Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

quinta-feira, 10 de abril de 2014

LINGUAGEM

Linguagem sã e irrepreensível para que o adversário se envergonhe,
não tendo nenhum mal que dizer de nós - Paulo (Tito, 2:8)
Através da linguagem, o homem ajuda-se ou se desajuda.

Ainda mesmo que o nosso íntimo permaneça nevoado de problemas, não é aconselhável que a nossa palavra se faça turva ou desequilibrada para os outros.

Cada qual tem o seu enigma, a sua necessidade e a sua dor e não é justo aumentar as aflições do vizinho com a carga de nossas inquietações.

A exteriorização da queixa desencoraja, o verbo da aspereza vergasta, a observação do maldizente confunde. ..

Pela nossa manifestação mal conduzida para com os erros dos outros, afastamos a verdade de nós.

Pela nossa expressão verbalista menos enobrecida, repelimos a bênção do amor que nos encheria do contentamento de viver.

Tenhamos a precisa coragem de eliminar, por nós mesmos, os raios de nossos sentimentos e desejos descontrolados.

A palavra é canal do “eu”.

Pela válvula da língua, nossas paixões explodem ou nossas virtudes se estendem.

Cada vez que arrojamos para fora de nós o vocabulário que nos é próprio, emitimos forças que destroem ou edificam, que solapam ou restauram, que ferem ou balsamizam.

Linguagem, a nosso entender, se constitui de três elementos essenciais: expressão, maneira e voz.

Se não aclaramos a frase, se não apuramos o modo e se não educamos a voz, de acordo com as situações, somos suscetíveis de perder as nossas melhores oportunidades de melhoria, entendimento e elevação.

Paulo de Tarso fornece a receita adequada aos aprendizes do Evangelho.

Nem linguagem doce demais, nem amarga em excesso. Nem branda em demasia, afugentando a confiança, nem áspera ou contundente, quebrando a simpatia, mas sim “linguagem sã e irrepreensível para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós”.

(Autor: Emmanuel Psicografia de Chico Xavier. Livro: Fonte Viva)
(recebida do amigo Frederico por email)

PEQUENOS DETALHES

Você já se deu conta de que poucos de nós temos a preocupação em avaliar os detalhes da vida? 

Preocupamo-nos com grandes ações, momentos de grande impacto, situações decisivas.

Marca-nos a emoção e a memória quando recebemos um presente significativo, quando algo surpreendente nos ocorre, ou quando alguém faz um grande gesto a nosso favor.

Nada mais natural que isso ocorra, pois existem situações e momentos que, efetivamente, fazem a diferença em nossa existência.

Como esquecer quando alguém nos estende a mão em um momento difícil ou quando um fato marcante ocorre em nossa vida?

Porém, frequentemente, nos passam despercebidos pequenos detalhes, que parecem simples ou de menor importância.

Quantas vezes nos chama a atenção a gentileza de alguém que nos cede a vez, nos dá a passagem quando estamos dirigindo?

Porém, se alguém é grosseiro quando estamos no trânsito, somos capazes de ficar o dia todo transtornados, de mudar de humor, de nos perturbarmos.

Chegamos em casa reclamando da falta de educação, da pouca cidadania das pessoas, contaminando a todos com nossa indignação.

Contudo, quando nos deparamos com alguém gentil e educado, poucos, ou quase nenhum comentário fazemos.

Qual a nossa reação quando alguém nos sorri generosamente, quando nos atende com gentileza, em uma loja, em uma repartição pública?

A nossa pressa, a loucura em que nos envolvemos no cotidiano, poucas vezes permite que nos contagiemos com tal delicadeza e alegria.

Entretanto, basta uma situação com alguém rude, agindo com má vontade ou indiferença para que isso se torne um divisor de águas em nosso dia. E carregamos a perturbação ao longo das horas.


Nossa experiência terrena é rica em possibilidades e vivências.

E a convivência humana, a vida de relação, é das oportunidades mais significativas e enriquecedoras que nossa encarnação pode nos oferecer.

Nesse relacionamento social em que todos estamos envolvidos, cada um de nós oferece aquilo de que já consegue dispor.

Não se pode exigir da criança os conhecimentos avançados das ciências ou das artes.

Da mesma forma, ainda são muitos aqueles com os quais convivemos que não possuem senão poucos tesouros a oferecer.

Ainda guardam na intimidade pedras brutas aguardando o devido burilamento, que só a maturidade e a vivência possibilitam, a fim de que se tornem joias de real valor.

Portanto, não tenhamos a ilusão de que na vida sempre encontraremos pessoas dispostas a oferecer gentileza, compreensão, bondade e tolerância.

Mas, quando isso ocorrer, quando a vida nos proporcionar esses pequenos presentes, que possamos valorizar, guardá-los na lembrança, e revivê-los em nossas conversas e comentários.

Quanto aos demais, aqueles que apenas conseguem oferecer as pedras brutas de que ainda são portadores, que os tenhamos como professores.

Afinal, serão eles os que nos darão a oportunidade de despertar e desenvolver em nós a compreensão, a tolerância e a paciência, virtudes que ainda teimam em não participar da nossa personalidade.

Pensemos nisso e atentemos mais para os pequenos e preciosos detalhes, com eles enriquecendo as nossas horas. 


(Recebido do amigo Karlinhos por email)

HERÓI ANÔNIMO - VALORIZE MAIS A VIDA

terça-feira, 8 de abril de 2014

O BEM É INCANSÁVEL

E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem. - Paulo
(II Tessalonicenses, 3:13)
É muito comum encontrarmos pessoas que se declaram cansadas de praticar o bem. Estejamos, contudo, convictos de que semelhantes alegações não procedem de fonte pura.

Somente aqueles que visam a determinadas vantagens aos interesses particularistas, na zona do imediatismo, adquirem o tédio vizinho da desesperação, quando não podem atender a propósitos egoísticos.

É indispensável muita prudência quando essa ou aquela circunstância nos induz a refletir nos males que nos assaltam, depois do bem que julgamos haver semeado ou nutrido.

O aprendiz sincero não ignora que Jesus exerce o seu ministério de amor sem exaurir-se, desde o princípio da organização planetária. Relativamente aos nossos casos pessoais, muita vez terá o Mestre sentido o espinho de nossa ingratidão, identificando-nos o recuo aos trabalhos da nossa própria iluminação; todavia, nem mesmo verificando-nos os desvios voluntários e criminosos, jamais se esgotou a paciência do Cristo que nos corrige, amando, e tolera, edificando, abrindo-nos misericordiosos braços para a atividade renovadora.

Se ele nos tem suportado e esperado através de tantos séculos, por que não poderemos experimentar de ânimo firme algumas pequenas decepções durante alguns dias?

A observação de Paulo aos tessalonicenses, portanto, é muito justa. Se nos entediarmos  na prática do bem, semelhante desastre expressará em verdade que ainda nos não foi possível a emersão do mal de nós mesmos. 

(Emmanuel {espírito} através de Francisco Cândido Xavier, no livro Pão Nosso, editado pela FEB, lição 11, páginas 35 e 36)