Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

quarta-feira, 8 de maio de 2019

O FATOR ÉTICO

Se a legislação penal severa e sistema penitenciário populoso fossem sinônimos de paz social, o Brasil e os Estados Unidos seriam a Suécia.

Condicionada à transferência de responsabilidade, a sociedade brasileira, de tempos em tempos, pressiona o Poder Legislativo por leis penais mais duras, como se o sistema penitenciário fosse espécie de buraco negro, no qual os apenados se isolam por completo, do universo social para nunca mais a ele retornarem.

Em verdade, muitas vezes, organizações criminosas se agasalham no relativo porto seguro do cárcere, bunker de onde melhor podem intervir no seio da coletividade. 

Os elevados índices de violência, criminalidade e corrupção espelham a sombra da sociedade, que ela tenta combater de forma paliativa, por meio de excessivos diplomas legislativos e muito protesto. 

O fundo de pano da distopia em que vivemos tem a ver com a reconhecida e histórica necessidade de maior distribuição de renda, desenvolvimento sócio-econômico auto-sustentável e democratização do acesso ao conhecimento em escala planetária. 

Ocorre que o cerne das mazelas sociais radica no fator ético. Há gerações que ressaltam os grandes líderes espirituais da Humanidade: a sociedade só será reformada quando o ser humano conhecer e reformar a si mesmo

É sempre possível alterar e burilar normas jurídicas e políticas públicas. 

No entanto, os pontos nevrálgicos passam despercebidos do discurso de formadores de opinião: a urgência e a relevância de o indivíduo priorizar sua evolução; compreender a fundo suas virtudes, deficiências e excessos; sobrepujar, com eficácia, os aspectos negativos de sua personalidade; dedicar-se à realização íntima, pelo despertar em si de valores, hábitos e vocações dignificantes, fruto da perseverança, na atuação nas esferas pública e privada; em diminuir o abismo entre a prédica e a prática dos ensinamentos do Evangelho, consubstanciada nas "Leis Morais" de O Livro dos Espíritos. 

Criticar o criticável, porém, indignar-se mais consigo próprio. 

Por Hidemberg Alves da Frota, publicado originalmente na Revista Reformador, dezembro de 2008. 

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