Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

terça-feira, 4 de outubro de 2016

ESTIVE PENSANDO: SINGULARIDADE

Muitos pensadores, religiosos e cientistas se debruçaram, e ainda se debruçam, na busca pelo entendimento sobre o que nos leva a nos tornarmos naquilo que somos. 

Nossa construção mental neste lado ocidental do mundo, de tradição judaico-cristã imposta pelos colonizadores, nos trata como criaturas que são o que são dependendo sempre de como é nossa relação com o divino, com o transcendente, com Deus e também com os poderosos, os que possuem riquezas e nobreza.

Normalmente, na dificuldade em, dogmaticamente, explicar a questão, fomos impelidos e adestrados a convivermos com as ideias de pecado, de castigo, de punição, ou de redenção, de aprovação divina, de recompensa. Só nos restava portanto a aceitação, ou a morte, literal ou metaforicamente.

Em grande maioria partimos do coletivo para explicar o singular, acreditando que a primazia do meio sobre o Ser é natural, quando ela é normal, e isso é bem diferente. Resultado disso são os estereótipos, marcadamente preconceituosos.



A Doutrina dos Espíritos nos ensina que cada um de nós possui características, particularidades, singularidades que lhes são próprias e que nem sempre são características dos outros com quem vivemos e convivemos, o que explica tanta dificuldade que encontramos em nos relacionarmos com as diversidades, pois somos impelidos pelo meio religioso, social, cultural e principalmente econômico a fazermos parte de um todo, como se o todo determinasse o que somos.  Fomos condicionados a vincularmos nossas reflexões sobre nossas vidas baseando-se no que temos capacidade para consumirmos. 

Mas podemos pensar e estruturar nossas vidas de maneira diferente a que nos é proposta por essa sociedade de mercado.

O evangelista Mateus narra no que conhecemos como o Sermão da Montanha exortações de Jesus nos convidando a sermos "sal da terra" e que "brilhe a nossa luz"... 

Somos nós, na nossa individualidade, na nossa subjetividade, que temperamos o nosso mundo e que também providenciamos a intensidade em que nossa luz brilhará. 

Alguns nos podem servir de exemplo e inspiração, como nossos pais, familiares, professores, colegas de trabalho, líderes religiosos, gurus, intelectuais, artistas etc, mas cabe a cada um entender como deve viver a própria vida, pois nenhum de nós vivenciará a mesma história pois não possuem, à luz da doutrina espírita a mesma missão, pois a cada um será dado de acordo com suas obras. 

Na singularidade nos encontramos conosco mesmos, entendemos a partir do que gostamos ou não gostamos, o que somos e preparamo-nos no sentido de modificações necessárias a partir desses gostos pessoais e intransferíveis. Já na pluralidade nos encontramos com os outros e suas maneiras diferentes de ser, levando-nos ao aprendizado daquilo que não somos capazes de abarcar pela existência pessoal, uma vez que na pluralidade projetamos em todos o que nossa singularidade tem de entendimento naquele instante, propiciando a cada um a oportunidade de uma autoavaliação, um autodescobrimento.

Antes de procurar "fazer parte" que você se reconheça na parte que é... 

Seja um... seja você!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Brilhe a Vossa Luz!!!