Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

CRISTÃOS SEM CRISTO

“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados que eu vos aliviarei.” Jesus (Mateus, 11: 28)

“Assim, o Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem para onde vai e porque está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus, consola pela fé e pela esperança”. (Evangelho segundo o Espiritismo - capítulo VI, Item 4)


Reverencia o Divino Mestre, com todas as forças da alma, entretanto, não menosprezes honrá-­lo na pessoa dos semelhantes.

Guarda-­lhe as memórias entre flores de carinho, mas estende os braços aos que clamam por ele, entre os espinhos da aflição.

Esculpe-lhe as reminiscências nas obras primas da estatutária, sem qualquer intuito de idolatria, satisfazendo aos ideais de perfeição que a beleza te arranca aos sonhos de arte, no entanto, socorre, pensando nele, aos que passam diante de ti, retalhados pelo cinzel oculto do sofrimento.

Imagina­-lhe o semblante aureolado de amor, ao fixá-lo nas telas em que se te corporifiquem os anseios de luz, mas suaviza o infortúnio dos que esperam por ele, nos quadros vivos da angústia humana.

Proclama-­lhe a glória invencível no verbo eloquente, mas deixa que a sinceridade e a brandura te brilhem na boca, serenando, em seu nome, os corações atormentados que duvidam e se perturbam entre as sombras da Terra.

Grava-­lhe os ensinamentos inesquecíveis, movimentando a pena que te configura as luminosas inspirações, no entanto, assinala as diretrizes dele com, a energia renovadora dos teus próprios exemplos.

Dedica-­lhe os cânticos de fidelidade e louvor que te nascem da gratidão, mas ouve os apelos dos que jazem detidos nas trevas, suplicando-­lhe liberdade e esperança.

Busca-­lhe a presença, no culto da prece, rogando-­lhe apoio e consolação, no entanto, oferece-lhe mãos operosas no auxílio aos que varam o escuro labirinto da agonia moral, para os quais essa ou aquela ninharia de tuas facilidades constitui novo estímulo à paciência.

Através de numerosas reencarnações, temos sido cristãos sem Cristo. Conquistadores, não nos pejávamos de implorar-­lhe patrocínio aos excessos do furto.

Latifundiários cruéis, não nos envergonhávamos de solicitar-­lhe maior numero de escravos que nos atendessem ao despotismo, em clamorosos sistemas de servidão.

Piratas, dobrávamos insensatamente os joelhos para agradecer-­lhe a presa fácil.

Guerreiros, impetrávamos dele, em absoluta insanidade, nos inspirasse o melhor modo de oprimir.

Agora que a Doutrina Espírita no-­lo revela, por mentor claro e direto da alma, ensinando-­nos a responsabilidade de viver, é imperioso saibamos dignificá-lo na própria consciência, acima de demonstrações exteriores, procurando refleti-­lo em nós mesmos.

Entretanto, para, que isso aconteça, é preciso, antes de tudo, matricular o raciocínio na escola da caridade, que será sempre a mestra sublime do coração.

Francisco Cândido Xavier pelo espírito Emmanuel 
no livro "Livro da Esperança".


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