Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

ESTIVE PENSANDO: O TEMPO, O ESPAÇO, A TRAVESSIA

A revelação espírita nos situa no tempo e no espaço.

O tempo é sempre eterno, e o eterno é o presente, nos convidando portanto à reflexão sobre o nosso momento atual, tornando importante não o tempo que passou e nem o tempo que virá, mas o que temos feito com nosso tempo agora. 

O passado passa a nos servir de lição e o futuro, de incerto, passa a ser compreendido sobre outra perspectiva: não para que aconteça o que se espera dele, mas para que cada um de nós possa estar preparado para o que ele ofereça. 

O tempo e o Ser se fundem, pois não se pode vislumbrar um sem o outro, nos mostrando então que somos o que fazemos com o tempo, como nos relacionamos com ele, como nos colocamos perante as ofertas que ele nos traz. Viver o tempo presente com serenidade e entendimento, respeitando-se sua força nos leva inexoravelmente à uma sensação de Paz. 

Todos aqueles que se propõe a fazer uma procura dentro dos próprios limites existenciais encontrará um recorte de situações onde se vivenciando de maneira integral o momento vivido identificará um estado de felicidade, e estado de felicidade é estar em Paz.

Mas de todas as importantes informações que podemos utilizar a partir da manifestação organizada e sistemática dos Espíritos, entendida, e tornada inteligível a nós pelo Professor Rivail, a que mais nos impressiona é a informação de nosso espaço, do mundo em que vivemos, do ambiente em que estamos inseridos. 

Espíritos imortais que somos, o mundo que nos abriga em plenitude é o espiritual, mas para nos colocarmos em condições de vivenciarmos essa plenitude precisamos intelectual e moralmente, nos depurarmos, retirarmos as impurezas que não permitem ao Espírito ser o que deseja. Por ser livre o Espírito tem o direito de escolher e por isso o dever de arcar com as escolhas que faz. Essa é a justiça superior: "que cada um receba de acordo com suas obras". 

Não nos importa tanto os desejos, mas o que fazemos para a conquista deles, pois querer não é suficiente. A vontade deve ser aliada do esforço, formando uma dupla valorosa para cada um de nós.

Para que isso seja possível o mundo material é a escola, o local onde, restrito aos limites da materialidade podemos vivenciar situações as mais diversas que nos auxiliam na moldagem do que queremos ser. Os limites impostos pela vida física apresentados ao longo dos milênios como impeditivos para a vida em plenitude, é desmistificado pela Doutrina Espírita, nos mostrando ser ele o sinal mais claro e evidente da Providência Divina, pois nos permite, didaticamente, a convivermos com quem em situações sem limitações jamais conseguiríamos conviver.  

Essa realidade nos coloca a todos dentro do mesmo patamar de evolução, com pouquíssimas matizes, e isso é claro quando somos informados e compreendemos que o objetivo da encarnação é prioritariamente permitir a cada Espírito a oportunidade de expiar o que necessita e de se por à prova do que acredita ser capaz e preparado para fazer. Isso nos iguala. Ou as situações vividas são expiações e portanto nos servem de processo depurativo, ou são provas e portanto nos auxiliam no salto evolutivo rumo à plenitude da existência.

Viajantes no tempo e no espaço, buscando o encontro com a Verdade que liberta, estagiamos, sempre em situações diferentes no mundo físico, e a cada estágio retornamos à pátria espiritual para os acertos e ajustes, e dentro desse processo, que só existe pela necessidade do Espírito, nossas aptidões vão sendo fortalecidas e por isso nos apresentamos tão diferentes. Um é bom com números, outro com a oratória, outro ainda com trabalhos manuais, outro se relaciona com pessoas do mesmo sexo, outro é afetivamente ligado à pessoa do sexo diferente do seu, uns são negros, outros loiros, outros indefiníveis, a diversidade são nossos livros, nossos objetos de observação e aprendizagem.

Mas se há tanta desigualdade na diversidade, tornando uns diversos mais importantes que outros,  é porque ainda não nos demos conta do que nos une. Ainda valorizamos o tempo em relação ao espaço material e pensamos ser a vida entendida do berço ao túmulo, uma vida curta que precisa ser vivida de maneira a nos fazer felizes o tempo todo e onde quer que estejamos e nessa loucura nos utilizamos uns dos outros tornando as nossas relações um jogo de interesses egoísticos, e assim ficamos impedidos de nos apercebermos que o que nos une é a finalidade da criação em relação a nós: a condição de angelitude no final da travessia. Não importa o quanto diferentes somos, nossos destinos são os mesmos.


O Espiritismo os auxilia na compreensão do sentido da vida. Entendemos o objetivo a ser alcançado, e que ele é pessoal e intransferível, e que competir com o outro que tem o mesmo objetivo é indicativo de ignorância intelectual e moral pois a plenitude que se busca não é um privilégio do ganhador mas o destino de todos. Pleno será o que chegar e não apenas o que chegar primeiro. 

A competição não nos auxilia para uma travessia mais suave, pois em toda competição haverá um perdedor e perante a evolução não existem perdas, sendo assim, a energia dispensada na conquista dos primeiros lugares é a mesma dispensada na solidariedade, porém com consequências diferentes. Uma torna menos tumultuada a travessia em relação a outra, pelo conjunto de causalidades em se encerra.

O tempo é de caminhar... O espaço é o caminho... A travessia é a oportunidade de nos valermos adequadamente do tempo e do espaço que nos foi disponibilizado pela inteligência e bondade do Criador.

Luz & Paz a todos! Força & Fé! Permaneçamos em Deus

Emerson Santos

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