Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

domingo, 20 de dezembro de 2015

ESTIVE PENSANDO: E DE REPENTE...


E de repente, com a idade e consequente maturidade moral e espiritual, nós percebemos que o que mais valeu a pena na existência, não foi o quanto se gastou com os filhos, mas como esse gasto aconteceu e as motivações que o geraram.
Com a maturidade entendemos que família é muito mais que laços de sangue. Até porque laços se rompem. Família é nó cego de almas afins, que buscam a felicidade uns dos outros e que se respeitam em suas diferenças.
Com a maturidade entendemos que o Papai Noel é uma farsa burguesa, fomentada por um sistema capitalista e materialista, que insistimos em perpetuar para as novas gerações alimentando um círculo vicioso de enganações.
Com a maturidade entendemos que lá atrás, naqueles momentos de imaturidade, fizemos o que nos era possível fazer, o que demos conta e isso não nos deve incutir culpa, que paralisa o caminhar alimentando o medo de errarmos novamente.
Com a maturidade entendemos que somos muito mais a soma de nossos desacertos que de acertos, que muito planejamento engessa e que o melhor da vida é vivê-la na certeza de suas variações, estando preparados para o que vier.
Com a maturidade aprendemos a ouvir uma canção e em pensamentos nos reportarmos ao momento marcante da mesma na nossa vida, revivendo boas lembranças e nos fazendo amar ainda mais a vida. E quando essa canção nos trouxer recordações amargas que saibamos deixá-las onde devem estar: no passado.
Com a maturidade aprendemos que aqueles que já deixaram essa existência, sejam filhos, pais, amigos, doentes ou não, repentinamente ou não, permanecem vivos em nós, portanto lembrar deles com tristeza e apego é um desrespeito à suas histórias, pois não sabemos se eles gostariam de estar aqui conosco.
Com a maturidade vivemos certos de que o reconhecimento de quem quer que seja não tem importância maior do que a consciência tranquila em fazer o que foi possível ser feito, dentro de nossas possibilidades.
Com a maturidade aprendemos que a razão, atributo especial do homem, foi desenvolvido para podermos abandonar os bandos e exercermos, apesar de todas as dificuldades, nossas individualidades.
Com a maturidade aprendemos que ser singular pode não ser tão fácil, mas é muito reconfortante e fortalecedor pois nos permite o exercício da liberdade.
Com a maturidade aprendemos que interesses existem e isso não é o grande problema, o grande problema é não avaliarmos nossos próprios interesses.
Com a maturidade, aprendemos que nada sabemos e que o bom da vida não são as respostas, mas as perguntas que o conhecimento não preenchido gera.
Com a maturidade aprendemos que ter certeza sobre tudo e sobre todos é tão sufocante quanto um dia quente e seco.
Com a maturidade aprendemos que Deus não é algo ou alguma coisa, mas um sentimento que existe em tudo que pulsa e que serve a vida.
Com a maturidade aprendemos que Deus não pode e nem deve abençoar ninguém, pois a vida é sua eterna benção.
Com a maturidade nos sentimos livres para expressarmos o que somos e não nos preocupa mais parecermos ser...
Com a maturidade percebemos que a solidão nem sempre é isolamento e estar cercado de pessoas pode nos fazer sozinhos.
Com a maturidade moral e espiritual regatamos expressões que fomos deixando de lado no decorrer da existência: "muito obrigado", "desculpe-me", "bom dia", "Como vai?", "Siga em Paz", "Por Favor", "Se for possível", dentre outras importantes...

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