Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

BURLESCAS FESTIVIDADES

"Onde está o teu tesouro aí estará o teu
coração". - Jesus (Mateus 6-21)



No Brasil e em algumas partes do Mundo, aproximam-se as festividades do Carnaval, uma festa popular que relembra as antigas Saturnais pagãs do Império Romano. 

As multidões agitam-se, e muitas vezes, envolvidas na perda dos limites e do pudor, as pessoas chafurdam-se no pântano de seus próprios desenganos. 

As comemorações festivas, que existem para oferecer às pessoas o lazer e o divertimento, são transformadas, em muitos lugares, em espetáculos de prostituição pública, com as expressões mais infelizes possíveis. 

Nos quatro dias de folia, muitos são aqueles que descarregam os seus conflitos e desejos mais íntimos, vivenciando tudo aquilo que reprimiram durante todo o ano.

As estatísticas revelam que milhões são gastos e que milhões são ganhos. 

As fantasias luxuosas, os carros alegóricos pomposos e a folia exigem o investimento de altas somas, para arcarem com os custos dos mais variados.

Comunidades inteiras trabalham durante um ano para a confecção e a aquisição de fantasias de alto valor, chegando, muitas vezes, a passarem fome, em troca do prazer fugidio de desfilarem sob os holofotes da fama, pelo período de aproximadamente uma hora, após o que regressam à sua realidade. 

Os ganhos decorrem da exploração turística que movimenta expressivos valores monetários, já que a festa carnavalesca brasileira é considerada a maior e a melhor de todo o Mundo. 

Desde a prostituição até o consumo desenfreado das drogas lícitas e ilícitas, grande parcela dos turistas se envolve nas vivências infelizes, dando vazão aos seus desequilíbrios mais ocultos. 

Muitas pessoas são assassinadas, outras tantas se suicidam e o noticiário omite para não criar o aparvalhamento no público. 

Sem nenhuma conotação de crítica ou julgamento, esta é uma análise espiritual, com a proposta da conscientização a respeito do trabalho incansável dos Benfeitores do Mais Além de, nestes dias de intensas dificuldades, socorrerem encarnados e desencarnados, entidades perversas e pervertidas, corrompedores e corrompidas, que caem no arrependimento e despertam entre as dores, clamando por auxílio e proteção. 

O lazer e a festa social são recursos de que dispõe a criatura humana para a confraternização e o espairecimento, o descanso mental, mas necessário é que o ser esteja imbuído dos valores saudáveis que fazem crescer e tragam também aprendizado.

Ao espírita cabe a confraternização! Cabe o compromisso de vibrar e de interceder, perante o Mais Alto, em favor de todos os foliões que se ajuntam nas grandes praças, largas ruas e avenidas ou mesmo nos salões nobres.

Para isso: oração, pensamentos salutares, trabalho constante no bem e leitura edificante que consola, auxilia e orienta os que necessitam. 

Diversão sim, perversão não!

Que Jesus nos abençoe!

(Fritz Schein - espírito, através da psicografia de Wellerson Santos em 04 de fevereiro de 2014)

Enviada por email pelo amigo Karlinhos. 


ESTIVE PENSANDO: MÁSCARAS


As máscaras fazem parte de nossa vida. Nos valemos delas pelos mais variados motivos mas alguns são mais claros em nosso entendimento.

Os super-heróis as utilizam para protegerem sua identidade verdadeira, de maneira a poderem fazer o que normalmente como indivíduos comuns não poderiam. Bruce Wayne não poderia perseguir e nem prender os bandidos da mesma maneira que o Batman o faz. Clark Kent jamais poderia fazer o que o Super-homem fazia sem ser incomodado por isso. E o que dizer do Zorro então? Don Diego jamais, em hipótese alguma faria o que o herói mascarado fazia, sob pena de ser demolido pelos fazendeiros, classe a qual pertencia e com a qual não concordava.

Em tempos de carnaval e em festas a fantasia o uso de máscaras é essencial. Ao fornecer legitimidade ao anonimato permite que aquele ser que normalmente é calmo e comedido se torne mais extrovertido, tomando atitudes que normalmente "de cara limpa" não o faria. Festas de máscaras eram comuns em tempos antigos justamente para permitir que, em uma sociedade rígida e cheia de regras e normas geralmente hipócritas, as pessoas pudessem se relacionar com mais liberdade, por mais paradoxal que possa parecer essa assertiva. Escondidos em suas máscaras se deixavam revelar por inteiro assumindo posturas diferenciadas das quais estavam acostumados a exercer. 

No campo artístico as máscaras são fundamentais. Que o digam os palhaços. São importantes porque convidam o espectador a se fixarem na personagem e não no ator ou atriz envolvidos. Os palhaços por estarem escondidos em suas máscaras conseguem assumir uma postura focada no que o personagem deve empreender, represando suas emoções em prol da alegria a ser desenvolvida. No filme Palhaço de Selton Mello há uma cena onde o palhaço principal do filme se questiona: "eu faço as pessoas rirem, mas quem me fará rir?" ilustrando o nosso entendimento a respeito do assunto, demonstrando que a máscara fortalece o personagem na proporção  de que alguma forma, anula o ator/atriz, que naquele momento deve tão somente externar as emoções da personagem. 

Máscaras também são usadas pelos que cometem crimes, justamente para protegerem a identidade dos autores, além de fortalecê-los em sua conduta, causando uma sensação de segurança que fundamenta a ação e a violência empregada, por sugerir uma impunidade, que na maioria das vezes se efetua. 

Máscaras também são utilizadas em jogos afetivos-sexuais, justamente por promoverem naqueles que os praticam a sensação de serem outro, protegendo-os de julgamentos externos e até internos. Um homem e uma mulher se liberam mais quando fantasiam situações, acobertados pela sensação de que não são assim, estão apenas representando.

Máscaras e caras-pintadas também são muito utilizadas em manifestações culturais, esportivas e políticas, visando uma unificação visual para a consciência coletiva estabelecida. É uma maneira de se anular a individualidade demonstrando uma coletividade que deve ser o foco principal da ação. 



Em nossa vida cotidiana nos valemos das máscaras conscientes e inconscientes o tempo todo. Confrontados pela paradoxalidade entre PARECER e SER, vamos nos utilizando dela a fim de: 
- protegermos nosso ego e nossas individualidades (super-heróis); 
- encorajarmo-nos a tomar atitudes externas diferentes dos sentimentos interiores (carnaval e festas a fantasia); 
- anularmos nossa individualidade em favor de ações externas mais relevantes para nós e os outros (palhaços); 
- esconder nossas verdades e nos dar uma falsa impressão de estarmos agindo corretamente (bandidos); 
- legitimar nossas ações em ambientes coletivos, por nos sentirmos integrados aos pensamentos diferentes dos nossos (manifestações culturais, esportivas e políticas). 

Chegará um momento em que deveremos nos confrontar intimamente com o que temos demonstrado ser e o que realmente somos e nesse instante, onde as máscaras devem ser retiradas isso nos machucará a pele, no sentido que nos trará sofrimento e dores. 

Podemos evitar essas dores e sofrimentos? Talvez não, porque elas fazem parte da didática divina que nos inspira à terapia do erro-acerto. Mas podemos com entendimento torná-las menos intensas, na medida que passamos a identificar suas causas e efeitos. 

O problema aqui não é de se usar máscaras ou não, mas de saber até quando usá-las. Até quando viveremos nos esforçando para que nos entendam, nos respeitem, nos amem, não pelo que somos, mas pelo o que parecemos ser. 

E o inverso deve ser experimentado e também vivenciado por nós. Amamos aos outros, aos nossos filhos, aos nossos companheiros e companheiras, amigos e amigas pelo que são ou pelo que nos demonstram ser? Quantos de nós após conhecer verdadeiramente alguém se decepciona e afirma: fulano não é o que eu pensava ser...

Muitas vezes ao nos revelarmos verdadeiramente aos outros podemos afastar muitos que nos eram próximos, mas nos dará a certeza de que aqueles que permaneceram ao nosso lado eram os que verdadeiramente nos amavam, pois se identificam com a nossa essência e não com nossa embalagem. 

Viver valendo-se o mínimo possível de máscaras é uma busca que o Espírito deve empreender pois como nos ensinou o Mestre Nazareno: conhecereis a verdade e ela vos libertará!

Libertemo-nos!

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

PERISPÍRITO


Como será o tecido sutil da espiritual roupagem que o homem envergará, sem o corpo de carne, além da morte?

Tão arrojada é a tentativa de transmitir informes sobre a questão aos companheiros encarnados, quão difícil se faria esclarecer à lagarta com respeito ao que será ela depois de vencer a inércia da crisálida.

Colado ao chão ou à folhagem, arrastando-se, pesadamente, o inseto não desconfia que transporta consigo os germes das próprias asas.

O perispírito é, ainda, corpo organização que, representando o molde fundamental da existência para o homem, subsiste, além do sepulcro, de conformidade com o seu peso específico.

Formado por substâncias químicas que transcendem a série estequiogenética conhecida até agora pela ciência terrena, é aparelhagem de matéria rarefeita, alterando-se, de acordo com o padrão vibratório do campo interno.

Organismo delicado, extremo poder plástico, modifica-se sob o comando do pensamento. É necessário, porém, acentuar que o poder apenas existe onde prevaleçam a agilidade e a habilitação que só a experiência consegue conferir.

Nas mentes primitivas, ignorantes e ociosas, semelhante vestidura se caracteriza pela feição pastosa, verdadeira continuação do corpo físico, ainda animalizado ou enfermiço.

O progresso mental é o grande doador de renovação ao equipamento do espírito em qualquer plano de evolução.

Note-se, contudo, que não nos reportamos aqui ao aperfeiçoamento interior.

O crescimento intelectual, com intensa capacidade de ação, pode pertencer a inteligências perversas.

Daí a razão de encontrarmos, em grande número, compactas falanges de entidades libertas dos laços fisiológicos, operando nos círculos da perturbação e da crueldade, com admiráveis recursos de modificação nos aspectos em que se exprimem.

Não adquiriram, ainda, a verticalidade do Amor que se eleva aos santuários divinos, na conquista da própria sublimação, mas já se iniciaram na horizontalidade da Ciência com que influenciam aqueles que, de algum modo, ainda lhes partilham a posição de;o espiritual.

Os “anjos caídos” não passam de grandes gênios intelectualizados com estreita capacidade de sentir.

Apaixonados, guardam a faculdade de alterar a expressão que lhes é própria, fascinando e vampirizando nos reinos inferiores da natureza.

Entretanto, nada foge à transformação e tudo se ajusta, dentro do Universo, para o geral aproveitamento da vida.

A ignorância dormente é acordada e aguilhoada pela ignorância desperta.

A bondade incipiente é estimulada pela bondade maior.

O perispírito, quanto à forma somática, obedece a leis de gravidade, no plano a que se afina.

Nossos impulsos, emoções, paixões e virtudes nele se expressam fielmente. Por isso mesmo, durante séculos e séculos no demoraremos nas esferas da luta carnal ou nas regiões que lhes são fronteiriças, purificando a nossa indumentária e embelezando-a, a fim de preparar, segundo o ensinamento de Jesus, a nossa veste nupcial para o banquete do serviço divino.


(Emmanuel - espírito - através de Francisco Cândido Xavier, no livro: Roteiro)

Recebido por e-mail do amigo Frederico Monteiro de Saddi

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

OS ABISSAIS DILEMAS DO ESPÍRITO

"É muito tênue a linha divisória entre a sanidade e o desequilíbrio mental". Fatores há que podem fazer o indivíduo que transita nas fronteiras dessa linha, simplesmente ultrapassá-la, geralmente impulsionado por dispositivos que anulam as inibições naturais, ao tempo que estimulam o processo fronteiriço com a "loucura", patrocinando delírios e alucinações, distanciando-o da realidade objetiva. As drogas exercem, nesse caso, um importante papel. O centro do problema é, todavia, a personalidade "psicopatológica", que abrange limites tão extensos quanto complexos, podendo residir de forma latente no olhar sublimado de um franciscano. Em meio a todos esses fatores, a injunção espiritual surge como componente primário ou secundário, sempre determinante da trajetória a que estamos sujeitos pelas leis indeléveis da afinidade, compondo, com os demais fatores, a complexa rede que explica, sem justificar, atitudes aparentemente ininteligíveis a que todos estamos  sujeitos, como expectadores ou partícipes, diretos ou indiretos, dos abissais dilemas do Espírito.

A suspeição de insanidade, todavia, tem sido feita, principalmente, a partir da transgressão - nem sempre absoluta - das fronteiras do que seria factível a quem tem o domínio da razão, particularmente se o protagonista da ação criminosa tem uma reação indiferente em relação ao absurdo de que foi vetor. Por essa ótica, o indivíduo é tido como "louco" porque agiu como se fosse, sem que tal diagnóstico tenha sido sequer questionado antes da ação criminosa. Mesmo considerando-se o fato de que o "insano" precisa, na maioria das vezes, de uma razão muito bem articulada para engendrar o mal e planejar o sofrimento, tenta-se assim caracterizá-lo, como que numa tentativa inconsciente de buscar na insanidade a ausência de justificativas para o que as mentes "lúcidas" não conseguem entender como "racional". 

Na verdade, são inúmeras as facetas dessa problemática. Quais os limites da razão? O que dizer da perda temporária do seu domínio? Quando caracterizá-la como primária ou secundária, transitória ou "permanente"? Qual exatamente o papel das drogas, do rancor, do ódio, da amargura, da solidão, do egoísmo, da ignorância, da fome, do desespero, no desencadeamento de atitudes imputadas tão somente a quem possa ser considerado como "louco"? Muitos especialistas das ciências psíquicas querem desconhecer que tais mazelas são comuns na sociedade em que vivemos, que são exíguos os limites entre a razão e a insanidade, que o ser humano vive fronteiriço com a "loucura oficial" e que tais fatores podem levá-lo facilmente a transpassar essas fronteiras.


Também há que considerar não apenas a perda, mas também a ausência da razão como a entendemos. A extensa faixa vibratória composta pelos encarnados abrange desde o chamado "homem-psi", aquele que está em sintonia com as forças vivas do universo, até aquele que vive mentalmente no período neolítico, de cuja expressão não se pode esperar uma consciência cósmica. Daí a grande importância da educação espiritual, particularmente nos primeiros sete anos de vida, quando o Espírito, cuja personalidade está quiescente pelo esquecimento imposto pela reencarnação, o cérebro imaturo não lhe dá meios estruturais de consubstanciar a sua personalidade, estará afeito ao que lhe seja oferecido, jamais relegado ao desprezo: AMOR, sobretudo a DEUS. Depois desse período, com a abertura gradual das comportas da personalidade, a educação familiar lhe irá aparar as arestas, sempre sobre os mesmos alicerces dos primeiros sete anos, estabelecendo limites - se é dado a uma criança tudo que ela quer, ela cresce achando que o mundo deve alguma coisa a ela, podendo fazer tais cobranças no futuro, podendo reagir com violência a uma negativa às suas exigências; exemplificando atitudes - faça o que eu digo, mas faça o que eu faço; estimulando as qualidades e corrigindo os defeitos - o bom jardineiro rega as flores e extrai as ervas daninhas; estimulando as boas e coibindo as más influências - "diga-me com quem andas que direi quem és"; jamais agredindo, a uma criança dá-se "castigo", ao adolescente um limite temporário ao seu futebol, por exemplo, ao seu cinema, nunca a violência - violência gera e exemplifica violência. Se essa sistemática for feita desde os primeiros dias da vida física, teremos grandes chances de sucesso, de colaborarmos na formação de uma "personalidade cósmica", sendo essa uma missão de todos os pais, particularmente dos pais espíritas. 

Como se pode deduzir facilmente, tudo nos leva ao Espírito, TUDO. Como consciência individual ele é o cerne da questão imbricado numa complexa rede onde múltiplos fatores atuam, ele é a consciência que responde, que determina, inclusive, pelas vibrações que emana, as companhias espirituais que lhe irão estimular a tal ou qual caminho - e que também, não esqueçamos, lhe sofrerão as influências. Os atenuantes ou agravantes circunstanciais sempre existirão e sempre serão computados pela Sabedoria Divina na economia da Lei Universal. "Lúcidos" ou "insanos", seremos sempre consciências a caminho da plenitude que um dia virá e que, para cujo objetivo, como parte integrante e atuante da sociedade, temos uma participação efetiva, muito maior que imaginamos - às vezes uma simples atitude salva ou destrói uma vida. 

Sem dúvida, subestimamos a "loucura" que jaz, às vezes, não tão inerte. Ficamos estupefatos diante de um jovem que atira a esmo em direção a seres humanos; diante do parricídio, diante da onda de crimes que assola a nossa sociedade, mas sustamos a inquietação diante dos que morrem sem alarde, todos os dias, aos olhos das "autoridades" constituídas, como moscas, na fome, no abandono, na violência de variada forma, certos de que, no trono da nossa suposta sanidade, jamais seremos atingidos pela dor. Resta-nos, aos que creem em um Ser Superior, pedir-lhe que não nos deixe "enlouquecer", que nos proteja, particularmente, da sanidade oficial, que nos ilumine para que, imbuídos de AMOR, sejamos um espelho a refletir a generosidade das leis universais.


O Espiritismo, sob todos os aspectos, é uma fonte inesgotável de sabedoria, dá-nos subsídios para defrontarmos a problemática do mundo com absoluta sobriedade. A consciência da imortalidade da alma imprime no homem, de uma forma quase tangível, o valor relativo da matéria, distanciando-nos das drogas e, com isso, da "loucura temporária" e da subjugação espiritual dela procedente, imbuindo-nos de coragem para não temermos as "coisas do mundo", aquietando-nos no universo em que estamos imersos, fazendo-nos dele parte integrante, gradativamente percebendo-o e percebendo-nos; formando-nos pela ética comportamental do AMOR, consoante o Evangelho de Jesus, que, de tão verdadeiro e profundo, a pouco e pouco, conquista a ciência oficial, precedendo-a de há muito no contexto da verdade existencial da consciência.

(Dr. J. Djalma G. Duarte Filho, na revista Presença Espírita, nº 235, páginas 32, 33 e 34)


sábado, 22 de fevereiro de 2014

SALÁRIOS

E contentai-vos com o vosso soldo. - João Batista
(Lucas, 3:14)
A resposta de João Batista aos soldados, que lhe rogavam esclarecimentos, é modelo de concisão e bom senso. 

Muita gente se perde através de inextricáveis labirintos, em virtude da compreensão deficiente acerca dos problemas de remuneração na vida comum. 

Operários existem que reclamam salários devidos a ministros, sem cogitarem das graves responsabilidades que, não raro, convertem os administradores do mundo em vítimas da inquietação e da insônia, quando não seja em mártires de representações e banquetes. 

Há homens cultos que vendem a paz do lar em troca da dilatação de vencimentos.

Inúmeras pessoas seguem, da mocidade à velhice do corpo, ansiosas e descrentes, enfermas e aflitas, por não se conformarem com os ordenados mensais que as circunstâncias do caminho humano lhes assinalam, dentro dos imperscrutáveis Desígnios.

Não é por demasia de remuneração que a criatura se integrará nos quadros divinos. 

Se um homem permanece consciente quanto aos deveres que lhe competem, quanto mais altamente pago, estará mais intranquilo. 

Desde muito, esclarece a filosofia popular que para a grande nau surgirá a grande tormenta. Concentrar-se cada servidor com o próprio salário é prova elevada compreensão, ante a justiça do Todo-Poderoso. 

Antes, pois, de analisar o pagamento da Terra, habitua-te a valorizar as concessões do Céu.

(Emmanuel - espírito - através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, no livro "Pão Nosso", capítulo 5, páginas 23 e 24. Obra editada pela FEB) 


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

SOMOS BORBOLETAS

Gustavo Henrique, o Gu, é filho de uma sobrinha muita querida, portanto meu sobrinho-neto. Perspicaz, inteligente, observador, como toda criança de 7 anos normalmente o é, pinçou junto com sua mãe duas pérolas, conforme abaixo. Os assuntos envolvidos mexeram comigo e decidi entrar nessa seara e escrever abertamente a ele uma carta... Uma carta de amor, amor pela vida, com o intuito de auxiliá-lo em seus discernimentos que serão contínuos ao longo de sua existência. 



Gu, Saúde & Paz, Força & Fé, hoje e sempre em sua vida. Que a Paz do Mestre Jesus, que já foi criança como você encontre sempre guarida em seu coração e mente. 

Com certeza você conhece, ou por ter visto ao vivo, ou em desenhos, ou em livros, as borboletas, né? Elas são lindas.

Leves, coloridas, estão sempre às voltas com flores, rosas, jardins, colorindo a vida de quem tem o privilégio de observá-las. Para que um jardim se encontre completo é necessário a presença delas, pousando de flor em flor, alimentando-se e por conseguinte ajudando na multiplicação da vida, através de um processo chamado de polinização (peça ao seus pais para pesquisarem com você a respeito, é muito legal).


Mas, o que isso tem a ver com o fato da dúvida apresentada por você se nós nascemos de novo, não é mesmo? Vou tentar lhe explicar valendo-me do ciclo de vida da borboleta, tá bem? 

Repare no desenho acima... Comece pelo ovo e observe que antes de virar uma linda e bela borboleta ela passa pela fase da lagarta, depois pela fase da pupa (casulo) e só depois ela se transforma... Isso, Gu, se chama metamorfose e nós Gu, também somos parecidos...

Quando nosso pai e nossa mãe decidem que querem ter um filho, eles se unem e de uma sementinha do seu pai, e de uma sementinha de sua mãe, forma-se um OVO (e uma linda borboleta em essência passa a viver nesse ovo - mais a frente no texto você vai entender). 

Esse ovo fica guardadinho dentro da barriga da mamãe, e Gu, de uma maneira sensacional ele começa a se dividir, e de divisão em divisão, ele vai se transformando em um bebê. Tudo isso, dentro da barriga da mamãe... Aconteceu com você, comigo, com sua mãe, com seu pai, com a Sophia e com a Laurinha também.  

Depois de um tempo, aquele ovo deu origem a uma linda criança, que dentro da barriga da mamãe avisa que está na hora de nascer, de virar LAGARTA. 
Lagarta precisa comer, tomar água, movimentar-se para viver, e é isso que fazemos Gu. Por isso nossa mãe e nosso pai cuidam tanto de nós, para que possamos andar pelo mundo, ir a escola, jogar futebol, brincar com os avós, com os tios, fazer amizades, rir, chorar, machucar, namorar, iludir, desiludir, sentir frio, calor, amor, paz, saudades, e até algumas tristezas. Isso Gu é a vida aqui na Terra...

Depois de um tempo, que para uns pode ser de 90 anos, para outros de 10 anos, para outros de 50 anos, (nunca sabemos quanto tempo), precisamos deixar de sermos Lagartas, pois o que nos espera no ciclo da vida é a PUPA. 
A pupa querido é aquilo que os adultos chamam de morte, é quando alguém deixa de conviver conosco e vira uma estrelinha como seu Avô Fernando e sua Bisavô Irani. Precisamos ficar um tempo no casulo, nos preparando para enfim virarmos borboletas. É na pupa Gu que aquilo que aprendemos e que fizemos nos servirá de alimento e o tempo de ficarmos assim aprisionados depende do quanto de coisas boas e bacanas que fizemos. Quanto mais coisas boas e bacanas, menos tempo ficamos assim, "empupados" (nem sei se existe essa palavra). 
Depois de um tempo, que para cada um é somente seu, viramos definitivamente borboletas, (sabe estrela cadente? é uma pupa virando de vez borboleta e saindo a voar) pois é isso que somos em essência (peça sua mãe ou seu pai lhe mostrar um perfume, respire e sinta o cheiro gostoso, isso é a essência, ou seja não é o líquido, nem o frasco, mas o aroma), somos livres, coloridos, prontos para visitarmos os jardins novamente, e os jardins Gu, são os corações das pessoas que amamos, e até daquelas que não aprendemos a amar enquanto éramos lagarta, mas que agora como borboletas podemos amar. 

Às vezes Gu o nosso tempo como lagarta não nos permitiu que conhecêssemos todo o jardim e ficamos presos apenas a uma árvore e por isso, deixamos de ser borboletas fisicamente apenas (lembre-se que na essência nós somos sempre borboletas) e pedimos para que outra mãe e outro pai, ou mesmo os mesmos que tivemos antes, para gerarem outro ovo, aí entramos nele e ele crescerá e depois nascerá e como já sabemos tudo que tem naquela árvore procuraremos outras, e depois vamos para a pupa e depois viraremos borboletas de novo, e de novo ovo, e assim até que como lagartas tenhamos conhecido todo o jardim, que é o universo criado por um Papai do Céu cheio de amor, de harmonia e de paz.

Participar do ciclo da vida Gu é uma oportunidade que o Papai do Céu nos dá para que possamos aproveitar tudo que tem no jardim... As flores brancas e amarelas, vermelhas e azuis, rosas, pé de manga, de jabuticaba, de laranja, ou seja uma vez só como lagarta não dá tempo de ver tudo, entendeu? É um presente... um lindo presente de amor! 

Importante Gu... 
Não se preocupe com o tempo das coisas, mas acima de tudo com a intensidade delas... Não importa quanto tempo eu, sua vó Márcia, sua vó Salima, seu Vô Antônio, suas tias, suas irmãs, seu pai e sua mãe estarão aqui ao seu lado, preocupe-se em estar com eles sempre bem, sempre alegre, sempre lembrando-os que você os ama e que você gosta de se sentir amado por eles... 
Guarde isso Gu... TEMPO É UMA QUESTÃO DE PRIORIDADE!

Ah! Já ia me esquecendo... Tem futebol sim do outro lado, só que não existe nem empate e nem derrota... todos ganham! Não pergunte como, só sei que é assim...



Gú Querido... Você que chegou há pouco do lado de lá sabe como poucos que a morte apenas faz com que mudemos de endereço. 
Mas a saudade querido é mesmo às vezes de matar. Sabe o melhor que você pode ensinar para sua mãe nesses momentos? 
Que ela escolha na memória os bons instantes vivenciados ao lado do Vô Fernando, que ela lembre sempre do quanto ele a amava, do quanto ele era prestativo e acima de tudo do quanto que ele gostaria que fosse diferente algumas coisas, é claro...
Mas acima de tudo, Gu, lembre a sua mãe que no reencontro eles poderão analisar o que fizeram como lagartas juntos e como borboletas voejarem por jardins lindos espalhados por todo o universo. 
Ah, Gu, lembre a ela também que ele agora é uma borboleta, livre das amarras que o mantinham como uma lagarta vinculada a apenas uma árvore e quando tiver outra oportunidade de virar outro ovo e outra lagarta ele não se esquecerá disso e procurará outras flores do jardim. 
Gu, quando quiser perguntar alguma coisa, não se acanhe...
Com amor... Tio Emerson!



VOCÊ COM VOCÊ

Abaixo destacamos alguns fragmentos do livro: Você com Você, escrito por Marcos Leão, ditado por Calunga (Espírito). Obra editada pela Casa dos Espíritos Editora. 
A publicação desses "pedaços" não substituem a importância de uma leitura integral, servindo apenas de aperitivo para aguçar a vontade dos leitores. 
Com uma linguagem coloquial e de fácil entendimento, Calunga expressa opiniões e perspectivas para diversos dilemas éticos e morais que vivenciamos na atualidade, mostrando que é possível provocarmos modificações em nossa conduta desde que saibamos alterar a nossa maneira de pensar e enxergar o mundo. 
Agradeço à amiga Josiane pela indicação, entendendo que em minhas abordagens nos estudos que apresento em Casas Espíritas, após a leitura do livro, percebo muito do Calunga em mim. Fiquei feliz com isso. 


- "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível." (Mateus 17:20)
A força denominada fé, à qual Jesus atribui tamanho poder, traz em seu bojo outros elementos, que a fazem ter tanto alcance. Determinação, vontade, dinamismo, alegria, inovação e perseverança são alguns desses ingredientes, que, reunidos na máxima do rabi galileu, são capazes de operar prodígios, por menores que pareçam ser.

- "'Entra no gozo do teu Senhor', (Mateus 25:21,23) satisfaça-se ao contemplar a presença dele em sua intimidade. Tenha a alegria de conhecer-se e perceber quais são seus sonhos. Aproveite este momento de reencontro consigo mesmo, processo que compensa todo o esforço do caminho e que descortina o propósito para o qual você foi criado, que é ser feliz.'Entra no gozo do teu Senhor'".

- Amadurecer é adquirir desenvoltura frente a qualquer obstáculo, pois a alma preexiste, sobrevive e é mais forte que os obstáculos; eles passam, enquanto ela permanece a brilhar nos palcos do universo.

- Aquele que quiser ser maior tenha a coragem de se fazer menor. Menor em seu egocentrismo e maior em sua condição de ser útil à sociedade como um todo, à humanidade.



-  Aos olhos de muitos, o que é tido como grande, maior, exitoso é considerado a melhor situação, por isso desejado e invejado. Guerras, disputas e crimes são muitas vezes levados a termo porque se quer ser "maior" à força, por meio da violência, ou porque se entende que ter isso ou aquilo torna "maior" quem o possui. Mas o essencial realmente escapa aos olhos, uma vez que não está fora da pessoa, não é passível de ser tomado ou usurpado; é uma conquista interna.



- Num mundo onde um número tão grande de pessoas leva a vida pautada por valores discordantes da ética, é preciso muito critério e serenidade a fim de escolher o melhor caminho. Com a ressalva de que neste caminho só existe o errar menos, uma vez que nossa formação humana não só e suscetível ao erro, como é ele parte do aprendizado. Ou seja, não espere perfeição; lide de maneira mais leve com o fato de que nem você - nem ninguém - é infalível.




- (...) não tente conciliar o inconciliável, levando adiante duas situações incompatíveis, por receio de tomar uma decisão de modo resoluto. Melhor é a decisão, ainda que isso lhe exija pagar um preço, do que eximir-se de decidir e optar.


-  (...) ateu que reverencia a vida com gratidão e entusiasmo produz muito mais felicidade do que religioso que se cobre de cinzas e veste o manto da tristeza.



quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

ESTIVE PENSANDO: SERVIR VALE A PENA!



São nos momentos de dúvida que o silêncio grita dentro de mim. 

São nos momentos de desassossego que a quietude mexe comigo.
São nos momentos de reflexão que a realidade me salta aos olhos. 
São nos momentos de tristeza que a alegria insiste em me visitar. 
São nos paradoxos da existência que tenho encontrado o caminho certeiro. 
São nas manifestações materiais mais transitórias que encontro a importância do cultivo dos valores permanentes. 
São nas dificuldades dos relacionamentos que nos norteiam a existência que percebo que estar sozinho pode até evitar algumas dores, mas não exclui o sofrimento. 
É na busca incessante para que eu possa entender "o que sou?", "porque sou?" e "para que sou?" que encontro a paz que clareia as minhas dúvidas, alivia meus desassossegos, ilumina minhas reflexões, relativiza minhas tristezas e me aponta que a melhor maneira de viver, ainda que não seja a mais fácil, é fazê-lo na perspectiva do outro, respeitando ainda que não concorde, rompendo ainda que seja dolorido, construindo ainda que seja efêmero, apoiando ainda que seja contrário, servindo consciente de que as consequências serão mais edificantes se caso contrário a opção fosse em buscar ser servido.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

ANTES DE SERVIR

Bem como o Filho do homem não veio para ser
servido, mas para servir. - Jesus (Mateus, 20:28.)
Em companhia do espírito de serviço, estaremos sempre bem guardados. A Criação inteira nos reafirma esta verdade com clareza absoluta. 

Dos reinos inferiores às mais altas esferas, todas as coisas servem a seu tempo. 

A lei do trabalho, com a divisão e a especialização nas tarefas, prepondera nos mais humildes elementos, nos variados setores da Natureza. 

Essa árvore curará enfermidades, aquela outra produzirá frutos. Há pedras que contribuem na construção do lar; outras existem calçando os caminhos. 

O Pai forneceu ao filho homem a casa planetária, onde cada objeto se encontra em lugar próprio, aguardando somente o esforço digno e a palavra de ordem para ensinar à criatura a arte de servir. Se lhe foi doada a pólvora destinada à libertação da energia e se a pólvora permanece utilizada por instrumento de morte aos semelhantes, isto ocorre por conta do usufrutuário da moradia terrestre, porque o Supremo Senhor em tudo sugere a prática do bem, objetivando a elevação e o enriquecimento de todos os valores do Patrimônio universal. 

Não olvidemos que Jesus passou entre nós, trabalhando. Examinemos a natureza de sua cooperação sacrificial e aprendamos com o Mestre a felicidade de servir santamente.

Podes começar hoje mesmo.

Uma enxada ou uma caçarola constituem excelentes pontos de início. Se te encontras enfermo, de mãos inabilitadas para a colaboração direta, podes principiar mesmo assim, servindo na edificação moral de teus irmãos. 

(Emmanuel - espírito, através de Francisco Cândido Xavier, no livro: Pão Nosso, lição 4, páginas 21 e 22, editora da FEB.)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

ESTIVE PENSANDO: VÍCIOS NA VISÃO ESPÍRITA



O Espírito da Verdade nos recomenda em mensagem contida no 6º capítulo do Evangelho Segundo o Espiritismo, produzido por Allan Kardec, que busquemos em primeiro lugar o amor (amai-vos) e depois o conhecimento (instruir-vos). É por isso que os adeptos da doutrina espírita tem por princípios dizer que são estudiosos do tema, uma vez que o processo de aprendizagem é dinâmico, constante, ininterrupto e acontece em ambos os planos da nossa existência.

Todos os temas que abordamos em casas espíritas, cuja praxe é ter sempre estudos e palestras públicas seguem a base de que devamos buscar com os mesmos, consolar os corações e iluminar as consciências, promovendo reflexões que levem a todos a interferências em suas vidas com vistas ao entendimento dos porquês e por conseguinte a diminuição de sofrimentos. 

Os estudos são solidificados desde que seja considerado o tríplice aspecto do Espiritismo: ciência (como?), filosofia (porquê?) e religião (para quê?), pois entende-se que apenas um raciocínio que contemple essas lógicas possa estar mais completo, pois elimina dogmas, personalismos e interpretações passionais levado a cabo por interesses pessoais e até por afinidade com um só aspecto em detrimento da ideia geral. 
Importante também salientar que os princípios fundamentais da doutrina abaixo elencados, alicerçam o entendimento a ser apresentado, sob pena de divergências com aqueles que não os consideram e partem de outras bases científicas, filosóficas e religiosas, que tratam o assunto de uma ótica diferente e por conseguinte com chances de desencontros conceituais.
Princípios Doutrinários:
 1 - Deus;
 2 - Jesus;
 3 - Espírito;
 4 - Perispírito;
 5 - Evolução;
 6 - Livre-arbítrio;
 7 - Lei de Causa e Efeito;
 8 - Reencarnação;
 9 - Pluralidade dos Mundos Habitados;
10 - Imortalidade da Alma;
11 - Vida Futura;
12 - Plano Espiritual;
13 - Mediunidade;
14 - Influência dos Espíritos na Nossa Vida;
15 - Ação dos Espíritos na Natureza.

Em resposta às perguntas do Codificador, os Espíritos asseveraram que " (...) não tereis verdadeiramente o direito de dizer-vos civilizados, senão quando de vossa sociedade houverdes banido os vícios que a desonram e quando viverdes como irmãos, praticando a caridade cristã (...)", conforme consta em O Livro dos Espíritos, pergunta 793. Essa resposta nos mostra que nossa missão neste planeta maravilhoso é lutarmos para erradicarmos nossos pensamentos e ações viciantes e em seu lugar praticarmos a caridade, que na própria definição dos Irmãos Superiores, é a "benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros e perdão das ofensas", conforme resposta à pergunta 886, de O Livro dos Espíritos. 
Vício por definição é um hábito repetitivo que degenera ou causa algum prejuízo ao viciado e aos que com ele convivem. Seu oposto é a virtude, que se caracteriza por hábitos constantes que levam o homem para o bem, quer como indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente, quer coletivamente. 


Minha intenção não é limitarmos nossa análise aos vícios mais gritantes de nossa sociedade atual, tais como cigarros, bebidas, jogos, sexo, drogas lícitas e ilícitas dentre outras manifestações, buscando aumentar o desconforto e fustigar os envolvidos nesses processos, mas mostrar que podemos refletir sobre as gêneses dos pensamentos que antecipam nossas ações se entendermos que ao nos concentrarmos em pensamentos, práticas e ações virtuosas diminuímos a pressão sobre as tendências viciosas que carregamos. 

Sete Virtudes e seus opostos

Castidade = abraçar a moral de si próprio e alcançar a pureza de pensamento através de educação e melhorias, seu oposto é a luxúria. 

Generosidade = dar sem esperar receber, uma notabilidade de pensamentos e ações, seu oposto é a avareza;

Temperança = constante demonstração de uma prática de abstenção, seu oposto é a gula;

Diligência = ações trabalhos integrados com a própria fé, seu oposto é a preguiça;

Paciência = resistência a influências externas e moderação da própria vontade, seu oposto é a ira;

Caridade = auto-satisfação, compaixão, amizade e simpatia sem causar prejuízos, seu oposto é a inveja;

Humildade = comportamento de total respeito a Deus, e em segundo lugar ao próximo, seu oposto é a soberba.

Margareth Mead, antropóloga americana conclui após estudos que "a virtude é quando se tem a dor seguida do prazer, e o vício é quando se tem o prazer, seguido de dor."

Mateus registrou em seu evangelho no capítulo 15, versículo 11, as seguintes palavras do Mestre Jesus: "o que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem." 

Hammed, espirito amigo que se manifesta através da psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto, médium do interior paulista, no livro "As Dores da Alma" expõe de maneira clara a questão dos vícios e destacamos abaixo alguns fragmentos que, evidentemente, não dispensam a leitura da obra para que se tenha um entendimento mais abrangente:

"Nosso modo de ser no mundo está sendo moldado por nossas atitudes interiores; aliás, estamos, diariamente, aprendendo como desenvolver atitudes cada vez mais adequadas e coerentes em favor de nós mesmos."

"O temor das provas e dos perigos naturais da caminhada terrena pode nos levar a uma suposta fuga."

"Os vícios ou hábitos destrutivos são sem síntese, métodos defensivos que as pessoas assumiram nesta existência, ou mesmo trazem de outras encarnações, como uma forma de inadequada de promover segurança e proteção."

"(...) todo excesso é produto de uma viciação em andamento."

"(...) viciados são todos aqueles que se enfraqueceram diante da vida e se refugiaram na dependência de pessoas e substâncias."

"A ociosidade pode ser considerada, ao mesmo tempo, causa e efeito, de todos os vícios."

"Disse certa feita Sócrates: não é ocioso apenas o que nada faz, mas também o que poderia empregar melhor o seu tempo. A ociosidade e uma porta que se abre para os vícios, é uma casa sem paredes; as serpentes podem entrar nela por todos os lados."

No fundo a questão está vinculada aos hábitos. Devemos investigar os mesmos, pois encontraremos respostas que nos auxiliarão na retomada de nossas vidas, pois poderemos modificar aqueles que pela maneira como o utilizamos tem construído muros em nossa caminhada, por aqueles que constroem trincheiras e pontes que nos auxiliam na passagem. 

Busquemos pensamentos, ações e práticas virtuosas e para isso sigamos os exemplos e ensinamentos do Mestre Jesus, e acredite que ele estará conosco nessa luta, pois prometeu que com seus discípulos estaria até os confins do tempo. 

(Texto base para palestras ministradas no Grupo da Fraternidade Espírita Francisco de Assis em 08/02/2014, no Centro Espírita Casimiro Cunha em 11/02/2014, na Fraternidade Espírita Luz, Bondade e Verdade em 17/02/2014 e no Centro Espírita Nova Luz em 19/02/2014).