entendido como um ser em formação e jamais como um adulto em miniatura, criando-se os jardins de infância com Froebel, sendo ressuscitada a didática intuitiva sugerida por Comenius, agora baseada no conhecimento científico, passando a educação a ocupar papel preponderante nos Estados dignos e formadores de homens e mulheres de bem.
Pelo Espírito Joanna de Ângelis (retirado do livro "Lições para a felicidade", psicografado por Divaldo Franco).
domingo, 21 de março de 2021
DESGOSTO DA VIDA. SUICÍDIO
A ociosidade, a falta de fé e muitas vezes a
saciedade são as causas de desgosto pela vida que se apodera de certos
indivíduos.
Para aquele que exerce suas faculdades com fim útil e de acordo com suas aptidões naturais, o trabalho nada tem de árduo e a vida se escoa com mais rapidez.
O suicídio voluntário é uma transgressão da Lei Divina.
As tribulações da vida são provas ou expiações.
Felizes os que as suportam sem se queixar, porque serão recompensados.
Aqueles que colaboram para que as pessoas se
desesperem a ponto de cometer o suicídio responderão por um assassínio.
O suicida cujo desespero nasceu do orgulho
sofrerá mais.
Há enorme grandeza em lutar contra a adversidade afrontando criticamente um mundo fútil e egoísta. Sacrificar a vida a consideração desse mundo é uma estupidez, pois ele não levará em conta nada disso.
Como se teve a coragem de praticar o mal, é
preciso tê-lo também para sofrer-lhe as consequências.
A intenção do suicida lhe atenua a falta, mas
nem por isso deixa de haver falta.
Se abolirdes da vossa sociedade os abusos e os
preconceitos, não mais tereis suicídios.
O suicídio nada repara.
Uma falta, não importa a sua natureza, jamais
abre a quem quer que seja o santuário dos eleitos.
O sacrifício só é meritório quando feito com
desinteresse. Aquele que o pratica munido por segundas intenções lhe diminui o
valor aos olhos de Deus.
As penas são sempre proporcionais à consciência
que se tenha das faltas cometidas.
Não há culpabilidade quando não há intenção ou
perfeita consciência da prática do mal.
Reflexões extraídas de “O Livro dos Espíritos”, questões 943 a 957.
Para aprofundamento sobre o tema verificar também o capítulo v,
Suicidas, da segunda parte do livro “O Céu e o Inferno ou a Justiça Divina
segundo o Espiritismo.
quarta-feira, 25 de setembro de 2019
ESQUECIMENTO PROVIDENCIAL
Sem o real esquecimento da ofensa, não vige o verdadeiro perdão.
A lembrança da ocorrência malsã demonstra a permanência da mágoa que, oculta ou declarada, anela pelo ressarcimento do mal padecido.
Quando o coração se sente lenido pelo entendimento do fato infeliz; quando a compreensão compassiva luariza a memória do instante perturbador, o esquecimento toma corpo na criatura e o perdão legítimo se lhe estabelece, ensejando a harmonia que proporciona ao ofensor a oportunidade para a reparação.
O olvido dos acontecimentos nefastos significa valiosa conquista do espírito sobre si mesmo, superando as imposições inferiores do ego e facultando o desenvolvimento das aptidões superiores, que jazem inatas na criatura.
Toda a permanência no mal engendra anseios de desforro, aspirações de cobrança...
O cultivo das ideias otimistas, positivas, contribui para a superação, para o esquecimento dos desaires, nas recordações nefastas.
Mediante treinamento mental e exercício emocional nas atividades do Bem, é factível o olvido das questões negativas, graças às quais, no entanto, o indivíduo amadurece (emocionalmente), adquire experiência, evolui no processo de conscientização superior.
É providencial o esquecimento do passado, das reencarnações anteriores. Graças a ele, as dificuldades que ressumam do inconsciente profundo, em forma de animosidade e antipatia, de ressentimento e insegurança, tornam-se mais fáceis de ser vencidas, administradas na leitura da renovação interior. Tivéssemos conhecimento lúcido das razões que as desencadearam no pretérito; soubéssemos com clareza das ocorrências que a geraram; recordássemos dos momentos em que sucederam e das circunstâncias em que se deram e se constituiriam verdadeiros impedimentos para a pacificação, para o equilíbrio emocional, para o perdão.
Ademais, a recordação das cenas antes vividas, não ficaria adstrita apenas à personagem central interessada, mas também às outras pessoas que dela participaram, gerando situações amplas e de complexos conflitos.
Ninguém se sentiria em segurança, sabendo que seus equívocos e erros de ontem eram agora recordados por outras pessoas. Tal fenômeno produziria estados humilhantes para alguns, ou, quando menos, profundamente desagradáveis para todos que se encontrassem neles incursos.
Assim considerando, vale a pena ter-se em mente que a soma das experiências anteriores, perturbadoras, com as atuais, produziria tão pesada carga emocional, que a harmonia mental se desconcertaria, interferindo no conjunto social, que ficaria gravemente afetado.
... E não apenas no que diz respeito aos quesitos perturbadores, mas também às ações de enobrecimento, de renúncia que poderiam surpreender a criatura, levando-a à jactância ou à presunção, ou ao marasmo, por facultar-lhe pensar na desnecessidade de mais esforçar-se para prosseguir na conquista de outros elevados patamares.
A reencarnação é processo de evolução trabalhado pela misericórdia de Deus, que estabeleceu, no esquecimento, o valioso recurso para mais ampla aprendizagem e treinamento para o perdão real.
Não obstante, à medida que o Espírito progride, tornar-se-lhe mais lúcida a percepção e ele recorda ocorrências que podem contribuir para o seu progresso, ou conclui, mediante análise dos fatos atuais que lhe oferecem parâmetros para identificar os do passado.
Assim, o verdadeiro perdão somente é possível quando ocorre o olvido pleno ao mal de que se foi objeto.
ENTENDAMOS SERVINDO
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“Porque também nós éramos noutro tempo insensatos.” — Paulo. (TITO, CAPÍTULO 3, VERSÍCULO 3.) |
COMBATE INTERIOR
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"Tendo o mesmo combate que já em mim tendes
visto e agora ouvis estar em mim.” — Paulo. (FILIPENSES, CAPÍTULO 1, VERSÍCULO 30.) |