Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

YVONNE PEREIRA: EXEMPLO DE QUE "MÉDIUM TAMBÉM É GENTE"


Durante muitos anos pairou, no Movimento Espírita, uma dúvida quanto ao ano exato do natalício da médium Yvonne Pereira. Ela afirmava, peremptoriamente, ter nascido no ano de 1906. Entretanto, alguns afirmavam que a data estava equivocada, sugerindo que era 1900.
Em 1999, Augusto Marques de Freitas, no livro “Yvonne do Amaral Pereira: o voo de uma alma”, exibiu fotografia da certidão de nascimento da médium, em que constava, como data de nascimento, 24 de dezembro de 1900. Também conseguimos o mesmo documento, comprovando o acerto da data. Por que, então, Yvonne falava em 1906?
O autor do referido livro afirma, em suas páginas, que o equívoco se deu porque, certa vez, Yvonne foi retirar uma segunda via do documento e a data viera errada! Quando li a justificativa, não me convenci e fui à busca de maiores informações.

Ao preparar a segunda edição do meu livro “Yvonne Pereira: uma heroína silenciosa”, estive com uma sobrinha da médium, no Rio de Janeiro, cujo nome manterei bem guardado. Comentando com ela o episódio e apresentando a justificativa, ela soltou uma boa gargalhada, olhou para mim significativamente e respondeu, categórica:

- Que nada, Pedro! A tia Tuti (apelido familiar de Yvonne) mentia a idade. E dizia assim: “só não minto mais porque não tenho como”! – confessou sua sobrinha.

Tratava-se, pois, de um simples caso de vaidade, daquela vaidade natural e que ainda é alimentada, entre homens e mulheres, que pensam enganar Cronos “mentindo suas idades” para as pessoas.
Yvonne simplesmente desejava “parecer mais nova”; por isso, escondia a idade. E o fazia conscientemente! Um desejo natural e bastante humano, que em nada diminui a grandeza de sua alma. Esse e outros episódios pitorescos da vida da médium mais despertaram, em mim, uma grande admiração por sua pessoa. Como ainda vemos os médiuns dentro de uma aura mística, esquecemos de que também estagiam na carne, sujeitos à vida material, suas vicissitudes e paixões.
Yvonne mais uma vez ensinava, para mim, que “médium também é gente”!
PEDRO CAMILO é advogado, professor universitário, escritor e expositor espírita. Trabalhador do Núcleo Espírita Telles de Menezes, de Salvador/BA. Autor de Yvonne Pereira, uma heroína silenciosa (Ed. Lachâtre) e Mediunidade: para entender e refletir (Ed. Mente Aberta) entre outros livros

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