Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

INTRIGAS E ACUSAÇÕES

Quanto possível, abstém-te de assuntos infelizes.

Muitas vezes, quem te fala contra os outros pode trazer a imaginação doente ou superexcitada.

Quando alguém, porventura, se te faça veículo de alguma intriga, tanto é digna de compaixão a pessoa que te trouxe essa bomba verbal, quanto a outra que a teria criado.

Uma frase imperfeitamente ouvida será sempre uma frase mal interpretada.

A criatura que se precipita em julgamentos errôneos, a teu respeito, talvez seja vítima de lastimável engano.

Muitas pessoas de hábitos cristalizados em comentários descaridosos, em torno da vida alheia, estão a caminho de tratamentos médicos, dos mais graves. 

Se trazes a consciência tranquila, as opiniões negativas efetivamente não te alcançam.

Diante de críticas recebidas, observa até que ponto são verídicas e aceitáveis, para que venhamos a retificar em nós aquilo que nos desagrada nos outros.

Conhecendo algum desequilíbrio em andamento, auxilia em silêncio naquilo em que possas cooperar sem alarde, sem referir a ninguém, quanto ao esforço de reajuste que seja capaz de desenvolver.

Compadece-te dos acusadores e ora, em favor deles, rogando a Deus para que sejam favorecidos com a benção de paz que desejamos para nós. 

Emmanuel (espírito) através de Francisco Cândido Xavier, 
no livro "Calma".  


terça-feira, 1 de novembro de 2016

PENSAMENTOS

A ação do pensamento sobre a saúde é incontestável.
Vejamos alguns exemplos:
- a ansiedade estimula a secreção de adrenalina, que sobrecarrega o sistema nervoso e o descontrola;
- o pessimismo perturba o aparelho digestivo e produz distúrbios gerais;
- o medo, a revolta, são agentes de ulceras gástricas duodenais de curso largo.
Da mesma forma, a tranquilidade, o otimismo, a coragem, são estimulantes que trabalham pela harmonia emocional e orgânica, produzindo salutares efeitos na vida. 
O homem se torna o que pensa, portanto, o que quer. 
Os pensamentos emitidos atraem ou sintonizam outros semelhantes, nas mesmas faixas de ondas mentais por onde transitam as aspirações e os estados psíquicos de toda a Humanidade. 
Acostuma-te a pensar de forma edificante.
Assume uma postura vitoriosa.
Atrai pensamentos salutares.
O cérebro é antena que emite vibrações e as capta incessantemente.
Irradia ideias do bem, do progresso, da paz, e captarás por sintonia, equivalentes estímulos para o teu bem.
Quem pensa em derrota, já perdeu uma parte da luta por empreender.
Quem cultiva o insucesso, dificilmente enfrentará os desafios para a vitória. 
A cada momento adicionas experiências novas às tuas conquistas.
A todo instante pensa corretamente e somarás força psíquica para o êxito da tua reencarnação.

Joanna de Ângelis (espírito).

FAZEI PREPARATIVOS

"Então ele vos mostrará um grande cenáculo mobiliado; aí fazei preparativos". - Jesus (Lucas 22, 12)

Aquele cenáculo mobilado, a que se referiu Jesus, é perfeito símbolo do aposento interno da alma.

À face da natureza que oferece lições valiosas em todos os planos de atividade, observemos que o homem aguarda cada dia, renovando sempre as disposições do lar. Aqui, varrem-se detritos; acolá, ornamentam-se paredes. Os móveis, quase sempre os mesmos, passam por processos de limpeza diária.

O homem consciencioso reconhecerá que a maioria das ações, na experiência física, encerra-se em preparação incessante para a vida com que será defrontado, além da morte do corpo.

Se isto ocorre com a feição material da vida terrena, que não dizer do esforço propriamente espiritual para o caminho eterno?

Certamente, numerosas criaturas atravessarão o dia à maneira do irracional, em movimentos quase mecânicos. Erguem-se do leito, alimentam o corpo perecível, absorvem a atenção com bagatelas e dormem de novo, cada noite.

O aprendiz sincero, todavia, sabe que atingiu o cenáculo simbólico do coração. Embora não possa mudar de idéias diariamente, qual acontece aos móveis da residência, dá-lhes novo brilho a cada instante, sublimando os impulsos, renovando concepções, elevando desejos e melhorando sempre as qualidades estimáveis que já possui.

O homem simplesmente terrestre mantém-se na expectativa da morte orgânica; o homem espiritual espera o Mestre Divino, para consolidar a redenção própria.

Não abandoneis, portanto, o cenáculo da fé e, aí dentro, fazei preparativos em constante ascensão.

Emmanuel (Espírito) através de Francisco Cândido Xavier, 
no livro "Pão Nosso".


Para fazer o download da apresentação em powerpoint
utilizada no estudo. Clique AQUI.

DIANTE DA ANGÚSTIA

A ausência de objetivos existenciais conduz o indivíduo à conceituação do nada como um mecanismo de fuga da realidade.

Kierkegaard, o eminente teólogo e filósofo dinamarquês, estabeleceu que a ausência de sentido da vida conduz à angústia, procedendo do nada e vivenciando realidades para o futuro .

Essa ambigüidade entre o nada e o ser leva a uma irracionalidade da sua existência metafísica e a expressão absurda da vida.

Essa conceituação abriu espaço para formulações variadas na área da filosofia, facultando aos existencialistas, através do pensamento de Sartre, que a considerava como sendo uma expressão de liberdade, conseqüência da falta de objetivos essenciais. Igualmente os sensualistas têm-na como ausência de metas, o absurdo, produzindo resultados de aniquilamento da vida, como pensava Camus e todo um grupo de apologistas do prazer.

Sob o ponto de vista psicológico, a angústia resulta de vários fatores ancestrais, que podem possuir uma carga genética, que imprimiu no comportamento a patologia perturbadora.

Outros impositivos psicossociais como perinatais influenciam a conduta angustiante, levando à depressão profunda, que pode resultar em suicídio.

A fixação de pensamentos negativos em que o homem se compraz termina por gerar conflitos graves quando se negam auto-estima e o direito à felicidade, vivência a autoconsideração, tombando na revolta surda e silenciosa, que cultiva nos dédalos da personalidade conflitiva.

Entretanto, as raízes fortes da angústia encontram-se emaranhadas no passado de culpa do Espírito, que reconhece o erro e teme ser descoberto.

Envolve-se , sem dar-se conta, num manto sombrio de desconforto moral e sem ter consciência da sua realidade, compreende-a, mas não sabendo digeri-la, transforma-a em mortificação, em cilício, que o amargura.

Faltando valores morais para um enfrentamento lúcido com a realidade em que limita os movimentos, transfere o sentido de responsabilidade para o próximo, para a sociedade e descarrega a sua mágoa, rebelando-se, anulando-se.

A angústia é estado mórbido que deve ser combatido na sua causalidade.

A reflexão em torno dos valores que são desconsiderados, a introspeção sobre a oportunidade de despertamento para ser útil, o sentimento de fraternidade que deve ser despertado, contribuem positivamente para o tratamento libertador...

A ajuda especializada de terapeuta responsável enseja o desalgemar do Espírito desse amargo estado aflitivo, acenando possibilidades felizes que se transformam em bem –estar e saúde.

Não raro, o portador de angústia cultiva o masoquismo, que resulta de uma consulta egoísta, graças, ao que, mediante mecanismo psicológico especial, foge da realidade por necessidade de valorização pessoal.

Em face da ausência de recursos positivos e superiores, recorre ao atavismo dos instintos primários e descamba na torpe angústia.

Diante dela, somente uma resolução firme e legítima para facultar abertura terapêutica para o desafio.

Não havendo interesse do paciente, é certo que mais difícil se torna a liberação da psicopatologia tormentosa.

Considera a bênção da oportunidade que desfrutas e espanca as sombras da tristeza que, periodicamente, te assaltam.

Evita acumular amarguras defluentes da queixa, da sensação de infelicidade, e trabalha-te, a fim de que teu amanhã se apresente menos tenebroso.

Hoje colhes, enquanto fruis o ensejo de ensementar.

Busca ser útil a alguém, mesmo que, aparentemente, nenhum objeto se te delineie de imediato.

Sempre há oportunidade, quando se deseja crescer e desenvolver valores latentes.

Jesus informou que Ele é vida e vida em abundância. Recorre-lhe à ajuda, e deixa-te curar pela sua assistência de Psicoterapeuta por excelência.

Autor: Joanna de Ângelis (espírito)
Psicografia de Divaldo Franco

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

O PARADOXO DE NOSSO TEMPO


Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente.

Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.

Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.

Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos.

Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.

Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.

Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas".

Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.

Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.

Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.

Bob Moorehead

Nota: Tradução livre de um texto do pastor Bob Moorehead, atribuído muitas vezes, de forma errônea, a George Carlin, que em 2001 desmentiu ser o seu autor.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

NÃO HÁ NINGUÉM IGUAL A VOCÊ. VOCÊ É ÚNICO!

Não existe vida em plenitude fora das relações interpessoais. Isto é fato. Elas são o fundamento sob o qual o Ser se constrói. 

Precisamos do contato alheio para podermos exercitar aquilo que somos verdadeiramente, ou para, em algumas situações cuidarmos a fim de não nos mostrarmos como somos, aparentando outra personalidade. Transparência ainda é um valor com o qual não lidamos muito bem, por isso necessitamos das máscaras que somente o corpo físico tem material para moldar.

Assim segue o curso da existência e desde que nascemos, somos impelidos a fazermos aquilo que esperam de nós. Esperam que choremos para nos alimentarem, nos limparem, nos pegarem no colo, nos derramarem afetos e cuidados os mais importantes. Esperam nossos sorrisos, nossos gracejos, nossas gracinhas, para nos envolverem em uma ambiência de carinhos que muitas vezes chega a nos sufocar. Nesse instante da existência, a transparência é valor presente nas relações. 

Essa relação é mesmo ótima. Esperam algo de nós e ofertamos exatamente aquilo que esperam. Simples assim, mas o tempo, esse inexorável aliado do Ser, nos impele a transformações até o momento em que nossas relações tomam rumos diferentes e muito mais sufocantes daqueles da primeira infância. 

Vez por outra esperam algo de nós e conseguimos dar o que esperam, maravilha, mas nem sempre é assim... Muitas vezes, na maioria das vezes, não damos o retorno esperado e nos punimos intimamente, violentamente, chegando a negar a vida que nos cerca. Para não demonstrarmos o que acreditamos ser uma falha nossa, uma fraqueza, uma incompetência, a transparência vivenciada nas relações infantis cede lugar ao cinismo, e passamos a nos mostrar não mais como somos, mas como gostariam que fôssemos. Carreamos para nossa intimidade todo o lixo mental que depositaram do lado de fora da nossa vida. 

O medo não é de ficar só, mas de não pertencer a um microcosmo que se julga importante e conveniente, pois escolheu-se as companhias não pela afinidade de valores e de visão de mundo, mas pela possibilidade de recompensa, em um troca-troca afetivo e material que abafa o que se é, e a menor possibilidade do encerramento desse círculo vicioso do toma lá e dá cá, acarreta tormentos mentais difíceis de identificar e tratar. 


Observa-se isso em toda a história da humanidade, mas nossa contemporaneidade escancara essas frustrações geradas pela ausência da transparência para nós. A reflexão, elemento crucial para uma vivência sem atropelos não faz parte de nosso cotidiano mais. Estamos todos on line e muitos de nós ainda não percebeu que estar on line não significa necessariamente estar disponível, pronto. Estar on line não significa estar em conformidade com o que este on line pode providenciar. Estar on line não significa estar em sintonia com outro que também esteja on line. Estar on line não deveria te obrigar a ser fluido, fullgás, raso, um mero repetidor do pensamento alheio. 

E assim, irrefletidamente, vamos sendo envolvidos em uma ambiência de ilusão, que em muitos casos leva a sérios problemas de ordem pessoal, a começar por uma moral seletiva, e de ordem ética, ao buscar-se não os semelhantes, mas os convenientes. Ao apostarmos em uma moral seletiva, que se altera ao teor dos interesses envolvidos, negamos a individualidade que somos, e vivenciamos intimamente a realidade de que não construímos o que queríamos, mas o que queriam para nós. 

Quem entende-se único, importante, componente ativo do cosmos, não necessita de mensagem externa. Entende-se único, pois sabe que estar on line ou off line, não depende do aparelho celular, do computador, da televisão, ou do que quer que seja, depende do estado d'alma em que se encontra, buscando a verdade interior que lhe sustenta, e que encontrará semelhanças em uns e dessemelhanças em outros.

Entender-se único é saber-se importante não pelo que faz, nem onde se faz, nem mesmo porque se faz, quanto mais pelo como se faz; entender-se único é ter a certeza que o que se faz, onde se faz, porque se faz e como se faz é o efeito daquilo que se é e não existiria se não fosse feito por ele, não pensando com orgulho pelo que se fez, mas humildemente porque entende que era o que tinha condição, única, de fazer o que fez. Entender-se único é conviver com a paradoxalidade da existência que convida a ser parte de um todo sem se deixar contaminar por este todo. Entender-se único não é achar-se especial, é saber que todos são únicos também, e que a soma das unicidades forma o pensamento universal. 

Seja único, e arque com as consequências em sê-lo. Você descobrirá que antes de ser diferente, você não é igual a ninguém e quem vive buscando ser o que querem que ele ou ela sejam, justamente, para não serem diferentes, não tem tempo e nem espaço para ser o que realmente é: um Ser divino, pleno, com potencial para ser, exatamente, ÚNICO!!!.

Luz & Paz a todos!!!   



  

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

MELANCOLIA

Fatores limitantes: 

Sinto uma tristeza profunda! 

Sou muito fraca e indefesa; estou aqui para você solucionar meu conflito! 

Sentimentos depressivos envolvem-me repentinamente, tornando-me incapaz de vencer esse estado de alma. Evito a companhia de outras pessoas, pois estou dominada por um desespero insuportável. Por mais que use argumentos racionais e lógicos, permaneço sem condições de reverter esse quadro sombrio. 

Tenho tudo para ser feliz, mas, infortunadamente, a ideia de suicídio não me sai da mente. Será que viver assim vale a pena?

Expandindo nossos horizontes:

Tudo que nos acontece é uma mensagem da Vida Mais Alta tentando equilibrar nosso mundo interior. Se desejamos sair do circuito do desespero e ir gradativamente resolvendo dificuldades e conflitos, comecemos por compreender que a nossa existência é controlada por uma Fonte Divina - perfeita e harmônica - cuja única intenção é somente a evolução das criaturas.

Reconheço que as dores íntimas são como prelúdios de um violino ferindo o peito profundamente. Mas lembre-se: ninguém pode procurar nos outros um recado que está dentro de si. Aprendamos a ler essas mensagens impronunciáveis; elas são a chave da solução dos sofrimentos. As leis divinas estão em nossa consciência. 

Hoje você busca livrar-se da melancolia, apegando-se às pessoas para que cuidem de você; mas haverá um dia em que perceberá que a busca é ineficiente, pois essa pessoa terá que ser você mesma. 

Não se faça de fraca e impotente; retire de seus olhos a angústia e a aflição. Você pode transformar esse processo doloroso em fator saudável de crescimento e progresso. Você gostaria de ser poupada dessa dor aflitiva imediatamente, mas não pode se esquecer de que ela é o resultado de atitudes negativas do passado que você mesmo criou. 

Somente através de crescente conscientização de suas concepções errôneas, ou de falsas soluções, é que poderá atingir o entendimento exato de seu sistema de causa e efeito. Não basta mudar um mau comportamento irrefletidamente; é preciso mudar a causa que provoca esse comportamento. Apenas assim poderá efetuar uma autêntica mudança. 

De início, não espere satisfação e felicidade imediatas, porque os efeitos negativos vão continuar cruzando o seu caminho - resultado de anos vividos entre padrões inadequados. No entanto, quando descobrir esses padrões e começar a modificá-los de maneira gradativa, automaticamente terá início a redução das sensações desagradáveis e aflitivas que você experimenta. 

A alma, na agonia moral, é semelhante a um pássaro de asa partida: quer voar, mas não consegue. Só com o tempo ele se equilibra; aí, então, pode alçar voo perfeitamente. A imensa decepção dos suicidas é perceber no Além que não podem fugir de si mesmos. 

Problemas são considerados desafios da vida promovendo o desenvolvimento interior. A autodestruição além de inútil, intensifica a dor já existente, por interferir no processo natural da existência terrena. A alma humana pode ser comparada a um candelabro: acesas as chamas da verdade, dissipam-se as sombras da ilusão. 

Todos temos uma tendência de culpar o mundo por nossas ações, comportamentos, emoções e sentimentos inadequados. Justificamos nosso desalento acusando indiscriminadamente, mas é preciso assumirmos plena responsabilidade por tudo o que está acontecendo em nossa vida. 

Devemos reconhecer honestamente que está em nós a fonte que determina e controla nossas ações e reações. Somos responsáveis tanto pela nossa felicidade quanto pela nossa infelicidade. Perceba que você nutre uma falsa crença de que está totalmente indefesa e espera que alguém, ou o destino, lhe traga uma milagrosa alegria. Acima de tudo, acredite: nenhuma destinação cruel está vitimando sua existência. 

Depende essencialmente de você o seu bem-estar, de seus esforços, de sua vontade de mudar, de sua autoconfiança e de um novo senso de força em sua vida interior. Além disso, a compreensão espírita, acrescida da criação de uma nova visão interior, poderá gerar toda a satisfação que sua alma anseia, anulando os velhos pensamentos destrutivos que você nutria inadvertidamente. 

Melhore seu íntimo; essa é a maneira mais eficiente de ser feliz. Podemos destruir o corpo, mas não temos o poder de acabar com a vida. Quem faz a sua parte e deposita nas mãos de Deus todas as suas dificuldades alcança a tão almejada tranquilidade.  

Lourdes Catherine (Espírito) através de Francisco do Espírito Santo Neto no livro: Conviver e Melhorar

terça-feira, 25 de outubro de 2016

NÃO TIRANIZES

"E, com muitas parábolas semelhantes,
lhes dirigia a palavra,
segundo o que podiam compreender."
(Marcos 4, 33)
.

Na difusão dos ensinamentos evangélicos, de quando em quando encontramos pregadores rigorosos e exigentes.

Semelhante anomalia não se verifica apenas no quadro geral do serviço.

Na esfera particular, não raro, surgem amigos severos e fervorosos que reclamam desesperadamente a sintonia dos afeiçoados com os princípios religiosos que abraçaram.

Discussões acerbas se levantam, tocando a azedia venenosa.

Belas expressões afetivas são abaladas nos fundamentos, por ofensas indébitas.

Contudo, se o discípulo permanece realmente possuído pelo propósito de união com o Mestre, tal atitude é fácil de corrigir.

O Senhor somente ensinava aos que o ouviam, “segundo o que podiam compreender”. 

Aos apóstolos conferiu instruções de elevado valor simbológico, enquanto que à multidão transmitiu verdades fundamentais, através de contos simples. A conversação d'Ele diferia, de conformidade com as necessidades espirituais daqueles que o rodeavam. Jamais violentou a posição natural de ninguém.

Se estás em serviço do Senhor, considera os imperativos da iluminação, porque o mundo precisa de servidores cristãos e, não, de tiranos doutrinários.

Emmanuel (Espírito) através de Francisco Cândido Xavier, 
no livro: Pão Nosso.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

ESPÍRITO

CONCEITO - Individualidades inteligentes, incorpóreas, que povoam o Universo, criadas por Deus, independente da matéria. Prescindindo do mundo corporal, agem sobre ele e, corporificando-se através da carne, recebem estímulos, transmitindo impressões, em intercâmbio expressivo e contínuo.

São de todos os tempos, desde que a Criação sendo infinita, sempre existiram e jamais cessarão. Constituem os seres que habitam tudo, no Cosmo, tornando-se uma das potências da Natureza e atuam na Obra Divina como cooperadores, do que resulta a própria evolução e aperfeiçoamento intérmino.

Perdendo-se suas origens no intrincado da complexidade das leis, transcende ao entendimento humano o mecanismo de seu nascimento e formação, princípio inteligente que são, a glorificar a Obra de Deus em toda parte.

Indestrutíveis, jamais terão fim, não obstante possuindo princípio, quando a Excelsa Vontade os criou.

Dependendo do grau de seu desenvolvimento são imunes aos obstáculos de qualquer natureza material, por dotados de constituição específica, superior às organizações físicas, podendo irradiar-se em todas as direções e  participar, simultaneamente de inúmeros acontecimentos de uma só vez, sem qualquer prejuízo para a própria integridade.

CONOTAÇÕES - Buscando penetrar na realidade e constituição dos Espíritos, o que desvendaria os enigmas incontáveis da existência, os religiosos de todas as épocas estruturaram neles a base das afirmações éticas, estabelecendo a vida na Terra como consequência da vida espiritual, que sempre houve, mesmo sem a existência deste orbe. Dentro de tal premissa, a vida humana torna-se o resultado que decorre da  outra, oportunidade que o Espírito usufrui para o crescimento, através de renascimentos sucessivos no corpo físico.

Doutrinas exóticas estabeleceram a concepção panteísta do Universo, através da qual os Espíritos seriam fragmentos de Deus, que a Ele se reintegrariam, desaparecendo, portanto, pela destruição da individualidade, nisto incluindo todas as coisas, como partes mesmas da Divindade.

Observações apressadas engendraram teorias outras, igualmente absurdas, tais a metempsicose, mediante a qual os Espíritos que se não houveram com equidade e nobreza na Terra a ela retornam, renascidos como animais inferiores.

Não há, porém, retrocesso nem regressão na escala espiritual, mediante a qual adicionam-se experiências da evolução, armazenando-se conquistas, transferindo-se de uma para outra vida aprendizagens e realizações.

Sendo infinito o progresso, numa existência o ser aprimora uma qualidade, enquanto dormem determinadas aptidões, e assim, incessantemente.

Sem nos reportarmos às augustas fontes da informação mediúnica, na Antiguidade Oriental, que hauriam nos Espíritos desencarnados o conteúdo de muitas das suas doutrinas religiosas e filosóficas, no século V, antes de Cristo, Tales, em Mileto, preocupado com o enigma da constituição da vida e particularmente da vida humana, interrogava sobre o Espírito e a Matéria. Ensejava-se compreender ou decifrar a problemática do ser, inaugurando, a partir de então, o pensamento metafísico que se iria desdobrar, logo depois, nas escolas idealista e atomista, que tentaram colocar balizas demarcatórias nos planos da Criação.

Inicialmente considerado o Espírito como princípio vital, sopro de vida, foi-se deslocando entre os gregos para uma diferenciação da alma, que seria a expressão das manifestações afetivas inferiores, enquanto ele passava à representação das afeições superiores, princípio mais elevado-do que o indivíduo.

A doutrina aristotélica já apresenta essa conceituação mais ou menos definida, dando origem à formação ideológica entre o caráter metafísico e o psicológico do Espírito.

Embora o renascimento da doutrina neoplatônica entre os estudiosos de Alexandria, nos séculos V-VII, formulando judiciosas conceituações perfeitamente cristãs, dentre as quais a reencarnação, o pensamento aristotélico predominaria, sendo desdobrado e aceito por Tomás de Aquino, que apoiava o dogma romano nos seus alicerces, a prejuízo da revelação espiritual do Cristo, por longos séculos, a partir da Idade Média.

Com Hegel, o Espírito foi colocado filosoficamente em termos compatíveis, porquanto foram excluídas todas as teorias que o tornavam "fixo e imutável", apresentando a hipótese da sua evolução, transformações e inter-relacionamentos de todos os 
fatos que o influenciam.

As escolas de pensamento, então surgidas, apresentam confirmações ao conceito hegeliano ou combatem-no por meio do materialismo, que reduz o Espírito a uma conquista da própria matéria que, progredindo das formas mais simples às mais complexas, num momento imprevisível adquiriu consciência.

A revolução tecnológica, porém, iniciada no último quartel do século XIX, reduziu a matéria à condição de "energia condensada", transformando laboratórios e gabinetes científicos de pesquisa material em santuários de investigação em que a mente, o espírito, passam a ocupar lugar de destaque, nos quais, a pouco e pouco, o investigador consciente defronta a realidade do Espírito além da estrutura somática, a esta precedente e a ela sobrevivente.

CONCLUSÃO - Com a chegada do Consolador, conforme prometeu Jesus, através de Allan Kardec, o Espírito voltou a ser conceituado e tido na sua legítima acepção, demonstrando, pela insofismável linguagem dos fatos, a sua realidade, em vigoroso apelo ao pensamento e à razão, no sentido de fazer ressurgir a ética religiosa do Cristianismo. Através desse renascimento cristão, opõe-se uma barreira ao materialismo e aponta-se ao que sofre o infinito horizonte do amanhã ditoso que o espera, após vencidas as dificuldades do momento, superadas as limitações, Espírito que é, em marcha na direção da Verdade.

ESTUDO E MEDITAÇÃO:

"Os Espíritos são seres distintos da Divindade, ou serão simples emanações ou porções desta e, por isto, denominados filhos de Deus?

"Meu Deus! São obra de Deus, exatamente qual a máquina o é do homem que a fabrica. A máquina é obra do homem, não é o próprio homem. Sabes que, quando faz alguma coisa bela, útil, o homem lhe chama sua filha, criação sua. Pois bem! O mesmo se dá com relação a Deus: somos seus filhos, pois que somos obra sua."

(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 77.)

"Ao mesmo tempo que criou, desde toda a eternidade, mundos materiais, Deus há criado, desde toda a eternidade, seres espirituais. Se assim não fora, os mundos materiais careceriam de finalidade. Mais fácil seria conceberem-se os seres espirituais sem os mundos materiais, do que estes últimos sem aqueles. Os mundos materiais é que teriam de fornecer aos seres espirituais elementos de atividade para o desenvolvimento de suas inteligências."

(A Gênese, Allan Kardec, Cap. XI, item 8.)


Joanna D'Ângelis (Espírito) através de Divaldo Pereira Franco 
no Livro: Estudos Espíritas 

terça-feira, 18 de outubro de 2016

REVIDES

“Na verdade é já realmente uma falta entre vós terdes demandas 
uns contra os outros.
Por que não sofreis, antes, a injustiça? 
Por que não sofreis, antes, o dano?” — Paulo. 
( I Cor 6,7.)

Nem sempre as demandas permanecem nos tribunais judiciários, no terreno escandaloso dos processos públicos.

Expressam-se em muito maior escala no centro dos lares e das instituições. Ai se movimentam, através do desregramento mental e da conversação em surdina, no lodo invisível do ódio que asfixia corações e anula energias. Se vivem, contudo, é porque componentes da família ou da associação as alimentam com o óleo da animosidade recalcada.

Aprendizes inúmeros se tornam vitimas de semelhantes perturbações, por se acastelarem nos falsos princípios regenerativos.

De modo geral, grande parte prefere a atitude agressiva, de espada às mãos, esgrimindo com calor na ilusória suposição de operar o conserto do próximo.

Prontos a protestar, a acusar e criticar nos grandes ruídos, costumam esclarecer que servem à verdade. Por que motivo, porém, não exemplificam a própria fé, suportando a injustiça e o dano heroicamente, no silêncio da alma fiel, antes da opção por qualquer revide?

Quantos lares seriam felizes, quantas instituições se converteriam em mananciais permanentes de luz se os crentes do Evangelho aprendessem a calar para falar, a seu tempo, com proveito?

Não nos referimos aqui aos homens vulgares e, sim, aos discípulos de Jesus.

Quanto lucrará o mundo, quando o seguidor do Cristo se sentir venturoso em ser mero instrumento do bem nas Divinas Mãos, esquecendo o velho propósito de ser orientador arbitrário do Serviço Celeste?

Emmanuel (Espírito) através de Francisco Cândido Xavier 
no livro: Pão Nosso.