Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

terça-feira, 20 de maio de 2014

FAZEMOS PRECES NÃO PARA DEUS, MAS PARA NÓS MESMOS

A maioria das pessoas faz preces e assiste às cerimônias e aos rituais religiosos como se tudo isso fosse feito para agradar a Deus, com o objetivo de que Ele fique “mais bonzinho” para nós.

Mas Deus é um Ser imutável e de perfeição, felicidade e amor infinitos. Quando fazemos preces, nós nos dirigimos a Ele, sim, mas para nos beneficiarmos a nós mesmos e, principalmente, para que tenhamos os céus depois da morte de nosso corpo.

Poucas vezes, fazemos preces de gratidão a Deus pelo bem que sempre estamos recebendo Dele. Mas também, com essa nossa gratidão, não é Ele que fica mais feliz. Nós é que vamos nos beneficiar, sentindo-nos melhores, exatamente pelo alívio que sentimos por termos feito alguma coisa importante que temos o dever de fazer. É que tudo de melhor que temos devemos a Deus, inclusive o nosso maior bem terreno, isto é, a nossa vida corporal, pois é com ela que estamos tendo sempre novas oportunidades de evoluirmos moral e espiritualmente. Daí que o assassinato e o suicídio são as faltas ou pecados mais graves, pois eles interrompem essas oportunidades de as pessoas continuarem a sua caminhada em busca da sua perfeição. A vida terrena é, pois, uma dádiva que a misericórdia infinita de Deus, que jamais cessa, nos concede por meio das reencarnações, até que passemos pela porta estreita da nossa salvação ou libertação.

E não bastam as preces para que sejamos beneficiados. Elas são frutos da fé, mas que sem obras é morta (são Tiago 2: 26). E aqui fé (“pistis” em grego e “fides” em latim) não significa bem crença, mas fidelidade a Deus, ou seja, a prática da Lei Áurea ou dos Dez Mandamentos (o Decálogo de Moisés), que Jesus resumiu em amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Quando Jesus disse que tudo que pedirmos a Deus em seu nome nos será dado, temos que entender que a expressão “em seu nome” significa que os nossos pedidos devem estar em concordância com a lei do seu evangelho, isto é, eles têm que ser moralmente justos e merecidos por aquele que ora ou por aquele a quem a prece é feita.

Realmente, de acordo com a lei cármica ou lei de causa e efeito ou ainda lei da semeadura livre e da colheita obrigatória, que é bíblica e universal, tem que existir o mérito para que o indivíduo possa receber o que se pede a Deus para ele. E esse mérito é realmente o que coloca moralmente o indivíduo em condições de estar pedindo em nome de Jesus, isto é, de acordo com a citada lei inexorável. De fato, frequentemente, nós pedimos a Deus as coisas que não merecemos e que são, pois, bloqueadas pelos nossos deméritos. Daí que Jesus disse (Marcos 14: 38): “Vigilate et orate” (vigiai e orai)  para não cairdes em tentações. Observe-se que o imperativo verbal “vigiai” vem antes do de “orai”, pois sem sermos vigilantes contra as tentações, nossas preces tornam-se vãs.

E esse conselho do excelso Mestre é para que nós não caiamos numa das nossas tentações mais comuns, que são as de pedirmos a Deus, em nome de Jesus, indevidamente, benefícios que não podemos receber, exatamente porque não temos mérito para recebê-los! 

José Reis Chaves, colunista do portal www.otempo.com.br 

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