Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

O TEMPO

Todas as criaturas gozam o tempo, mas raras aproveitam-no.

Corre a oportunidade espalhando bênçãos.

Arrasta-se o homem estragando as dádivas recebidas. 

Cada dia é um país de vinte e quatro províncias. Cada hora é uma província de sessenta unidades.

O homem, contudo, é o semeador que não despertou ainda. Distraído cultivador, pergunta: "que farei"?

E o tempo silencioso responde com ensejos benditos:

De servir, ganhando autoridade; de obedecer, conquistando o mundo; de lutar escalando os céus.

O homem, todavia, voluntariamente cego, roga sempre mas tempo para zombar da vida, porque se obedece, revolta-se, orgulhoso; se sofre, injuria e blasfema; se chamado a contas, lavra reclamações descabidas. 

Cientistas fogem da verdadeira ciência.

Filósofos ausentam-se dos próprios ensinos.

Religiosos negam a religião.

Administradores retiram-se da responsabilidade.

Médicos subtraem-se à Medicina.

Literatos furtam-se à divina verdade.

Estadistas centralizam a dominação.

Servidores do povo buscam interesses privados.

Lavradores abandonam a terra.

Trabalhadores escapam do serviço.

Gozadores temporários entronizam ilusões.

Ao invés de suar no trabalho, apanham borboletas da fantasia. Desfrutam a existência, assassinando-a em si próprios. Possuem os bens da Terra, acabando possuídos. 

Reclamam liberdade, submetendo-se à escravidão. 

Mas chega um dia, porque há sempre um dia mais claro que os outros, em que a morte surge reclamando trapos velhos...

O tempo recolhe, então, apressado, as oportunidades que pareciam sem fim... E o homem reconhece, tardiamente preocupado, que a Eternidade Infinita pede conta do minuto...

(André Luiz [espírito] através de Francisco Cândido Xavier, no livro "CORREIO FRATERNO", editado pela LAKE Editora.)

ANTE O FUTURO

Não adianta indagar do futuro, ocasionalmente, para satisfazer a curiosidade irrequieta ou inútil.

Vale construí-lo em bases que a lógica nos traça generosamente à visão. 

Não desconhecemos que o nosso amanhã será a invariável resposta do mundo ao nosso hoje.

E aos nossos pés a natureza sábia e simples nos convida a pensar.

O arado preguiçoso deve aguardar a ferrugem.

A leira abandonada receberá o assalto da planta daninha.

A casa relegada ao abandono será pasto dos vermes que lhe corroerão a estrutura.

O pão desaproveitado repousará na sombra do mofo.

A fonte que se consagra ao movimento atingirá a paz do oceano.

A flor leal ao destino que lhe é próprio converter-se-á em fruto benfazejo.

A plantação amparada com segurança distribuirá bênçãos à mesa.

E o minério obediente aos golpes do malho transformar-se-à em peça de alto preço.

Sabemos que é possível edificar o futuro e recolher-lhe os dons de amor e vida.

Escolha a bondade por lema de cada dia, não desistas de aprender, infatigavelmente e, com os braços no serviço incessante caminharás desde hoje, sob a luz da vitória, ao encontro de glorioso porvir. 

(Emmanuel [espírito] através de Francisco Cândido Xavier, no livro TAÇA DE LUZ, editado pela LAKE Editora.)


terça-feira, 28 de outubro de 2014

EM PREPARAÇÃO

Diz o Senhor: Porei as minhas leis no seu entendimento e em seu coração as
escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo. - Paulo (Hebreus, 8:10)
Traduziremos o Evangelho 
Em todas as línguas,
Em todas as culturas,
Exaltando-lhe a grandeza,
Destacando-lhe a sublimidade,
Semeando-lhe a poesia, 
Comentando-lhe a verdade, 
Interpretando-lhe as lições, 
Impondo-nos ao raciocínio, 
Aprimorando o coração
E reformando a inteligência,
Renovando leis, 
Aperfeiçoando costumes
E aclarando caminhos...

Mas virá o momento
Em que a Boa Nova deve ser impressa em nós mesmos,
Nos refolhos da mente,
Nos recessos do peito,
Por meio das palavras e das ações.
Dos princípios e ideais, 
Das aspirações e das esperanças, 
Dos gestos e pensamentos.
Porque, em verdade, 
Se o Céu nos permite espalhar-lhe a divina Mensagem no mundo, 
Um dia, exigirá nos convertamos
Em traduções vivas do Evangelho na Terra.

Emmanuel [espírito] através de Francisco Cândido Xavier, no livro Pão Nosso, páginas 93 e 94.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

POLÍTICA DIVINA

"Eu, porém, entre vós, sou como aquele que serve." - Jesus.
(LUCAS, 22:27.)

O discípulo sincero do Evangelho não necessita respirar o clima da política administrativa do mundo para cumprir o ministério que lhe é cometido.


O Governador da Terra, entre nós, para atender aos objetivos da política do amor, representou, antes de tudo, os interesses de Deus junto do coração humano, sem necessidade de portarias e decretos, respeitáveis embora.

Administrou servindo, elevou os demais, humilhando a si mesmo.
Não vestiu o traje do sacerdote, nem a toga do magistrado.

Amou profundamente os semelhantes e, nessa tarefa sublime, testemunhou a sua grandeza celestial.

Que seria das organizações cristãs, se o apostolado que lhes diz respeito estivesse subordinado a reis e ministros, câmaras e parlamentos transitórios?

Se desejas penetrar, efetivamente, o templo da verdade e da fé viva, da paz e do amor, com Jesus, não olvides as plataformas do Evangelho Redentor.

Ama a Deus sobre todas as coisas, com todo o teu coração e entendimento.

Ama o próximo como a ti mesmo.
Cessa o egoísmo da animalidade primitiva.

Faze o bem aos que te fazem mal.
Abençoa os que te perseguem e caluniam.

Ora pela paz dos que te ferem.
Bendize os que te contrariam o coração inclinado ao passado inferior.

Reparte as alegrias de teu espírito e os dons de tua vida com os menos afortunados e mais pobres do caminho.

Dissipa as trevas, fazendo brilhar a tua luz.

Revela o amor que acalma as tempestades do ódio.

Mantém viva a chama da esperança, onde sopra o frio do desalento.

Levanta os caídos.

Sê a muleta benfeitora dos que se arrastam sob aleijões morais.

Combate a ignorância, acendendo lâmpadas de auxílio fraterno, sem golpes de crítica e sem gritos de condenação.

Ama, compreende e perdoa sempre.

Dependerás, acaso, de decretos humanos para meter mãos à obra?
Lembra-te, meu amigo, de que os administradores do mundo são, na maioria das vezes, veneráveis prepostos da Sabedoria Imortal, amparando os potenciais econômicos, passageiros e perecíveis do mundo; todavia, não te esqueças das recomendações traçadas no Código da Vida Eterna, na execução das quais devemos edificar o Reino Divino, dentro de nós mesmos.

Texto extraído do livro "Vinha de Luz", Chico Xavier (Emmanuel)