Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

ESTIVE PENSANDO: AMAR É DECISÃO


Diz um Conto Chinês que um jovem foi visitar um sábio conselheiro e disse-lhe sobre as dúvidas que tinha a respeito de seus sentimentos por sua FAMÍLIA. O sábio escutou-o, olhou-o nos olhos e disse-lhe apenas uma coisa:

—  Ame-a. 

E logo se calou. 

Disse o rapaz:

—  Mas, ainda tenho dúvidas...

—  Ame-a, disse-lhe novamente o  sábio.

E, diante do desconserto do jovem, depois de um breve silêncio, disse-lhe o seguinte:

—  Meu filho, amar é uma decisão, não um sentimento. Amar é dedicação e entrega.

Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor. 

amor é um exercício de jardinagem. Arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide. Esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excessos de chuvas, mas nem por isso abandone o seu jardim. 

Ame, ou seja, aceite, valorize, respeite, dê afeto, ternura, admire e compreenda.

Simplesmente: Ame!!! 

A inteligência, sem amor, te faz perverso. 

A justiça, sem amor, te faz implacável. 

A diplomacia, sem amor, te faz hipócrita. 

O êxito, sem amor, te faz arrogante. 

A riqueza, sem amor, te faz avarento. 

A docilidade, sem amor te faz servil. 

A pobreza, sem amor, te faz orgulhoso. 

A beleza, sem amor, te faz ridículo. 

A autoridade, sem amor, te faz tirano. 

O trabalho, sem amor, te faz escravo. 

A simplicidade, sem amor, te deprecia. 

A lei, sem amor, te escraviza. 

A política, sem amor, te deixa egoísta.

A vida sem AMOR...  NÃO tem sentido.

Texto de autoria desconhecida recebido de uma amiga muito querida.

***

O amor é um sentimento que foi banalizado em seu sentido mais amplo e sublime. 

Amamos nossa família, nossos filhos, nossa casa, amamos bolo de chocolate, amamos cachorro, amamos ser bem tratados, amamos quando encontramos estacionamento free, amamos o sol que aquece e anima, amamos aquela calça, amamos aquele sapato que já não machuca, amamos filmes bem feitos, amamos comer pipoca... ah, o amor... tão usado para as poesias, para as canções , para a literatura, mas também utilizado para a violência pois muitos alegam fazer coisas terríveis... por amor. 

Os gregos em sua sabedoria determinavam palavras diferentes para sentimentos diferentes. No caso do amor, havia o amor "eros", o do desejo, aquele que impulsiona o ser para as conquistas intelectuais e também morais, há o amor "philia" que mostra ao Ser a importância do seu momento e de gostar dele, pois o que se possui de verdade é o presente, e o há o amor "agape", aquele que transcende as relações pessoais, que nos conecta com o divino que há em nós e nos remete a conectarmos com o divino que há em todos, o amor cósmico. 

Há também uma reflexão de que só existe amor onde há reciprocidade, pois para alguns não há amante sem ser amado. 

O Mestre desse orbe, Jesus, guia e modelo da humanidade, nos legou, que fôssemos reconhecidos por muito nos amarmos, que amássemos uns aos outros, que fôssemos fraternos. 

Fraternidade não é um elemento da natureza, o que há na natureza é harmonia... Fraternidade é uma busca do Ser que compreendeu que não pode e nem deve amar somente a quem o ama, que deve e pode amar a todos, indistintamente, pois a vida passou a ter um sentido pleno quando percebeu que amando fica impregnado pelo sentimento que termina por deixar marcas indeléveis no seu íntimo que lhe serão elementos de fortalecimento perante as vicissitudes da existência. 

Amar se aprende... aprendamos a amar!!! 


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

ESTIVE PENSANDO: ESCOLHA DE PROVAS

A reencarnação é o instrumento que a Inteligência Suprema - Causa Primeira de Todas as Coisas instituiu para os Espíritos por ele gerados simples e ignorantes tenham possibilidades de  evoluírem progressivamente, até que encontrem condição de relativa pureza espiritual que os credenciem a repetir como Jesus: "Eu e o Pai somos um". 
Indiferentemente de outras criaturas do Universo, somente o Espírito possui autonomia de escolha, livre-arbítrio, e juntamente com essa característica suas responsabilidades também são potencializadas e diretamente proporcionais às decisões tomadas. Suas escolhas determinarão a maneira de seu caminhar e o mérito da conquista caberá  a cada caminhante.
A Doutrina Espírita nos revela que no processo de reencarnação o próprio Espírito reencarnante pode ser envolvido nas escolhas para sua existência corporal desde que reúna condições morais para opinar sobre as próprias necessidades no que é secundado por Espíritos que cuidam dessa tarefa no plano espiritual. Outrossim há reencarnações compulsórias tratadas unicamente pelos Espíritos planejadores devido a impossibilidade daqueles que irão reencarnar de intervirem no processo pelos motivos os mais variados, uma vez que se a Lei de Liberdade é imperativa, também o é o princípio de causalidade, e neste caso ambas precisam atender aos propósitos pelos quais foram instituídas pelo Criador.

No Livro dos Espíritos esse assunto é muito bem tratado por Allan Kardec e encontra-se disposto nas perguntas 258 a 273 e destacamos o comentário dele à questão de número 266 que nos traz importantes pontos para reflexão:

"Sob a influência das ideias carnais, o homem, na Terra, só vê das provas o lado penoso. Tal a razão de lhe parecer natural sejam escolhidas as que, do seu ponto de vista, podem coexistir com os gozos materiais. Na vida espiritual, porém, compara esses gozos fugazes e grosseiros com a inalterável felicidade que lhe é dado entrever e desde logo nenhuma impressão mais lhe causam os passageiros sofrimentos terrenos. Assim, pois, o Espírito pode escolher prova muito rude e, conseguintemente, uma angustiada existência, na esperança de alcançar depressa um estado melhor, como o doente escolhe muitas vezes o remédio mais desagradável para se curar de pronto. Aquele que intenta ligar seu nome à descoberta de uma região desconhecida não procura trilhar estrada florida. Conhece os perigos a que se arrisca, mas também sabe que o espera a glória, se lograr bom êxito.

A doutrina da liberdade que temos de escolher as nossas existências e as provas que devamos sofrer deixa de parecer singular, desde que se atenda a que os Espíritos, uma vez desprendidos da matéria, apreciam as coisas de modo diverso do nosso. Divisam a meta, que bem diferente é para eles dos gozos fugitivos do mundo. Após cada existência, veem o passo que deram e compreendem o que ainda lhes falta em pureza para atingirem aquela meta. Daí o se submeterem voluntariamente a todas as vicissitudes da vida corpórea, solicitando as que possam fazer que a alcancem mais depressa. Não há, pois, motivo de espanto no fato de o Espírito não preferir a existência mais suave. Não lhe é possível, no estado de imperfeição em que se encontra, gozar de uma vida isenta de amarguras. Ele o percebe e, precisamente para chegar a fluí-la, é que trata de se melhorar.

Não vemos, aliás, todos os dias, exemplos de escolhas tais? Que faz o homem que passa uma parte de sua vida a trabalhar sem trégua, nem descanso, para reunir haveres que lhe assegurem o bem-estar, senão desempenhar uma tarefa que a si mesmo se impôs, tendo em vista melhor futuro? O militar que se oferece para uma perigosa missão, o navegante que afronta não menores perigos, por amor da Ciência ou no seu próprio interesse, que fazem, também eles, senão sujeitar-se a provas voluntárias, de que lhes advirão honras e proveito, se não sucumbirem? A que se não submete ou expõe o homem pelo seu interesse ou pela sua glória? E os concursos não são também todos provas voluntárias a que os concorrentes se sujeitam, com o fito de avançarem na carreira que escolheram? Ninguém galga qualquer posição nas ciências, nas artes, na indústria, senão passando pela série das posições inferiores, que são outras tantas provas. A vida humana é, pois, cópia da vida espiritual; nela se nos deparam em ponto pequeno todas as peripécias da outra. Ora, se na vida terrena muitas vezes escolhemos duras provas, visando posição mais elevada, por que não haveria o Espírito, que enxerga mais longe que o corpo e para quem a vida corporal é apenas incidente de curta duração, de escolher uma existência árdua e laboriosa, desde que o conduza à felicidade eterna? Os que dizem que pedirão para ser príncipes ou milionários, uma vez que ao homem é que caiba escolher a sua existência, se assemelham aos míopes, que apenas veem aquilo em que tocam, ou a meninos gulosos, que, a quem os interroga sobre isso, respondem que desejam ser pasteleiros ou doceiros.

O viajante que atravessa profundo vale ensombrado por espesso nevoeiro não logra apanhar com a vista a extensão da estrada por onde vai, nem os seus pontos extremos. Chegando, porém, ao cume da montanha, abrange com o olhar quanto percorreu do caminho e quanto lhe resta dele a percorrer. Divisa-lhe o termo, vê os obstáculos que ainda terá de transpor e combina então os meios mais seguros de atingi-lo. O Espírito encarnado é qual viajante no sopé da montanha. Desenleado dos liames terrenais, sua visão tudo domina, como a daquele que subiu à crista da serrania. Para o viajor, o objetivo é o repouso após a fadiga; para o Espírito, a felicidade suprema, após as tribulações e as provas.

Dizem todos os Espíritos que, na erraticidade, eles se aplicam a pesquisar, estudar, observar, a fim de fazerem a sua escolha. Na vida corporal não se nos oferece um exemplo deste fato? Não levamos, frequentemente, anos a procurar a carreira pela qual afinal nos decidimos, certos de ser a mais apropriada a nos facilitar o caminho da vida? Se numa o nosso intento se malogra, recorremos a outra. Cada uma das que abraçamos representa uma fase, um período da vida. Não nos ocupamos cada dia em cogitar do que faremos no dia seguinte? Ora, que são, para o Espírito, as diversas existências corporais, senão fases, períodos, dias da sua vida espírita, que é, como sabemos, a vida normal, visto que a outra é transitória, passageira?"
Somos herdeiros de nós mesmos e depende única e exclusivamente de nosso aprimoramento intelectual e principalmente, moral, reunirmos condições de termos uma existência de acordo com nossas verdadeiras aptidões e habilidades. Muito do que vivemos agora e entendemos como sendo ruim, se ampliarmos o horizonte estendendo-o para toda a eternidade veremos que não passa de uma oportunidade de aprendizado.


Esse tema foi organizado por nós em palestra pública levada a conhecimento dos participantes no Centro Espírita Casimiro Cunha, em Belo Horizonte, em 10/11/2016 e para acesso à apresentação utilizada favor fazer o download A.Q.U.I.

 

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

MINHA FILHA

Minha querida menina, no dia que você perceber que eu estou envelhecendo, eu lhe peço para ser paciente, e acima de tudo, que tente entender pelo que eu estarei passando.

Se quando conversarmos, eu repetir a mesma coisa dezenas de vezes, não me interrompa. Peço-lhe o favor de apenas me ouvir.

Tente se lembrar de quantas vezes na sua infância eu li a mesma história, noite após noite, até você dormir.

Quando eu não quiser tomar banho, não se zangue e não me encabule. Lembra-se de quando era criança e eu tinha que correr atrás de você dando desculpas e tentando colocá-la no banho?

Quando você perceber que tenho dificuldades com novas tecnologias, me dê tempo para aprender e não me olhe de um jeito estranho.

Lembre-se, querida, de como eu pacientemente ensinei a você muitas coisas. A comer direito, a vestir-se, a arrumar seu cabelo e a enfrentar os problemas da vida todos os dias.

O dia que você ver que eu estou envelhecendo, eu lhe peço para ser paciente, mas acima de tudo, que tente entender pelo que eu estarei passando.

Se eu ocasionalmente me perder em uma conversa, dê-me tempo para lembrar e se eu não conseguir, não fique nervosa ou impaciente. Apenas lembre-se, em seu coração, que a coisa mais importante para mim é estar com você.

E quando eu envelhecer e minhas pernas não me permitirem andar tão rápido quanto antes, me dê sua mão da mesma maneira que eu lhe ofereci a minha em seus primeiros passos.

Quando esse dia chegar, não se sinta triste. Apenas fique comigo e me entenda, enquanto termino a minha vida com amor.

Terei sempre gratidão a Deus pelo tempo e pela alegria que compartilhamos.

Minha querida filha, com um sorriso e o coração repleto de amor, eu apenas quero dizer que amo você.

                    *   *   *

Os pais são instrumentos de Deus que nos permitiram a experiência carnal.

São eles que nos ofertaram o corpo físico do qual nos servimos para a caminhada evolutiva.

Devemos ser eternamente gratos por essa oportunidade do renascimento e também por todos os gestos de abnegação e sacrifício que nos ofereceram ao longo da vida.

A ingratidão dos filhos para com os pais é um dos mais graves enganos que o espírito pode cometer na sua caminhada.

Quando nossos genitores não tiverem mais a mesma capacidade física, os mesmos reflexos e a mesma disposição de outros tempos, procuremos nos adaptar a essa nova realidade.

Busquemos nos esforçar para compreender os limites que a idade avançada impõe a eles e aceitemos essa situação com paciência e tolerância.

Auxiliá-los com renúncia, devotamento, carinho e respeito é forma de externarmos a nossa gratidão.

A permanência de nossos pais junto a nós até a velhice, com certeza, é parte do planejamento divino.

Procuremos, então, envolvê-los com amor e entendimento, dando-lhes a mão enquanto podemos.

Redação do Momento Espírita, com base em texto inicial, 
de autoria desconhecida. Em  6.5.2013.


O PRIMEIRO CAPÍTULO

Allan Kardec, o respeitável professor Denizard Rivail, já havia organizado extensa porção das páginas reveladoras que constituem O Livro dos Espíritos.

Devotado observador, aliara inteligência e carinho, método e bom senso na formação da primeira obra que lançaria os fundamentos da Doutrina Espírita.

Não desconhecia que a sobrevivência da alma era tema empolgante no século. Entretanto, apontamentos e experimentações, em torno do assunto, alinhavam-se desordenados e nebulosos. Os fenômenos do intercâmbio, pareciam ameaçados pela hipertrofia de espetaculosidade.

Saindo de humilde vilarejo da América do Norte, a comunicação com os Espíritos desencarnados atingira os mais cultos ambientes da Europa, originando infrutífero sensacionalismo. Era necessário surgisse alguém com bastante coragem para extrair do labirinto a linha básica da filosofia consoladora que os fatos consubstanciavam, irrefutáveis e abundantes.

Advertido por amigos da Espiritualidade de que a ele se atribuía, em nome do Senhor, a elevada missão de codificar os princípios espíritas, destinados à mais ampla reforma religiosa, pusera mãos ao trabalho, sem cogitar de sacrifícios. E adotando o sistema de perguntas e respostas, conseguiria vasta colheita de esclarecimento e de luz.

Guardava consigo preciosas anotações acerca da constituição geral do Universo, surpreendente informes sobre a vida de além-túmulo e belas asserções definindo as leis morais que orientam a Humanidade.

O material esparso equivalia quase que praticamente ao livro pronto. Contudo, era preciso estabelecer um ponto de partida. O primeiro compêndio do Espiritismo, endereçado ao presente ao futuro, não podia prescindir de sólidos alicerces.

E, debruçado sobre a mesa de trabalho, em nevada noite do inverno de 1856, o Codificador interrogava a si mesmo: - Por onde começar? Pelas conclusões científicas ou pelas indagações filosóficas? Seria justo desligar a Doutrina, que vinha consagrar o antigo ensinamento do Cristo, de todo e qualquer apoio da fé, na construção das bases que lhe diziam respeito?

O conhecimento humano!... - pensava ele – não se modificava o conhecimento humano todos os dias?... As ilações filosófico-científicas não eram as mesmas em todos os séculos... E valeria escravizar o Espiritismo à exaltação do cérebro, em prejuízo do sentimento?

Atormentado, via mentalmente os homens de seu tempo e de sua pátria extraviados na sombra do materialismo demolidor...

A grande revolução que pretendera entronizar os direitos do Homem ainda estava presente no ar que ele respirava. Desde 2 de Dezembro de 1851, o governo de Luis Napoleão, que retomava as linhas do Império, permitia prisões em massa, com deliberada perseguição aos elementos de todas as classes sociais que não aplaudissem os planos do poder. Muitos membros da Assembléia haviam sofrido banimento e mais de vinte mil franceses jaziam deportados, muitos deles sem qualquer razão justa. Homens dignos eram enviados a regiões inóspitas, quando não eram confiados, no cárcere, à morte lenta.

O pensamento do missionário foi mais longe... Recordou-se de Voltaire e Rousseau, admiráveis condutores da inteligência, mas também precursores da ironia e do terror. Lembrou Condorcet, o filósofo e matemático, envenenando-se para escapar à guilhotina, e Marat, o médico e publicista, assassinado num banho de sangue, quando instigava a matança e a destruição.

Valeria a cultura da inteligência, só por si, quando, a par dos bens que espalhava, podia desmandar-se em sarcasmo arrasador e loucura furiosa?

Com o respeito que ele consagrava incondicionalmente à Ciência e à Filosofia, Kardec orou com todo o coração, suplicando a inspiração do Alto. Erguia-se-lhe a prece comovente, quando raios de amor lhe envolveram o espírito inquieto e ele ouviu, na acústica da própria alma, vigoroso apelo íntimo: - “Não menosprezes a fé!... Não comeces a obra redentora sem a Bênção Divina!...”.

E o Codificador, nimbado de luz, com a emotividade jubilosa de quem por fim encontrara solução para  o terrível problema, longamente sofrido, consagrou o primeiro capítulo de O Livro dos espíritos à existência de Deus.

Irmão X (Espírito) através de Francisco Cândido Xavier no 
livro "Doutrina-Escola".

ESTEJAMOS EM PAZ


“Paz seja convosco”. – Jesus. (JOÃO, 20:19.)

Rujam tempestades em torno de teu caminho, tranquiliza o coração e segue em paz na direção do bem.

Não carregues no pensamento o peso morto da aflição inútil.

Refugia-te na cidadela interior do dever retamente cumprido e entrega à Sabedoria Divina a ansiedade que te procura, à feição de labareda invisível.

Se alguém te recusa, aquieta-te e ora em favor dos irmãos desorientados e infelizes.

Se alguma circunstância te contraria, asserena tua alma e espera que os acontecimentos te favoreçam.

Lembra-te de que és chamado a viver um só dia de cada vez, sempre que o Sol se levante.

E por mais amplas se te façam as possibilidades, tornarás uma só refeição e vestirás um só traje de cada vez nas tarefas de cada dia.

Embora te atormentes pela claridade diurna, a alvorada não brilhará antes da hora prevista, e embora te interesses pelo fruto de determinada árvore, não chegarás a colhê-la, antes do justo momento.

A pretexto, porém, de garantir a própria serenidade, não te demores na inércia.

Mentaliza o bem e prossegue na construção do melhor, como quem sabe que a colheita farta pede terra abençoada pela charrua.

Sejam quais forem as tuas dificuldades, lembra-te de que a paz é a segurança da vida.

Não nos esqueçamos de que, na hora da Manjedoura, as vozes celestiais, após o louvor aos Céus, expressaram votos de paz à Terra e, depois da ressurreição, voltando, gloriosamente, ao convívio das criaturas, antes de qualquer plano de trabalho disse Jesus aos discípulos espantados: – “A paz seja convosco”.

Emmanuel (Espírito) através de Francisco Cândido Xavier no 
livro "Palavras de vida eterna".
 

terça-feira, 8 de novembro de 2016

OBREIROS

"Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro
que não tem de que se envergonhar. - Paulo (II Timóteo, 2:15)
Desde tempos imemoriais, idealizam as criaturas mil modos de se apresentarem a Deus e aos seus mensageiros.

Muita gente preocupa-se durante a existência inteira em como talhar as vestimentas para o concerto celestial, enquanto crentes inumeráveis anotam cuidadosamente as mágoas terrestres, no propósito de desfiá-las em rosário imenso de queixas, diante do Senhor, à busca de destaque no mundo futuro.

A maioria dos devotos deseja iniciar a viagem, além da morte, com títulos de santos; todavia, não há maneira mais acertada de refletirmos em nossa posição, com verdade, além daquela em que nos enquadramos na condição de trabalhadores.

O mundo é departamento da Casa Divina.

Cátedras e enxadas não constituem elementos de divisão humilhante, e sim degraus hierárquicos para cooperadores diferentes.
O caminho edificante desdobra-se para todos.

Aqui, abrem-se covas na terra produtiva, ali, manuseiam-se livros para o sulco da inteligência, mas o espírito é o fundamento vivo do serviço manifestado.

Classificam-se os trabalhadores em posições diferentes, contudo, o campo é um só.

No centro das realidades, pois, não se preocupe ninguém com os títulos condecorativos, mesmo porque o trabalho é complexo, em todos os setores de ação dignificante, e o resultado é sempre fruto da cooperação bem vivida. Eis o motivo pelo qual julgamos com Paulo que a maior vitória do discípulo será a de apresentar-se, um dia, ao Senhor, como obreiro aprovado.

Emmanuel (Espírito) através de Francisco Cândido Xavier, 
no livro Pão Nosso.





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