Introdução

Há muito o que ser aprendido. Há muito o que podemos extrair do que vemos, tocamos, ouvimos, e acima de tudo, sentimos. Nossa sabedoria vem dos retalhos que vamos colhendo ao longo de nossa evolução, que os leva a formar a colcha que somos. Esse espaço é para que eu possa compartilhar das luzes que formam o que Eu tenho sido!!!

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

ESTIVE PENSANDO: O JUGO LEVE

O chamado do Mestre Jesus registrado por Mateus, no evangelho narrado pelo mesmo, e que podemos conferir no capítulo 11, versículos de 28 a 30, deveria nos trazer um grande alento. Mas nem sempre é assim. Muitas vezes nos esquecemos dele.

"Vinde a mim, todos vós que sofreis e que estais sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós, e aprendei de mim que sou brando e humilde de coração, e encontrareis o repouso de vossas almas; porque meu jugo é suave e meu fardo é leve." 

Para que nosso entendimento pessoal seja eficaz, nosso aprofundamento seja libertador e nossa análise rica em descobertas, essa assertiva consoladora deve ser vasculhada utilizando-se, a princípio dos tríplices aspectos doutrinários do Espiritismo, ciência-filosofia-religião, pois só assim poderemos raciocinar sobre o assunto sem compromissos dogmáticos, imediatistas, que ao contrário de iluminar e consolar, obscurecem e causam dúvidas.

A ciência pergunta "como", a filosofia "porque" e a religião "para que". Valendo-nos desses conceitos podemos seguir de maneira mais objetiva em nossa estrada de aprendizado, buscando respostas em vários campos do conhecimento. 

Os benfeitores espirituais envolvidos na codificação da Doutrina Espírita por Allan Kardec foram categóricos ao nos afirmarem que Jesus é o modelo e guia de todos nós, o tipo mais perfeito que Deus havia oferecido a humanidade (O Livro dos Espíritos, questão 625). É esse Jesus que nos convoca a irmos até ele. Mas como ir até ele?

No Evangelho Segundo o Espiritismo, que registra e comenta o ensinamento moral do Cristo, um capítulo, o sexto, nos apresenta o Cristo Consolador. Todo ele contém além do que escreveu Kardec, apenas exortações de "O Espírito de Verdade", que vem a ser o próprio Jesus ou os ensinamentos que encerram seu ideal cristão, cumprindo o prometido quando disse que enviaria o Consolador Prometido e que estaria de novo conosco. 

Nesse capítulo podemos ver reiterada a convocação do Mestre para que assumamos o seu jugo e com ele carreguemos o nosso fardo, pois o jugo é suave e o fardo é leve quando o fazemos cercado de ideal maior, certos de que estagiamos por aqui, de que o que nos acontece nesse espaço-tempo terá ressonância em nossa vida futura, pois ou estamos reparando o que precisamos e assim cuidando de acertar arestas de nosso passado ou estamos nos estabelecendo provas evolutivas  e que em futuro próximo seremos devidamente recompensados. 

Segundo O Espírito de Verdade após o entendimento dessa convocação caberá ao discípulo duas maneiras de viver: com devotamento (empenho) e abnegação (renúncia), mas isso não quer dizer para nos anularmos, mas para que busquemos enxergar além do que vemos, do que tocamos, do que ainda não nos é absolutamente claro. É necessário que nos devotemos à prática do bem e que renunciemos aos valores que se lhe antagonizam.  

Experienciar o jugo suave e o fardo leve com Jesus, e depois torná-lo parte integrante de nossa existência, não nos isentará de dores e nem de aflições mas nos auxiliará no entendimento das mesmas e por conseguinte em uma melhor maneira de lidarmos com elas. O privilégio não é sermos isentos, mas de percebermos os auxílios.

Inseridos na seara do Mestre Jesus, temos nossos horizontes ampliados. Enxergamos além das montanhas. Percebemos que os valores que temos que cultivar devem ser os permanentes, os que estão conectados com o coração, com os sentimentos, e que se resumem em AMOR. 

Amar uns aos outros como ele nos amou é o jugo e o fardo do Mestre. É amar sem reservas, é acolher, é respeitar, é auxiliar, é apontar nortes, é perguntar o que querem de nós, é ser humilde e aceitar auxílio, é realizar não somente aquilo que quero, mas acima de tudo o que preciso, é, resumindo... servir à causa da Boa Nova!

Quando estamos envolvidos em dores, aflições, desilusões, desesperanças, misérias emocionais e materiais, temos em Jesus um abrigo, e muitas vezes preferimos um caminho mais rápido e largo, e que traz um pseudo-consolo, uma pseudo-iluminação pois muitas vezes são alicerçados nos valores transitórios, como as paixões, a libido, o dinheiro, bens materiais, raiva, rancor, inveja, baixa-estima etc. 

O fardo e o jugo do Mestre nos apresenta como profilaxia o serviço e o amparo do outro, pois quando saímos de nós é que nos encontramos.

(Reflexão que servirá de base para estudo a ser apresentado no Centro de Estudos Espirituais Caminhos de Luz, rua Lasar Segal 11, Bairro Tupi, Belo Horizonte, em 30/01/2014, às 20:30 horas)

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