O Evangelho Segundo O Espiritismo - Capitulo VI, item 8.
Deus consola os humildes e dá força aos aflitos que lha pedem. Seu poder cobre a Terra e, por toda parte, ao lado de uma lágrima coloca ele um bálsamo que consola. O devotamento e a abnegação são uma prece contínua, e encerram um ensinamento profundo; a sabedoria humana reside nessas duas palavras. Possam todos os Espíritos sofredores compreender essa verdade, ao invés de reclamar contra as dores, os sofrimentos morais que são, neste mundo, o vosso quinhão. Tomai, pois, por divisa estas duas palavras: devotamento e abnegação, e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres que vos impõem a caridade e a humildade. O sentimento do dever cumprido vos dará o repouso do Espírito e a resignação. O coração bate melhor, a alma se asserena e o corpo não tem mais desfalecimento, porque o corpo sofre tanto mais quanto o espírito está mais profundamente atingido (O Espírito de Verdade, Havre, 1863).
Vinte Modos
Modos com que nós, espíritas, perturbamos a marcha do Espiritismo:
Esquecer a reforma íntima.
Desprezar os deveres profissionais.
Ausentar-se das obras de caridade.
Negar-se ao estudo.
Faltar aos compromissos sem justo motivo.
Rogar privilégios.
Escapar deliberadamente dos sofredores para não prestar-lhes pequeninos serviços.
Colocar os princípios espíritas à disposição de fachadas sociais.
Especular com a Doutrina em matéria política.
Sacrificar a família aos trabalhos da fé.
Açambarcar muitas obrigações, recusando distribuir a tarefa com os demais companheiros ou não abraçar incumbência alguma, isolando-se na preguiça.
Afligir-se pela conquista de aplausos.
Julgar-se indispensável.
Fugir ao exame imparcial e sereno das questões que concernem à clareza do Espiritismo, acima dos interesses e das pessoas.
Abdicar do raciocínio, deixando-se manobrar por movimentos ou criaturas que tentam sutilmente ensombrar a área do esclarecimento espírita com preconceitos e ilusões.
Ferir os outros com palavras agressivas ou deixar de auxiliá-los com palavras equilibradas no momento preciso.
Guardar melindres.
Olvidar o encargo natural de cooperar respeitosamente com os dirigentes das instituições doutrinárias.
Lisonjear médiuns e tarefeiros da causa espírita.
Largar aos outros responsabilidades que nos competem.
Por André Luiz (Espírito) através de Francisco Cândido Xavier,
no livro "Opinião Espírita".
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