Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

sexta-feira, 25 de abril de 2014

PARA UNS A REENCARNAÇÃO É MALDITA, MAS NA VERDADE ELA É BENDITA

    


O Fundamento de toda religião é a crença em Deus e na imortalidade do espírito. E, na vida prática do religioso, é essencial a vivência do amor a Deus e ao próximo.
    O pecado é uma ofensa ao próximo, e uma desobediência das leis divinas. Mas a ofensa ao próximo não atinge Deus, pois Ele é como que vacinado contra ofensas e males. “Ao Todo-Poderoso não podemos alcançar.” (Jó 37:23).  Aliás, se Deus sofresse com os pecados da Humanidade, Ele seria o ser mais infeliz! Mas isso não acontece, exatamente porque Deus, além de Todo-Poderoso, é também imutável. Já nós, sim, somos prejudicados quando deixamos de amar a Ele e ao nosso próximo. E o nosso amor a Deus passa pelo amor ao nosso semelhante. “Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar o seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.” (1 João 4: 20).  
     
A crença na imortalidade do espírito, como já dissemos, é uma das questões essenciais das religiões. Mas essa imortalidade é vista de vários modos. Sabemos que o espírito de cada um de nós habita o nosso corpo aqui na vida terrena. Mas o espírito habita também fora deste nosso mundo físico, ou seja, no mundo espiritual. Ele caminha sempre em sua jornada evolutiva sempiterna, pois ela tem começo, mas não tem fim. E assim, os espíritos humanos vão se tornando, cada vez mais, mais perfeitos e, pois, mais semelhantes a Deus, mas sem jamais serem perfeitos iguais a Ele, cuja perfeição é infinita.
    Essa crença de que o espírito, ora está num corpo humano aqui Terra, ora no mundo espiritual, depois da crença em Deus e na imortalidade do espírito, é a mais aceita por todos os religiosos do mundo, independente de sua religião. Ela é o que se chama reencarnação, que não é criação do espiritismo como muitos pensam. E, segundo uma pesquisa da Universidade de Oxford, em 212 países, no ano de 2.000, cerca de ¾ da população mundial creem na reencarnação, que é bíblica e é, hoje, comprovada por vários segmentos da Ciência.
     E ela é maldita para os materialistas e para os líderes religiosos fundamentalistas, que não conhecem bem a Bíblia, ou que a conhecem, mas querem manter os seus fiéis amedrontados com a falsa e mitológica existência real do inferno de Dante Alighiere na “Divina Comédia”, quando esse inferno é figurado na Bíblia. Aliás, esse mesmo maior poeta europeu medieval demonstra reservadamente que ele era reencarnacionista. (Mais detalhes em meu livro “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência”, 8ª edição, Ed. EBM, SP, e que está sendo lançado também em inglês nos Estados Unidos pela Editora “Outskirts Press Inc”).
      A reencarnação continua maldita para uma minoria da Humanidade, mas como foi mostrado, é bendita para a grande maioria da população do mundo. É que ela nos dá a certeza da imortalidade e de que todos nós estamos mesmo caminhando, uma minoria mais rapidamente e a maioria mais devagar, de acordo com o livre-arbítrio de cada um, para nos encontrarmos, um dia, com Deus, que não quer a perda de nenhuma de suas almas amadas infinitamente por Ele. (João 6: 39).

     E terminamos dizendo que, sem a teoria da reencarnação, seria uma mentira a doutrina teológica da misericórdia infinita de Deus!

(por José Reis Chaves, colunista do jornal O TEMPO)